terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Necessidade da caridade segundo São Paulo.


"Ainda que eu fale as línguas dos homens e até mesmo
a língua dos anjos, se não tiver caridade, sou apenas como
um metal que soa e um sino que tine; e ainda que tivesse o dom
de profecia, e penetrasse em todos os mistérios, e tivesse uma
perfeita ciência de todas as coisas; e se tivesse toda a fé possível,
capaz de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada serei.
E quando tivesse distribuído meus bens para alimentar os pobres
e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não
tiver caridade, tudo isso de nada me servirá.
A caridade é paciente, é doce e benigna; a caridade não é invejosa,
não é temerária e precipitada; não se enche de orgulho, não é
desdenhosa; não procura seus próprios interesses; não se vangloria e
não se irrita com nada; não suspeita mal, não se alegra com a injustiça,
e sim com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera e tudo sofre.
Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem;
mas, entre elas, a mais excelente é a caridade.."
(PAULO, 1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, 13:1 A 7,13)

sábado, 17 de novembro de 2007

Perante os Fatos do Momento. :-)


"Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, segui sempre o bem, tanto uns para com outros, como para com todos".Paulo (I Tessalonicenses, 5:15)

Em tempo algum empolgar-se por emoções desordenadas ante ocorrências que apaixonem a opinião pública, como, por exemplo, delitos, catástrofes, epidemias, fenômenos geológicos e outros quaisquer.

Acalmar-se é acalmar os outros.

Nas conversações e nos comentários acerca de notícias terrificantes, abster-se de sensacionalismo.

A caridade emudece o verbo em desvario.

Guardar atitude ponderada, à face de acontecimentos considerados escandalosos, justapondo a influência do bem ao assédio do mal.

A palavra cruel aumenta a força do crime.

Resguardar-se no abrigo da prece em todos os transes aflitivos da existência.

As provações gravitam na esfera da Justiça Divina.

Aceitar nas maiores como nas menores decepções da vida humana, por mais estranhas ou desconcertantes que sejam, a manifestação dos Desígnios Superiores atuando em favor do aprimoramento espiritual.

Deus não erra.

Ainda mesmo com sacrifício, entre acidentes inesperados que lhe firam as esperanças, jamais desistir na construção do bem que lhe cumpre realizar.

Cada Espírito possui conta própria na Justiça Perfeita.

(Vieira, Waldo. Da obra: "Conduta Espírita").
(Ditado pelo Espírito André Luiz.FEB).

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Testemunhos. :-)


Aspiras pela ascensão espiritual, que te parece difícil.
Contemplas as alturas libertadoras, e sentes vertigens.
Anelas pelos acumes, e lutas, repassando pela tela mental as dificuldades que tens enfrentado e os problemas que te afligem.
Sentes que o vale te asfixia, e a multidão que ali se movimenta te atormenta.
A medida, porém, que galgas as ásperas encostas, percebes que esse é um cometimento isolado, imolador.
Vês, à distância, os amigos que se candidataram a subir contigo e ficaram na retaguarda da comodidade.
Constatas que as energias se te exaurem e vês as feridas nas mãos, nos pés e as dilacerações nos sentimentos.
É natural que assim te aconteça.
A vida, para expressar-se, arrebenta os invólucros onde jaz adormecida.
Todo parto, que enseja a vida, proporciona dor.
A semente sofre, esmagada no solo, a fim de libertar a espécie que nela dorme.
Da mesma forma acontece com as tuas ânsias de evolução.
Atingirás o cume, não o duvides, porém, assinalado pelos testemunhos que a subida te exige.

Mede-se a grandeza de um ideal pela capacidade de sofrimento e de paz que demonstra aquele que o apresenta.
Os homens grandes são volumosos e de alta estatura, enquanto que os grandes homens são identificados pelos seus referenciais de amor, de abnegação, de sacrifício, de idealismo nobre.
É impossível abraçar um ideal, no mundo, passando incólume à agressão, a sevícia, à calúnia, à urdidura da infâmia.
Por enquanto, e ainda por muito tempo, os grandes homens ver-se-ão a sós, incompreendidos, fora do círculo dourado da ilusão.
Não estranhes, pois, o que te acontece nas paisagens íntimas: tristeza insatisfação, soledade.
Fosse diferente a ocorrência, e estarias a soldo da mentira, da corrupção, jamais dos ideais libertadores.

Quando te resolveste por crescer e alcançar as elevadas planuras, ansiavas pela felicidade.
Anotas que estás em solidão, porém essa é com Deus.
Testemunha a fertilidade do teu ideal cristão aos tíbios, a fim de que eles se estimulem, e se resolvam por ascender também.
Quando lograres a vitória, atraí-los-ás. Por enquanto, testemunha e insiste.
Jesus asseverou:
- ... E quando eu for erguido (na cruz) atrairei todos a mim. (João. 12-32)
Não reclames, nem receies.
Segue em paz!

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos Enriquecedores").

sábado, 20 de outubro de 2007

Saúde Integral. :-)


A sofisticação tecnológica da Medicina atual ainda permanece na insustentável tese de que o homem é as células que lhe constituem a organização somática.
Negando, por sistema, a realidade do ser integral, - espírito, perispírito e matéria - detém-se na conceituação ultrapassada, na qual o cérebro gera o pensamento, e a Vida cessa quando se dá o fenômeno da anóxia, alguns minutos depois da parada cardíaca...
Desde Hipócrates, passando por Aécio e Galeno, a visão dualista somente vem encontrando confirmação e respeito, não se podendo mais negar a interação espírito-matéria, mente-corpo, como termos da equação existencial.
Face a essa constatação, convenciona-se que a saúde é mais do que a ausência de doença no organismo, sendo um conjunto de fatores propiciatórios ao bem estar psicológico, econômico e social.
O paradigma da atualidade em torno da saúde leva o médico a examinar o paciente não mais como uma cobaia, ou alguém aflito de quem se deve libertar, mas como portador de muitos problemas que, não raro, a doença exterioriza, mascarando-os nas gêneses profundas do estado patológico.
Volve-se, desse modo, ao antigo sacerdócio médico, graças ao qual ele se torna amigo do paciente, seu confidente, seu companheiro, ajudando-o a drenar as emoções negativas recalcadas, a fim de dar campo à catarse liberativa das angústias e tormentos que sofre, para que, então, nele se instale de volta a saúde.
A saúde integral independe das drogas químicas e dos tratamentos cirúrgicos, não obstante esses sejam ainda valiosos instrumentos para sua aquisição.
Forçoso reconhecer-se que o ser atual é um somatório de experiências próximas e remotas. Tanto lhe constituem fatores degenerativos os conflitos próximos, da atual encarnação, quanto os transatos, das existências pretéritas.
Examinado desse ponto de vista, compreender-se-á a gama larga de fatores predisponentes como preponderantes, para o estabelecimento da enfermidade ou da saúde.
Cumpre que se conscientizem os indivíduos em geral, e os enfermos em particular, que cada criatura é o resultado das realizações morais, espirituais da sua mente, como já observavam os gregos antigos...
A disposição para o otimismo ou para a autodestruição responderá pelos seus futuros comportamentos.
Nesse sentido, o Evangelho de Jesus é um excelente tratado de psicoterapia, cuja aplicação resultará em bem-estar e harmonia.
Toda a mensagem de Jesus é vazada no conhecimento profundo do homem, considerando sua realidade transpessoal, na qual ressaltam o Espírito e sua condição de imortalidade.
Lentamente, face ao volume das aflições que dominam as paisagens humanas, e às enfermidades psicossomáticas de difícil diagnose, que levam a estados lamentáveis, a criatura sente-se convidada à valorização da vida, à descoberta dos seus recursos éticos, auto-estima, ao auto-aprimoramento.
O amor, nesse cometimento, assume papel preponderante, em razão das energias que libera no sistema imunológico, fortalecendo-o, no sistema nervoso simpático e nos glóbulos brancos, fundamentais na luta pela preservação da saúde.
A visualização mental otimista, gerando energias que combatam ou anulem a enfermidade, produz endorfinas que atenuam a dor, auxiliando as células à remissão da doença.
Bombardeios mentais através da visualização, sobre tumores de origem cancerígena, logram alteração profunda no seu desenvolvimento, conseguindo mesmo eliminá-los. Todavia, se o sentimento de amor acompanha a descarga psíquica da vontade, estimulando as células saudáveis a se manterem em ritmo de equilíbrio enquanto as outras se consomem, a vibração da força transformadora será mais potente e portadora de resultados eficientes.
Nesse aspecto, o querer é imprescindível e o crer essencial, face à continuidade do fluxo mental, sem vacilações, suspeitas e receios que lhe interrompam essa continuidade.
A harmonia mental que decorre da relaxação confiante produz, também, o benéfico estado alfa, quando o cérebro libera ondas do mesmo nome no ritmo de oito a doze ciclos por segundo, ensejando a restauração da saúde, quando se está enfermo, ou a preservação dela, quando se encontra saudável.
Nesse campo, o auto-descobrimento corajoso propicia a eliminação dos mecanismos do ego que levam à fuga da responsabilidade e do respeito por si mesmo, ensejando consciência de quem se é, do que se deve realizar e como se poderá fazê-lo.
A visão junguiana de saúde é conclusiva, convidando a uma revisão de paradigmas na Medicina tradicional e na tecnologia médica atual, redescobrindo os pacientes como pessoas necessitadas de amor, que se auto-punem por ignorância e se auto-destroem por desequilíbrio emocional, mediante pugnas íntimas incessantes...
O amor, que pertencia às áreas da sociologia e da filosofia, além das análises literárias, passa hoje a ser elemento fundamental para os conteúdos do comportamento e da conduta na preservação da sanidade.
Mantendo-se, desse modo, a recomendação do Evangelho sobre o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo, na condição de experiência humana, mesmo que se instalem focos infecciosos no corpo ou se expressem distúrbios orgânicos de vária ordem, o paciente se torna terapeuta de si mesmo, auxiliando o médico e este àquele, a fim de que a meta essencial seja lograda - a alegria de viver saudavelmente.
Pode-se, portanto, experimentar saúde integral, mesmo que algum órgão se encontre comprometido, sem que isso altere o ser em profundidade, consciente que o fenômeno biológico da morte somente encerra o ciclo carnal, jamais a Vida.
A visão médica, com paradigmas holísticos em torno da saúde e da doença, faculta a possibilidade de uma perfeita interação corpo-alma, em razão do controle da mente sobre a matéria.
Uma organização fisiopsíquica sadia resulta da perfeita identificação entre o Espírito e o soma, como decorrência das reencarnações anteriores ou das conquistas atuais, preparando a existência em marcha para a plenitude.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos Enriquecedores").
(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis).Salvador, BA: LEAL, 1994.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Livra-nos do Mal Porque o Teu é o Reino, o Poder e a Glória para Sempre :-)


O Senhor livrar-nos-á do mal; entretanto, é preciso que desejemos não errar.
Que dizer de um homem que pedisse socorro contra o incêndio, lançando gasolina à fogueira?
O reino da vida, com todas as suas notas de grandeza, pertence a Deus.
Todo o poder e toda a glória do Universo, todos os recursos e todas as possibilidades da existência são da Providência Divina, mas, em nosso círculo de ação, a vontade é nossa.
Se não ligamos nossos desejos à Lei do Bem, que procede do Céu, representando para nós a Vontade Paterna de Nosso Pai Celeste, não podemos aguardar harmonia e contentamento para o nosso coração.
Nas sombras do egoísmo, estaremos sozinhos, aflitos, perturbados e desalentados, porque egoísmo quer dizer felicidade somente para nós, contra a felicidade dos outros.
Deus permitiu que a vontade seja um patrimônio propriamente nosso, a fim de que possamos adquirir a liberdade e a grandeza, o amor e a sabedoria, por nós mesmos, como filhos de sua infinita bondade.
Por isso, se somos escravos das nossas criações que, por vezes, gastamos muito tempo a retificar, continuamos sempre livres para desejar e imaginar.
E sabemos que qualquer serviço ou realização começa em nossos sentimentos e pensamentos.
Saibamos, desse modo, conservar a nossa vontade à luz da consciência reta, porque, rogando a Deus nos liberte do mal, é preciso, por nossa vez, procurar o caminho do bem.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Pai Nosso").
(Ditado pelo Espírito Meimei).19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Amizade. : )


Quero aprofundar-me em teus conhecimentos, quero que tenhas de mim muito mais que contentamentos, quero mais do que a lembrança, nunca o esquecimento, quero ser na sua vida muito mais do que um acontecimento, quero ser um presente gostoso e um dia um passado saudoso, quero que de mim se lembre com alegria, e um pouco de nostalgia, não importa se estamos longe, o que importa é a intensidade que fortalece e move a nossa amizade. Amizade essa que nasceu de repente e veio conquistando um espaço na vida da gente. Hoje, vale mais do que luz na escuridão, fica tudo guardado dentro do coração. É um desvelar de emoções, é um abrir de corações. É uma amizade enriquecedora, restauradora... Que restaura com cuidado a alma do amigo despedaçado é o riso, na tristeza, é ajuda no momento apertado. É quem partilha o peso da dor, é quem aprecia junto o mesmo sabor. São os amigos que se entendem apenas num olhar ou então em qualquer forma de se expressar. São aqueles que sabem a hora de calar e falam quando tem que falar Todas as coisas nessa vida podem acabar, mas uma coisa com certeza vai ficar A amizade que você cativar.

sábado, 6 de outubro de 2007

Nosso Pai. :-)


Quando acordamos para a razão, descobrimos os traços vivos da Bondade de Deus, por toda parte.
Seu imenso carinho para conosco está no Sol que nos aquece, dando sustento e alegria a todos os seres e a todas as coisas; nas nuvens que fazem a chuva para o contentamento da Natureza; nas águas dos rios e das fontes, que deslizam para o benefício das cidades, dos campos e dos rebanhos; no pão que nos alimenta; na doçura do vento que refresca; na bondade das árvores que nos estendem os galhos dadivosos, em forma de braços ricos de bênçãos; na flor que espalha perfume na atmosfera; na ternura e na segurança de nosso lar; na assistência dos nossos pais, dos nossos irmãos e dos nossos amigos que nos ajudam a vencer as dificuldades do mundo e da vida, e na providência silenciosa, que nos garante a conservação da saúde e da paz espiritual.
Muitos homens de ciência pretendem definir Deus para nós, mas, quando reparamos na proteção do Todo-Poderoso, dispensada aos nossos caminhos e aos nossos trabalhos na Terra, em todos os instantes da vida, somos obrigados a reconhecer que o mais belo nome que podemos dar ao Supremo Senhor é justamente aquele que Jesus nos ensinou em sua divina oração: “Nosso Pai”.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Pai Nosso").
(Ditado pelo Espírito Meimei).19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Poesia do Além. :-)


Sombra e Luz
Vem a noite, volta o dia,
Cresce o broto, nasce a flor,
Vai a dor, surge a alegria
Dourando a manhã do Amor.
Assim, depois da amargura
Que a vida terrena traz,
A alma encontra na altura
A luz, a ventura e a paz.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Parnaso de Além-Túmulo - Poesias Mediúnicas").
(Ditado pelo Espírito Casimiro Cunha).14a edição. Rio de Janeiro: FEB, 1994.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O Advogado da Cruz. :-)


No mundo antigo, o apelo à Justiça significava a punição com a morte. As dívidas pequeninas representavam cativeiro absoluto. Os vencidos eram atirados nos vales imundos. Arrastavam-se os delinqüentes nos cárceres sem esperança. As dádivas agradáveis aos deuses partiam das mãos ricas e poderosas. Os tiranos cobriam-se de flores, enquanto os miseráveis se trajavam de espinhos.
Mas, um dia, chegou ao mundo o Sublime Advogado dos oprimidos. Não havia, na Terra, lugar para Ele. Resignou-se a alcançar a porta dos homens, através de uma estrebaria singela.
Em breve, porém, restaurava o templo da fé viva, na igreja universal dos corações amantes do bem. Deu vista aos cegos. Curou leprosos e paralíticos. Dignificou o trabalho edificante, exaltou o esforço dos humildes, quebrou as algemas da ignorância, instituiu a fraternidade e o perdão.
Processaram-no, todavia, os homens perversos, à conta de herético, feiticeiro e ladrão.
Depois do insulto, da ironia, da pedrada, conduziram-no ao madeiro destinado aos criminosos comuns.
Ele, que ensinara a Justiça, não se justificou; que salvara a muitos, não se salvou da crucificação; que sabia a verdade, calou-se para não ferir os próprios verdugos.
Desde esse dia, contudo, o Sublime Advogado transformou-se no Advogado da Cruz e, desde o supremo sacrifício, sua voz tornou-se mais alta para os corações humanos. ele, que falava na Palestina, começou a ser ouvido no mundo inteiro; que apenas conversava como o povo de Israel, passou a entender-se com as várias nações do Globo; que somente se dirigia aos homens de pequeno país, passou a orientar os missionários retos de todos os serviços edificantes da Humanidade.
Que importam, pois, nos domínios da Fé, as perseguições da maldade e os ataques da ignorância? A advogado da Cruz continua operando em silêncio e falará, em todos os acontecimentos da Terra, aos que possuam "ouvidos de ouvir".

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Antologia Mediúnica do Natal").
(Ditado pelo Espírito Emmanuel).

domingo, 30 de setembro de 2007

Oração Diante da Palavra. :-)


Senhor!

Deste-me a palavra por semente de luz.

Não me permitas envolvê-la na sombra que projeto.

Ensina-me a falar para que se faca o melhor.

Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo
aquilo que a tua bondade espera se lance no esquecimento.

Onde a irritação me procure induze-me ao silencio,e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmante que possa apagar o fogo da ira.

Em qualquer conversação, inspira-me o conceito certo que se ajuste á edificação do bem, no momento exato,e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação.

Não me deixes emudecer, diante da verdade, mas conserva-me em tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade, em amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam, junto de mim.

Traze-me o coração ao raciocínio, sincero sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que a minha palavra te obedeça a vontade, hoje e sempre.

(Meimei)
(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier - Edição FEB.)

sábado, 29 de setembro de 2007

Notas de bem viver. :-)


Por maiores sejam os obstáculos, procura doar o melhor de ti, na execução das tarefas que te cabem.

Se erraste, recomeça.

Se caíres, pensa em tua condição de criatura humana, reajusta as próprias emoções e reergue-te para caminhar adiante.

Desânimo, em muitos casos, é a ausência de aceitação do que ainda somos, ante a pressa de ser o que outros, pelo esforço próprio nas estradas do tempo, já conseguem ser.

Coragem é a força que nasce da nossa própria disposição de aprender e de servir.

Não te ausentes dos próprios encargos.

Dever cumprido é passaporte ao direito que anseias usufruir.

Não acredites em felicidade no campo íntimo, sem o teu próprio trabalho para construí-la.

Toda realização nobre se levanta na base da perseverança no bem.

Compadece-te dos que, porventura, te firam e, ao recordá-lo, exerce a bondade sem ressentimento.

Não exijas de ninguém a obrigação de seguir-te os modelos de vida e pensamento.

Protege as crianças, tanto quanto se te faça possível, mas não te tortures, ante a escolha dos adultos que esperam de ti o respeito às experiências deles, tanto quanto reclamas o acatamento alheio para com as tuas.

Distribui otimismo e simpatia.

Irritação não edifica.

Não percas tempo com lamentações inúteis, reconhecendo que há sempre alguém a quem podes beneficiar com essa ou aquela migalha de apoio e generosidade.

Deixa algum sinal de alegria onde passes.

Quando os problemas do cotidiano se te façam difíceis, ao invés de inconformação ou de azedume, usa a paciência.

Sempre que necessário, empenha-te a ouvir esse ou aquele assunto, com mais atenção para que possas compreender isso ou aquilo com mais segurança.

Lembra-te de que falando ou silenciando, sempre é possível fazer algum bem.

Grande entendimento demonstra a criatura que vive a própria vida do melhor modo que se faça possível, concedendo aos outros o dom de viverem a vida que lhes é própria, como melhor lhes pareça.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Atenção").
(Ditado pelo Espírito Emmanuel).Araras, SP: IDE, 1997.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Edificação do Reino. :-)


"O Reino de Deus está no meio de vós."Jesus. (LUCAS, 17:21.)

Nem na alegria excessiva que ensurdece.

Nem na tristeza demasiada que deprime.

Nem na ternura incondicional que prejudica.

Nem na severidade indiscriminada que destrói.

Nem na cegueira afetiva que jamais corrige.

Nem no rigor que resseca.

Nem no absurdo afirmativo que é dogma.

Nem no absurdo negativo que é vaidade.

Nem nas obras sem fé que se reduzem a pedra e pó.

Nem na fé sem obras que é estagnação da alma.

Nem no movimento sem ideal de elevação que é cansaço vazio.

Nem no ideal de elevação sem movimento que é ociosidade brilhante.

Nem cabeça excessivamente voltada para o firmamento com inteira despreocupação do valioso trabalho na Terra.

Nem pés definitivamente chumbados ao chão do Planeta com integral esquecimento dos apelos do Céu.

Nem exigência a todo instante.

Nem desculpa sem-fim.

O Reino Divino não será concretizado na Terra, através de atitudes extremistas.
O próprio Mestre asseverou-nos que a sublime realização está no meio de nós.
A edificação do Reino Divino é obra de aprimoramento, de ordem, esforço e aplicação aos desígnios do Mestre, com bases no trabalho metódico e na harmonia necessária.
Não te prendas excessivamente às dificuldades do dia de ontem, nem te inquietes demasiado pelos prováveis obstáculos de amanhã.
Vive e age bem no dia de hoje, equilibra-te e vencerás.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Vinha de Luz").
(Ditado pelo Espírito Emmanuel).Lição 177. Edição Internet baseada na 14a edição. FEB, 1996.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A Marcha. :-)


"Importa, porém, caminhar hoje,amanhã e no dia seguinte."Jesus. (Lucas, 13.33.)

Importa seguir sempre, em busca da edificação espiritual definitiva. Indispensável caminhar, vencendo obstáculos e sombras, transformando todas as dores e dificuldades em degraus de ascensão.
Traçando o seu programa, referia-se Jesus à marcha na direção de Jerusalém, onde o esperava a derradeira glorificação pelo martírio. Podemos aplicar, porém, o ensinamento as nossas experiências incessantes no roteiro da Jerusalém de nossos testemunhos redentores.
É imprescindível, todavia, esclarecer a característica dessa jornada para a aquisição dos bens eternos.
Acreditam muitos que caminhar é invadir as situações de evidência no mundo, conquistando posições de destaque transitório ou trazendo as mais vastas expressões financeiras ao círculo pessoal.
Entretanto, não é isso.
Nesse particular, os chamados "homens de rotina" talvez detenham maiores probabilidades a seu favor.
A personalidade dominante, em situações efêmeras, tem a marcha inçada de perigos, de responsabilidades complexas, de ameaças atrozes. A sensação de altura aumenta a sensação de queda.
É preciso caminhar sempre, mas a jornada compete ao Espírito eterno, no terreno das conquistas interiores.
Muitas vezes, certas criaturas que se presumem nos mais altos pontos da viagem, para a Sabedoria Divina se encontram apenas paralisadas na contemplação de fogos-fátuos.
Que ninguém se engane nas estações de falso repouso.
Importa trabalhar, conhecer-se, iluminar-se e atender ao Cristo, diariamente. Para fixarmos semelhante lição em nós, temos nascido na Terra, partilhando-lhe as lutas, gastando-lhe os corpos e nela tornaremos a renascer.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Pão Nosso").
(Ditado pelo Espírito Emmanuel).20a edição. Lição 20. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2001.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Libertação de Consciência. :-)


Não aguardemos que o aplauso do mundo coroe as nossas expectativas.
Não esperemos que as alegrias nos adornem de louros ou que uma coroa de luz desça sobre a nossa cabeça, vestindo-nos de festa.
Quem elegeu Jesus, não pode ignorar a cruz da renúncia.
Quem O busca, não pode desdenhar a estrada áspera do Gólgota.
Quem com Ele se afina, não pode esquecer que, Sol de primeira grandeza como é, desceu à sombra da noite, para ser o porto de segurança luminosa, no qual atracaremos a barca de nosso destino.
Jesus é o nosso máximo ideal humano, Modelo e Guia seguro.
Aquele que travou contato com a Sua palavra nunca mais O esquece.
Quem com Ele se identifica, perdeu o direito à opção, porque a sua, passa a tornar-se a opção dEle, sem o que, a vida não tem sentido.

Não é esta a primeira vez que nos identificamos com o Seu verbo libertador. Abandoná-lo é infidelidade, que O troca pelos ouropéis e utopias do mundo, de breve duração.
Não é esta a nossa experiência única no santuário da fé, que abraçamos desde a treva medieval, erguendo monumentos ao prazer, distantes da convivência com a dor.
Voltamos à mesma grei, para podermos, com o Pensamento Divino vibrando em nós, lograr uma perfeita identificação.
Lucigênitos, procedemos do Divino Foco, para o qual marchamos.
Seja, pois, a nossa caminhada assinalada pelas pegadas de claridade na Terra, a fim de que, aquele que venha após os nossos passos, encontre as setas apontando o caminho.
Jesus não nos prometeu os júbilos vazios dos tóxicos da ilusão. Não nos brindou com promessas vãs, que nos destacassem no cenário transitório da Terra. Antes, asseverou, que verteríamos o pranto que precede à plenitude, e teríamos a tristeza e a solidão que antecedem à glória solar.
Não seja, pois, de surpreender que, muitas vezes, a dificuldade e o opróbrio, o problema e a solidão caracterizem a nossa marcha. Não seja de surpreender, portanto, que nos vejamos em solidão com Ele, já que as Suas, serão as mãos que nos enxugarão o pranto, enquanto nos dirá, suavemente: Aqui estou!
Perseveremos juntos, cantando o hino da alegria plena na ação que liberta consciências, na atividade que nos irmana e no amor que nos felicita.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos Enriquecedores").
(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis).Salvador, BA: LEAL, 1994.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

A Língua. :-)


Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.

Ponderada - favorece o juízo.

Leviana - descortina a imprudência.

Alegre - espalha otimismo.

Triste - semeia desânimo.

Generosa - abre caminho à elevação.

Maledicente - cava despenhadeiros.

Gentil - provoca reconhecimento.

Atrevida - traz a perturbação.

Serena - produz calma.

Fervorosa - impõe a confiança.

Descrente - invoca a frieza.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Preces e Mensagens Espirituais".)
(Ditado pelo Espírito André Luiz.)

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Marcados. :-)


Acerca-te dos vencidos para auxiliar. Não creias, porém, que eles sejam apenas os companheiros que tombaram na luta e se encontram caídos na estrada, tomados pelo desalento e o pessimismo.
Concentra a tua atenção e com os olhos do espírito surpreenderás muitos deles ao teu lado, guardando aparência robusta e provocando ruído para esconderem as marcas da infelicidade.
Todavia, é imprescindível amar para ajudar com eficiência.
Alguns são amigos assinalados por desastres e acidentes morais, que o ferrete da Lei divina atingiu, expungindo, recalcados, os pesados débitos...
Outros são irmãos marcados por enfermidades cruéis, que lhes desorganizam o aparelho digestivo, desviando-lhes o tubo excretor...
Vários são companheiros vitimados por heranças físicas,, que os olhos do mundo não alcançam, guardadas em tecidos caros, recuperando o pretérito...
Diversos são os corações solitários, que se reajustam aos impositivos de afeições angustiosas, renovando o panorama da mente enferma...
Outros tantos são espíritos de procedências várias, perturbados por sinais vigorosos que os prostram, no silêncio, aniquilando-lhes a esperança...
Todos eles necessitam de ungüento para as marcas dolorosas, que funcionam como corretivos santificantes.
Quando os encontres, não os atormentes mais com indagações desnecessárias, ferindo-lhes as úlceras com estiletes de curiosidade negativa.
Viajores do tempo, nas estações da Terra, possuímos nossos sinais e marcar que nos dilaceram as fibras íntimas.
Antes que desfaleçam esses marcados, podes fazer algo em benefício deles. Mais tarde surgirá novo dia, oportunidade nova de caminhar e, embora sejas convidado a ajudar, orando, não poderás prever se, de um para outro momento, será convidado pela Lei a carregar mais vigorosa marca...

(Franco Divaldo P.. Da obra: "Messe de Amor".)
(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.)

Irmãos em Perigo. :-)


Os que pretendem transformar o próximo, de um dia para outro a golpes verbais.
Os que descobrem pareceres inteligentes e bons conselhos para todas as pessoas, distraídos dos problemas que lhes são próprios.
Os que colocam a mente em outro mundo, a maneira absoluta, sem atender aos deveres do mundo em que respiram.
Os que permanecem incessantemente preocupados em se defenderem.
Os que reconhecem a grandeza das verdades divinas, mas jamais dispõem de tempo para cultivá-la, em favor da própria iluminação.
Os que adiam indefinidamente para amanhã o serviço da compreensão e do amor ao próximo.
Os que se sentem senhores exclusivos de todos os trabalhos no campo da caridade, sem distribuir oportunidades de serviço aos outros.
Os que declaram perdoar a ofensa, mas que nunca conseguem esquecer o mal.
Os que encontram ensejo de se entediarem da vida. (André Luiz)

(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

domingo, 23 de setembro de 2007

Luz em Ti. :-)


É um tesouro inigualável, teu somente.
Ninguém dispõe dele em teu lugar.
Nas horas mais difíceis, podes gastá-lo sem preocupação.
Quando alguém te fira, é capaz de revelar-te a grandeza da alma, no brilho do perdão.
No momento em que os seres mais queridos porventura te abandonem, será parte luminosa de tua bênção.
Ante os irmãos infelizes, é o teu cartão de paz e simpatia.
Nos empreendimentos que te digam respeito ao próprio interesse, converte-se em passaporte para a aquisição das vantagens que desejes usufruir.
No relacionamento comum, transforma-se na chave para a formação das amizades fiéis.
Na essência, é um investimento, a teu próprio favor, que realizas sem o menor prejuízo.
Esse tesouro é o teu sorriso, - luz de Deus em ti mesmo, - que nenhuma circunstância pode extinguir e que ninguém consegue arrebatar. (Meimei)

(Página do livro "Palavras do Coração", recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier - Edição CEU.)

sábado, 22 de setembro de 2007

Perdoa as Nossas Dívidas, Assim Como Perdoamos aos Nossos Devedores. :-)


Quando pronunciamos as palavras “perdoa as nossas dividas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, não apenas estamos à espera do benefício para o nosso coração e para a nossa consciência, mas estamos igualmente assumindo o compromisso de desculpar os que nos ofendem.
Todos possuímos a tendência de observar com evasivas os grandes defeitos que existem em nós, reprovando, entretanto, sem exame, pequeninas faltas alheias.
Por isso mesmo Jesus, em nos ensinando a orar, recomendou-nos esquecer qualquer mágoa que alguém nos tenha causado.
Se não oferecermos repouso à mente do próximo, como poderemos aguardar o descanso para os nossos, pensamentos?
Será justo conservar todo o pão, em nossa casa, deixando a fome aniquilar a residência do vizinho?
A paz é também alimento da alma, e, se desejamos tranqüilidade para nós, não nos esqueçamos do entendimento e da harmonia que devemos aos demais.
Quando pedirmos a tolerância do Pai Celeste em nosso favor, lembremo-nos também de ajudar aos outros com a nossa tolerância.
Auxiliemos sempre.
Se o Senhor pode suportar-nos e perdoar-nos, concedendo-nos constantemente novas e abençoadas oportunidades de retificação, aprendamos, igualmente, a espalhar a compreensão e o amor, em benefício dos que nos cercam.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Pai Nosso".)
(Ditado pelo Espírito Meimei.)19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O Pequeno Aborrecimento. :-)


Um moço de boas maneiras, incapaz de ofender os que lhe buscavam o concurso amigo, sempre meditava na Vontade de Deus, disposto a cumpri-la.
Certa vez, muito preocupado com o horário, aproximou-se de um pequeno ônibus, com a intenção de aproveitá-lo para a travessia de extenso trecho da cidade em que morava, mas, no momento exato em que o ia fazer, surgiu-lhe à frente um vizinho, que lhe prendeu a atenção para longa conversa.
O rapaz consultava o relógio, de segundo a segundo, deixando perceber a pressa que o levava a movimentar-se rápido, mas o amigo, segurando-lhe o braço, parecia desvelar-se em transmitir-lhe todas as minudências de um caso absolutamente sem importância.
Contrafeito com a insistência da conversação aborrecida e inútil, o jovem ouvia o companheiro, por espírito de gentileza, quando o veículo largou sem ele.
Daí a alguns minutos, porém, correu inquietante a notícia.
A máquina estava sendo guiada por um condutor embriagado e precipitara-se num despenhadeiro, espatifando-se.
Ouvindo com paciência uma palestra incômoda, o moço fora salvo de triste desastre.
O jovem refletiu sobre a ocorrência e chegou à conclusão de que, muitas vezes, a Vontade Divina se manifesta, em nosso favor, nas pequenas contrariedades do caminho, ajudando-nos a cumprir nossos mais simples deveres, e passou a considerar, com mais respeito e atenção, as circunstâncias inesperadas que nos surgem à frente, na esfera dos nossos deveres de cada dia.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Pai Nosso".)
(Ditado pelo Espírito Meimei.)19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

À Mãe Cristã. :-)


O mundo será feliz quando a mulher, sem receio,
abrir a porta da casa aos órfãos do lar alheio.(Irene Sousa Pinto)

Mãe feliz, aguça o ouvido ante os que vão sem ninguém...
Cada pequeno esquecido é teu filhinho também.(Rita Barém de Melo)

Não olvides que a criança, no caminho, vida a fora,
vai devolver-te, mais tarde, o que lhe deres agora.(Casimiro Cunha)

Mãezinha - planta celeste, anjo que chora sorrindo -,
teu filho é a flor que puseste no ramo de um sonho lindo.(Meimei)

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Pai Nosso".)
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Nos Momentos Graves. :-)


Use calma. A vida pode ser um bom estado de luta, mas o estado de guerra nunca será uma vida boa.

Não delibere apressadamente. As circunstâncias, filhas dos Desígnios Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto.

Evite lágrimas inoportunas. O pranto pode complicar os enigmas ao invés de resolvê-los.

Se você errou desastradamente, não se precipite no desespero. O reerguimento é a melhor medida para aquele que cai.

Tenha paciência. Se você não chega a dominar-se, debalde buscará o entendimento de quem não o compreende ainda.

Se a questão é excessivamente complexa, espere mais um dia ou mais uma semana, a fim de solucioná-la. O tempo não passa em vão.

A pretexto de defender alguém, não penetre o círculo barulhento. Há Pessoas que fazem muito ruído por simples questão de gosto.

Seja comedido nas resoluções e atitudes. Nos instantes graves, nossa realidade espiritual é mais visível.

Em qualquer apreciação, alusiva a segundas e terceiras pessoas, tenha cuidado. Em outras ocasiões, outras pessoas serão chamadas a fim de se referirem a você.

Em hora alguma proclame seus méritos individuais, porque qualquer qualidade excelente é muito problemátia no quadro de nossas aquisições. Lembre-se de que a virtude não é uma voz que fala, e, sim, um poder que irradia.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Agenda Cristã".)
(Ditado pelo Espírito André Luiz.)Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

sábado, 15 de setembro de 2007

O Poder da Gentileza. :-)


Eminente professor negro, interessado em fundar uma escola num bairro singelo, onde centenas de crianças desamparadas cresciam sem o benefício das letras, foi recebido pelo prefeito da cidade que lhe disse imperativamente, depois de ouvir-lhe o plano:
- A lei e a bondade nem sempre podem estar juntas. Organize uma casa e autorizaremos a providência.
- Mas, doutor, não dispomos de recursos... - considerou o benfeitor dos meninos desprotegidos.
- Que fazer?
- De qualquer modo, cabe-nos amparar os pequenos analfabetos.
O prefeito reparou-lhe demoradamente a figura humilde, fez um riso escaninho e acrescentou:
- O senhor não pode intervir na administração.
O professor, muito triste, retirou-se e passou a tarde e a noite daquele sábado, pensando, pensando...
Domingo, muito cedo, saiu a passear, sob as grandes árvores, na direção de antigo mercado.
Lá comentando, na oração silenciosa:
- Meu Deus, como agir? Não receberemos um pouso para as criancinhas, Senhor?
Absorvido na meditação, atingiu o mercado e entrou.
O movimento era enorme.
Muitas compras. Muita gente.
Certa senhora, de apresentação distinta, aproximou-se dele e tomando-o por servidor vulgar, de mãos desocupadas e cabeça vazia, exclamou:
- Meu velho, venha cá.
O professor acompanhou-a, sem vacilar.
À frente dum saco enorme, em que se amontoavam mais de trinta quilos de verdura, a matrona recomendou:
- Traga-me esta encomenda.
Colocou ele o fardo às costas e seguiu-a.
Caminharam seguramente uns quinhentos metros e penetraram elegante vivenda, onde a senhora voltou a solicitar:
- Tenho visitas hoje. Poderá ajudar-me no serviço geral?
- Perfeitamente - respondeu o interpelado -, dê suas ordens.
Ela indicou pequeno pátio e determinou-lhe a preparação de meio metro de lenha para o fogão.
Empunhando o machado, o educador, com esforço, rachou algumas toras. Findo o serviço, foi chamado para retificar a chaminé. Consertou-a com sacrifício da própria roupa. Sujo de pó escuro, da cabeça aos pés, recebeu ordem de buscar um peru assado, a distância de dois quilômetros. Pôs-se a caminho, trazendo o grande prato em pouco tempo. Logo após, atirou-se à limpeza de extenso recinto em que se efetuaria lauto almoço.
Nas primeiras horas da tarde, sete pessoas davam entrada no fidalgo domicílio. Entre elas, relacionava-se o prefeito que anotou a presença do visitante da véspera, apresentado ao seu gabinete por autoridades respeitáveis. Reservadamente, indagou da irmã, que era a dona da casa, quanto ao novo conhecimento, conversando ambos em surdina.
Ao fim do dia, a matrona distinta e autoritária, com visível desapontamento, veio ao servo improvisado e pediu o preço dos trabalhos.
- Não pense nisto - respondeu com sinceridade -,tive muito prazer em ser-lhe útil.
No dia imediato, contudo, a dama da véspera procurou-o, na casa modesta em que se hospedava e, depois de rogar-lhe desculpas, anunciou-lhe a concessão de amplo edifício, destinado à escola que pretendia estabelecer. As crianças usariam o patrimônio à vontade e o prefeito autorizaria a providência com satisfação.
Deixando transparecer nos olhos úmidos a alegria e o reconhecimento que lhe reinavam n'alma, o professor agradeceu e beijou-lhe as mãos, respeitoso.
A bondade dele vencera os impedimentos legais.
O exemplo é mais vigoroso que a argumentação.
A gentileza está revestida, em toda parte, de glorioso poder.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Alvorada Cristã".)
(Ditado pelo Espírito Neio Lúcio.)11a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO. :-)



A Bondade Infinita de Deus não permitirá que venhamos a cair sob as tentações, mas, para isso, é necessário que nos esforcemos, colaborando, de algum modo, com o auxilio incessante de Nosso Pai.
Há leis organizadas para beneficio de todos, mas, se não as respeitarmos, como poderemos contar com a proteção delas, em nosso favor?
Sabemos que o fogo destrói. Por isso mesmo, não devemos abusar dele.
Não podemos rogar o socorro divino para a imprudência que se repete todos os dias.
Se um homem estima a preguiça, não atrairá as bênçãos que ajudam aos cultivadores do trabalho.
Se uma pessoa vive atirando espinhos à face dos outros, como esperará sorrisos na face alheia?
É indiscutível que a Providência Divina nos ajudará constantemente, livrando-nos do mal; entretanto, espera encontrar em nós os valores da boa-vontade.
Não ignoramos que o Pai Celestial está sempre conosco, mas, muitas vezes, somos nós que nos afastamos do Nosso Criador.
Para que não venhamos a sucumbir sob os golpes das tentações, é indispensável saibamos procurar o bem, cultivando-o sem cessar.
Não há colheita sem plantação.
Certamente, devemos esperar que Deus nos conceda o "muito" de seu amor, mas não olvidemos que é preciso dar "alguma coisa" do nosso esforço.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Pai Nosso".)

(Ditado pelo Espírito Meimei.) 19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

domingo, 9 de setembro de 2007

Porque Queres. :-)


Que os Espíritos burlões e maus perturbam os homens, nisto comprazendo-se, não há dúvida.
Lúcidos e folgazões, frívolos quão perversos, prosseguem, além do corpo, consoante foram antes da desencarnação.
Invejando ou odiando aqueles que se esforçam e se esmeram para evoluir, intentam, por todos os meios possíveis, envolvê-los nas suas redes e tramas sórdidas.
Inspiram, aturdem, criam situações embaraçosas, insistindo na manipulação dos seus objetivos infelizes, entregando-se a tais misteres nos quais se crêem realizados.
Turbados e ignorantes em relação às Leis da Vida, supõem-se "braços da Justiça" ou livres para agir conforme as próprias aspirações.
Interferem, desse modo, na conduta humana, os Espíritos zombeteiros e impiedosos, gerando sofrimentos.

Há, naturalmente, em todo intercâmbio, uma reciprocidade de sintonia.
A lei de identidade moral e emocional responde pela comunhão de idéias entre aqueles que participam do mesmo conúbio.
Mantenha o indivíduo um salutar padrão mental e comportamental superior, e, de forma alguma, os Espíritos, doentes e ignorantes, encontrarão campo para os seus desideratos perniciosos.
Em toda área de comunicação a mensagem somente é recebida por quem lhe permanece na faixa de registro.
Ante, portanto, a intermitente perseguição espiritual, defrontamos um agente atuante e um paciente agradavelmente receptivo.
Isto, porém, ocorre contigo, porque o queres...

Ergue-te, mentalmente, acima das faixas vibratórias, nas quais se movimentam os Espíritos vulgares e impuros.
Resguarda-te do pessimismo e da suspeita, que são fatores propiciatórios para o desequilíbrio.
Consolida as disposições felizes, no íntimo, mentalizando o Bem e a ele entregando-te, a fim de pairares em clima superior de paz.
Medita e ora, agindo corretamente, e, se algo, ainda assim, te acontecer, compreende que é um episódio fortuito da vida, que não te merecerá maior consideração.
O processo, no qual te encontras engajado, é de evolução; resolve-te por avançar, sem as contramarchas tormentosas.
Ascendendo psiquicamente e harmonizando-te emocionalmente, far-te-ás respeitado pelos Espíritos perturbadores que, mesmo intentando molestar-te, não encontrarão receptividade da tua parte.
Recorda-te, por fim, de Jesus.
Quem o encontrou, descobriu um tesouro luminoso, e, enriquecendo-se com ele, jamais tropeçará em sombra e aflição.
Impregna-te dele, e sê feliz, sem mais controvérsia.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Vigilância.")

(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.)1a edição. Salvador, BA: LEAL, 1987.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Assim disse Dalai Lama. :-)


Perguntaram ao Dalai Lama: -O que mais lhe surpreende na humanidade?
Então ele respondeu:
"Os Homens...porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam não vivendo nem o presente nem o fututro.
E vivem como se nunca fossem morrer...e morrem como se nunca tivessem vivido".
Assim é o mundo em que vivemos, infelizmente mas aos poucos os seres humanos vão se dar conta do mal que fazem a sí e ao seu semelhante.
Cada um vivendo a sua vida produzindo e construindo seu Espírito, cujo objetivo final a todos sem excessão.
"DEUS".



segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Serenidade Sempre. :-)



Todo homem sábio é sereno.A serenidade é conquista que se consegue a esforço pessoal e passo a passo.Pequenos desafios que são superados; irritação que se faz controlada;desafios emocionais corrigidos; vontade bem direcionada;ambição freada, são experiências para a aquisição da serenidade.Um Espírito sereno, já se encontrou consigo próprio, sabendo o que, exatamente , deseja da vida.A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os circunstantes. Inspira confiança, acalma e propõe afeição. O homem sereno já venceu grande parte da luta.Que nenhuma agressão exterior te perturbe, levando-te à irritação, ao desequilíbrio.Mantém-te sereno em todas as realizações.A tua paz é moeda arduamente conquistada, que não deves atirar fora por motivos irrelevantes.Os tesouros reais, de alto valor, são aqueles de ordem íntima, que ninguémtoma, jamais se perdem e sempre seguem com a pessoa.Tua serenidade , tua gema preciosa.Diante de quem te enganou, traindo a tua confiança, o teu ideal, ou envolvendo-te em malquerença, mantém-te sereno.O enganador é quem deve estar inquieto, e não a sua vítima.Nunca te permitas demonstrar que foste atingido pelo petardo da maldade alheia. No teu círculo familiar ou social sempre defrontarás com pessoas perturbadoras, confusas e agressivas.Não te desgastes com elas, competindo nas faixas de desequilíbrio em que se fixam.Constituem teste à tua paciência e serenidade. Assim exercita-te com essas situações para, mais seguro , enfrentares os grandes testemunhose provações do`processo evolutivo, Sempre porém com serenidade.


(Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)

domingo, 26 de agosto de 2007

Sois a Luz. :-)




"Vós sois a luz do mundo."
- Jesus. (Mateus, 5,14)

Quando o Cristo designou os seus discípulos, como sendo a luz do mundo, assinalou-lhes tremenda responsabilidade na Terra.
A missão da luz é clarear caminhos, varrer sombras e salvar vidas, missão essa que se desenvolve, invariavelmente, à custa do combustível que lhe serve de base.
A chama da candeia gasta o óleo do pavio.
A iluminação elétrica consome força da usina.
E a claridade, seja do Sol ou do candelabro, é sempre mensagem de segurança e discernimento, reconforto e alegria, tranqüilizando aqueles em torno dos quais resplandece.
Se nos compenetramos, pois, da lição do Cristo, interessados em acompanhá-lo, é indispensável a nossa disposição de doar as nossas forças na atividade incessante do bem, para que a Boa Nova brilhe na senda de redenção para todos.
Cristão sem espírito de sacrifício é lâmpada morta no santuário do Evangelho.
Busquemos o Senhor, oferecendo aos outros o melhor de nós mesmos.
Sigamo-lo, auxiliando indistintamente.
Não nos detenhamos em conflitos ou perquirições sem proveito.
"Vós sois a luz do mundo" ─, e a luz não argumenta, mas esclarece e socorre, ajuda e ilumina.

(XAVIER, F. C. "Fonte Viva".)

(Ditado Pelo Espírito Emmanuel.) Rio de Janeiro: FEB. Cópia do capítulo 105.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

As três Árvores. :-)


Há muitos e muitos anos atrás, havia no alto de uma montanha três árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.A primeira, olhando as estrelas disse que queria ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros.A segunda, olhando o riacho suspirou ao dizer que queria ser um navio grande para transportar reis e rainhas.A terceira olhou para o vale em que estavam e disse que queria ficar ali mesmo no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para ela levantassem os olhos e pensassem em Deus.Os anos se passaram e, certo dia três lenhadores cortaram as árvores.As três ficaram ansiosas em serem transformadas naquilo que sonharam, contudo os lenhadores não ouviam ou não entendiam sonhos...Que pena!A primeira árvore acabou sendo transformada em um cocho de animais coberto de feno.A segunda virou um simples barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.A terceira foi cortada em grossas vigas e colocada num depósito.Então, todas se perguntaram desiludidas e tristes por que isso acontecera.Numa bela noite, cheia de luz e estrelas, uma jovem mãe colocou seu bebê recém nascido naquele cocho de animais.De repente, a primeira árvore descobriu que tinha o maior tesouro do mundo!A segunda árvore acabou transportando um homem que acabou dormindo num barco, mas quando a tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse:“Silêncio! Quieto!”E num relance, a segunda árvore entendeu que estava transportando o Rei do Céu e da Terra.Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela.Logo, sentiu-se horrível e cruel.Mas, no domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria.E a terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um homem para a salvação da humanidade e que as pessoas se lembrariam de Deus e de seu Filho ao olharem para ela.As árvores haviam tido sonhos e desejos...Mas sua realização foi mil vezes maior do que haviam imaginado.Entregue seus sonhos e seus desejos a Deus. Ele sempre lhe dará muito mais do que você pode esperar...

Realização Interior. :-)



Enquanto o homem não se convencer de que lhe é necessário conquistar as paisagens íntimas, suas realizações externas deixá-lo-ão em desencanto, sob frustrações que se sucederão, tantas vezes quantas sejam as glórias alcançadas no mundo de fora.
À semelhança de uma semente, na qual dormem incontáveis recursos, que surgem a partir da germinação, cabe ao ser humano desatar os valores que lhe dormem inatos, facultando-se as condições de desenvolvimento, graças às quais logrará sua plenitude.
Muitas vezes, as dificuldades que o desafiam são fatores propiciatórios para o desabrochar dos elementos adormecidos, e para que sua destinação gloriosa seja alcançada.
O homem de bem, que reúne os valores expressivos da honra e da ação edificante, faz-se caracterizar pelo esforço, pelo empenho que desenvolve, realizando o programa essencial da vida que é sua iluminação íntima.
Somente essa identificação com o si profundo facultar-lhe-á a tranqüilidade, meta próxima a ser conseguida. Partindo dela, novas etapas surgirão, convidativas, ensejando o crescimento moral e intelectual proporcionador da felicidade real.
Todas as conquistas externas - moedas, projeção social, objetos raros, moradia, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos - não obstante úteis para a comodidade, a automação e sintonia com o mundo, bem como com a sociedade, não podem acompanhar o ser, quando lhe ocorre a fatalidade biológica da morte.
Cada qual desencarna com os recursos morais e intelectivos que amealhou, liberando-se ou não dos grilhões emocionais que o prendem às quinquilharias a que atribui valor.
Na luta pela aquisição das coisas, as batalhas se tornam renhidas, graças à competição, às angustiantes expectativas das disputas, nas quais o crime assume papel preponderante, com resultados quase sempre funestos.
Na grande transição, tudo aquilo que constituiu motivo de luta insana perde o significado, passando a afligir mais do que antes..

Não te descures da auto-iluminação.
Se buscas a consolidação da estrutura sócio-econômica pessoal e familiar, vai mais longe, e intenta a conquista dos tesouros íntimos.
Exercita as virtudes que possuis em germe, dando-lhes oportunidade de se agigantarem, arrastando outros corações.
Recorda-te, a cada instante, da brevidade do corpo físico e reivindica o treino para a morte, mantendo-te em serenidade, reflexão e ação iluminativa.
Vida interior é conquista possível, e está ao teu alcance. Logra-a, quanto antes, e sentirás a imensa alegria da plenificação.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos Enriquecedores".)
(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.) Salvador, BA: LEAL, 1994.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

A Força da Amizade. :-)


A força da amizade vence todas as diferenças...Aliás... para que diferenças se somos amigos? Quando erramos... nos perdoamos e esquecemos. Se temos defeitos... não nos importamos...Trocamos segredos... e respeitamos as divergências...Nas horas incertas, sempre chegamos no momento certo...Amigos sem cor... sem sexo... sem idade...Amigo é só amigo...Nos amparamos...nos defendemos...sem pedir...fazemos porque nos sentimos felizes em fazer...Nos reverenciamos... adoramos... idolatramos... apreciamos... admiramos.Nos mostramos amigos de verdade,quando dizemos o que temos a dizer...Nos aceitamos , sem querer mudanças...Estamos sempre presente,não só nos momentos de alegria,compartilhando prazeres,mas principalmente nos momentos mais difíceis...Não tiramos a liberdade...não sufocamos... não forçamos nossa presença...Estamos perto quando de nós necessitam...e ao nos afastarmos ,respeitamos sempre a individualidade alheia.A amizade não se força...Mas tem uma forçaque se intensifica a cada instante...É dessa maneira que sou teu (tua) amigo (a )!!!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Abrindo o seu Coração



ABRAM SEUS CORAÇÕES PARA O AMOR DE DEUS e vocês irão recebê-lo. Ele ama vocês com ternura. E Ele irá dar-lhes o Seu amor não para guardar, mas para dividir.
Nossas preces devem ser palavras ardentes, vindas da chama dos nossos corações e repletas de amor. Em suas preces, fale com Deus com grande reverência e confiança.
Não se arraste atrasado nem corra à frente, não grite nem mantenha silêncio, mas, devotadamente, com grande doçura, com natural simplicidade, sem nenhuma afetação, ofereça o seu louvor a Deus com todo o seu coração e toda sua alma.
Devemos todo dia renovar o nosso propósito e mover-nos com fervor, como se fosse o primeiro dia da nossa conversão, dizendo: “Ajuda-me, Senhor Deus, na minha boa resolução e em Teu sagrado serviço, e dá-me a graça real e verdadeira todo o dia, pois o que eu tenho feito até agora é nada.
A prece que surge da mente e do coração, e que não lemos em livros, é chamada prece mental. Na prece vocal, nós falamos com Deus; na prece mental, Ele fala conosco.
É então que Deus derrama a Si mesmo sobre nós.
A prece mental é enormemente favorecida pela simplicidade, isto é, o esquecimento do eu através da transcendência do corpo e dos sentidos, e através de aspirações freqüentes que alimentam nossa prece. Na prece mental, diz São João Vianney, “feche os seus olhos, feche a sua boca, e abra o seu coração.”
A prece engrandece o coração até que ele seja capaz de conter as dádivas de Deus, para ele mesmo. Pergunte e procure, e seu coração crescerá suficientemente para recebê-Lo e mantê-Lo em você.
Ofereça a Deus toda a palavra que você disser, todo o movimento que fizer. É preciso que nos apaixonemos cada vez mais por Deus.
Nós precisamos da prece para cada vez mais realizar o trabalho de Deus, de forma que, a cada momento, possamos saber como estar completamente disponíveis para Ele.
Nós precisamos fazer todo o esforço possível para caminhar na presença de Deus, para ver Deus em todas as pessoas que encontramos, para viver nossa prece durante todo o dia.
Nós precisamos orar com perseverança e com grande amor.
O amor é uma fruta madura em qualquer tempo e ao alcance de qualquer mão. Qualquer pessoa pode colhê-lo e não há limite estabelecido.
Todos podem alcançar este amor pela meditação, pelo espírito de prece e sacrifício, e por meio de uma intensa vida interna. Nós realmente vivemos esta vida?
O amor deve ser tão normal para nós como viver e respirar, dia após dia, até a nossa morte.
Eu sou uma luz escura? Uma falsa luz? Uma lâmpada desligada que, conseqüentemente, não irradia luz alguma?
Faça com que o seu coração seja uma luz brilhante.
Não importa o que nós fazemos ou o quanto fazemos, mas sim o quanto de amor nós colocamos na ação, porque aquela ação é o nosso amor por Deus em movimento.
Mesmo quando pecamos ou cometemos um erro, vamos permitir que isso nos ajude a chegar mais próximo de Deus. Vamos dizer a Ele humildemente: “Eu sei que não deveria ter feito isso, mas mesmo esse fracasso eu ofereço ao Senhor.”
As nossas palavras São inúteis, a menos que venham do fundo do coração.
Ofereça-se completamente a Deus. Ele utilizará você para realizar grandes coisas, com a condição de que você acredite muito mais no seu amor do que na sua fraqueza.
Está o meu coração tão limpo que eu posso ver a face de Deus em meu irmão, em minha irmã, sejam negros ou brancos, e nos desprotegidos, nos leprosos ou moribundos?
É para isto que precisamos rezar.
Deus mora em nós. É o que Lhe dá um poder maravilhoso. Não importa onde você está, desde que você seja puro de coração. Pureza de coração significa abertura, aquela liberdade completa, aquele desapego que lhe permite amar a Deus sem impedimentos ou obstáculos.
Toda noite, antes de ir para cama, você deve fazer um exame de consciência (porque você não sabe se estará vivo na manhã seguinte!). Seja o que for que esteja lhe incomodando, que você tenha feito errado, você deve reparar isto. Por exemplo, se você roubou alguma coisa, então, tente devolvê-la.
Se você ofendeu alguém, tente se desculpar com essa pessoa; faça isso diretamente.
Se não conseguir se desculpar, pelo menos desculpe-se com Deus, dizendo: “Eu sinto muito.” É importante que tenhamos essa atitude, porque, assim como temos atos de amor, também devemos ter atos de arrependimento. Você pode dizer: “Senhor, eu sinto muito por eu ter Te ofendido e eu Te prometo que tentarei não Te ofender novamente.”
É bom sentir-se livre dos fardos e ter um coração puro. Lembre que Deus é misericordioso, Ele é o pai misericordioso de todos nós. Nós somos as suas crianças, e Ele nos perdoará e esquecerá nossas faltas se nos lembrarmos de agir assim.
Examine o seu coração primeiramente para ver se ainda existe dentro de você qualquer traço de falta de perdão para com os outros, pois como podemos pedir a Deus que nos perdoe se não perdoamos os outros?
As pessoas me perguntam que conselho eu dou para os casais que estão brigando. Eu sempre respondo: “Ore e perdoe”; e para aqueles jovens que vieram de famílias violentas eu digo : “Ore e perdoe”; e à mãe solteira que não tem nenhum apoio da família, eu também digo: “Ore e perdoe”.
Lembre que se você se arrepende de verdade, se realmente faz isto com o coração puro, você será absolvido aos olhos de Deus. Ele irá perdoá-lo, se você confessar verdadeiramente. Então ore para ser capaz de perdoar àqueles que o ofenderam ou de quem você não gosta, e perdoe, assim como você foi perdoado.
Aprece é uma alegria. A prece é o sol brilhante do amor de Deus, a prece é a esperança de felicidade eterna, a prece é a chama brilhante do amor de Deus por você e por mim. Vamos rezar uns pelos outros, pois essa é a melhor forma de amar uns aos outros.
Seja hoje o sol brilhante do amor de Deus.
Deus continua sendo amor, ele continua amando o mundo. Deus ama tanto o mundo hoje que Ele nos oferece o mundo para amarmos, para sermos o Seu amor e a Sua compaixão.
Você pode estar exausto com o trabalho, até mesmo matando-se de tanto trabalhar, mas a menos que o seu trabalho seja feito com amor, ele é inútil.
Nós todos precisamos encher nossos corações com muito amor. Não imagine que o amor, para ser verdadeiro e ardente, precisa ser algo extraordinário.
Deus ama cada um de nós com o amor mais carinhoso e pessoal. O seu anelo por mim é mais fervoroso que o meu por Ele.
Não há limite para o amor de Deus. Ele é sem limite e a Sua profundidade não pode ser medida.
A melhor maneira de mostrar a sua gratidão a Deus e às pessoas é aceitar tudo com alegria. Um coração alegre é o resultado normal de um coração ardente de amor.
É muito fácil ser orgulhoso, ríspido, mal-humorado e egoísta, mas nós fomos criados para coisas maiores; por que então nos submetermos a coisas que irão tirar a beleza do nosso coração?
No silêncio do coração Deus fala. O que Ele nos diz? Ele diz: “Eu chamei você pelo seu nome, você é meu; a água não irá afogá-lo, o fogo não irá queimá-lo, eu desistirei das nações por você, você é precioso para mim, eu amo você. Ainda que uma mãe possa esquecer seu filho, eu nunca esquecerei você. Eu moldei você na palma da minha mão”.
Nós não podemos falar a não ser que tenhamos ouvido, a não ser que tenhamos feito nossa conexão com Deus. Da plenitude que há em nosso coração, a boca falará e a mente pensará.
A prece engrandece o coração até onde ele é capaz de conter a doação que Deus faz de Si mesmo.
Pelo menos uma vez, deixe o amor de Deus tomar posse total e absoluta do seu coração; deixe que ele se torne para o seu coração como uma segunda natureza; não deixe que nada contrário a esse amor entre em seu coração; que ele se esforce continuamente para aumentar esse amor por Deus, procurando agradá-Lo em todas as coisas e não Lhe recusando nada. Permita que seu coração aceite como vindo de Suas mãos tudo o que lhe acontece; deixe-o ter uma firme determinação de nunca cometer qualquer erro deliberada e conscientemente. Mas, se falhar, que seja humilde e levante-se sem demora. Um coração como esse estará orando continuamente.


(Por: Madre Teresa de Calcutá )

domingo, 19 de agosto de 2007

A Visão de Ciência e Religião por Albert Einstein.


2ª PARTE.
Esse é o Deus da providência, que protege, decide, recompensa e pune. Esse é o Deus que, de acordo com a amplitude do horizonte do homem, ama e cuida da humanidade. É aquele que conforta a tristeza e os desejos insatisfeitos; é também o protetor das almas dos mortos. Essa é a idéia social ou moral de Deus. É fácil acompanhar, nas sagradas escrituras do povo judeu, o desenvolvimento da religião do medo e a sua transformação numa religião moral, que prossegue no Novo Testamento.
SENTIMENTO CÓSMICO.
As religiões de todos os povos civilizados, especialmente as orientais, são sobretudo religiões morais. A transformação da religião do medo em religião moral é um avanço importante na vida de um povo. Porém, deve-se evitar o preconceito de considerar as religiões dos povos primitivos apenas como religiões do medo, e as dos povos civilizados apenas como religiões morais. Todas são formas mistas, embora o elemento moral predomine nos níveis mais elaborados de vida social. Comum a todos esses tipos de religião é o caráter antropomórfico da ideia de Deus.
Apenas indivíduos excepcionalmente dotados ou comunidades especialmente desenvolvidas estão acima dessa segunda etapa, onde se encontra um terceiro nível de experiência religiosa, mesmo que raramente numa forma pura. Pode-se chamá-lo de sentido religioso cósmico.
Esse é um conceito difícil de ser colocado de forma clara para aqueles que não o experimentaram, já que não está associado a uma idéia antropomórfica de Deus. O indivíduo percebe a futilidade dos desejos e das ambições e a nobreza e a ordem reveladas na natureza e no mundo do pensamento. Ele sente o destino individual como um cativeiro e busca experimentar a totalidade da existência como uma unidade cheia de significado.
Indicações desse sentido religioso cósmico podem ser encontradas mesmo nos níveis preliminares de desenvolvimento, como, por exemplo, nos Salmos de Davi e nos Profetas. O elemento cósmico é muito mais forte no Budismo, como revelou Schopenhauer, em seus magníficos ensaios.
Os gênios religiosos de todos os tempos se distinguiram por esse sentido religioso cósmico, que não reconhece dogmas nem um Deus parecido com o homem. Por isso não pode haver uma igreja com doutrinas baseadas na visão cósmica. É precisamente entre os hereges de todos os tempos que encontramos homens inspirados nessa experiência religiosa superior. Eles eram vistos pelos olhos de seus contemporâneos como ateus, mas algumas vezes também como santos. Sob esse prisma, homens como Demócrito, São Francisco de Assis e Spinoza estão muito próximos um do outro.
TRABALHO SOLITÁRIO.
Como a experiência religiosa cósmica pode ser comunicada de pessoa a pessoa, sem um conceito definido de Deus ou uma teologia? Parece que a função da arte e da ciência é despertar e manter vivo esse sentimento. Essa interpretação da relação entre ciência e religião difere bastante da visão ordinária.
O estudo da história leva à tendência de considerar religião e ciência antagonistas irreconciliáveis. Para quem está imbuído do sentido da lei da causalidade, que aceita sinceramente a suposição da causalidade, a idéia de um ser superior que interfere nos eventos do mundo é absolutamente inaceitável. Para essa pessoa, um Deus que recompensa e pune é inconcebível, porque o homem age de acordo com uma necessidade interna ou externa; ele seria, aos olhos de Deus, tão pouco responsável quanto um objeto inanimado.
A ciência, por isso, tem sido injustamente acusada de solapar a moral. O comportamento ético do homem é baseado principalmente na simpatia, na educação e nos relacionamentos sociais, e não requer apoio da religião. Na verdade, a condição humana seria triste se o homem precisasse do medo da punição e da esperança de uma recompensa após a morte para se manter no caminho certo.
É, portanto, bastante natural que as igrejas tenham combatido a ciência e perseguido os que a apoiavam. Mas, por outro lado, eu posso afirmar que a experiência religiosa cósmica é a maior e mais nobre força motriz por trás da pesquisa científica.
Ninguém que não aprecie o tremendo esforço propulsivo e, sobretudo, a devoção sem a qual criações pioneiras no pensamento científico não se concretizariam, pode julgar a força do sentimento a partir do qual esse trabalho - desviado como é da vida prática imediata - pode crescer. Que profunda fé na racionalidade da estrutura do mundo, que anseio de compreender mesmo que uma pequena parcela da razão revelada pela natureza não devem ter tido Kepler e Newton, para desvendar os mecanismos celestes num trabalho solitário que durou tantos anos...
Quem conhece apenas a aplicação prática da pesquisa científica pode facilmente chegar a uma interpretação errada do estado de espírito de homens que, cercados por contemporâneos céticos, mostraram o caminho a seus semelhantes. Apenas quem dedicou sua vida a esse fim pode ter uma idéia da inspiração que permitiu a esses homens se manterem leais a seus propósitos, apesar de incontáveis fracassos. E apenas o sentido religioso cósmico pode conferir a eles esse poder.

A visão de Ciência e Religião por Albert Einstein.



1ª PARTE.

Tudo o que os homens fazem ou pensam está associado à satisfação de necessidades ou à fuga da dor. Deve-se ter isso em mente ao se tentar compreender movimentos espirituais ou intelectuais e a maneira como eles se desenvolvem. O sentimento e o desejo são as forças que motivam a produtividade e a realização, não importa quão nobres essas possam, mais tarde, se revelar.
Que sentimentos e necessidades levaram a humanidade ao pensamento religioso e à fé, no sentido mais amplo? Um instante de reflexão mostra que no berço do pensamento e da experiência religiosa encontram-se as mais variadas emoções.
Nos povos primitivos é o medo, antes de tudo, que desperta idéias religiosas - medo da fome, de animais selvagens, da doença, da morte. Já que, nesse nível de existência, a compreensão das conexões causais é usualmente limitada, a alma humana forja um ser mais ou menos parecido com ela, de cuja vontade e atividade dependem todas as experiências que ela teme. As pessoas esperam conquistar o agrado desse ser através de façanhas e sacrifícios que, de acordo com a tradição, devem fazer com que ele tenha boa vontade para com os homens. A isso pode-se chamar religião do medo.
Essa religião torna-se estável pela formação de uma casta de sacerdotes, que acreditam ser os mediadores entre o povo e o ser que eles temem; dessa forma, alcançam uma posição de poder. Freqüentemente um líder, um déspota ou uma classe privilegiada, cujo poder é mantido de outras formas, alia a função sacerdotal a seu próprio governo temporal, de maneira a obter maior segurança. Podem também haver alianças entre os interesses do poder político e da casta de sacerdotes.
Uma segunda fonte de desenvolvimento religioso encontra-se nos sentimentos sociais. Pais e mães, assim como líderes de grandes comunidades, são falíveis e mortais. O desejo de orientação, amor e assistência serve de estímulo para o crescimento de uma concepção social ou moral de Deus.

sábado, 18 de agosto de 2007

Usina de Forças, o corpo humano. :-)


Ama o corpo que te serve de instrumento para o progresso espiritual com respeito e elevação.
Através dele, cresces e constróis o mundo de esperança e felicidade, se o conduzes com dignidade e trabalho.
Não suponhas que ele seja responsável pela falência dos teus valores éticos, ou pelas sucessivas quedas que te retêm na retaguarda.
Considerando-o, prolongar-lhe-ás a existência e finalidade, preservando-o de desgastes desnecessários.
A fraqueza moral nunca é da carne, mas, sim, do Espírito que a comanda.

Graças ao corpo, a Humanidade recebeu as belezas da arte superior através de Miguel Ângelo, Rafael, Goya, Rembrandt e, antes deles, Fídias, Praxíteles ou Renoir, Tissot, Manet.
Por ele se expressaram, na música divina, Bach, Mozart, Beethoven, Sibelius, Schummann, Carlos Gomes, Villa Lobos, para nos recordarmos apenas de alguns poucos.
Através dele, o pensamento se humanizou em Sócrates, Platão, Aristóteles, Rousseau, Hegel, Kant...
Utilizando-o, Krishna, Buda, Confúcio, Jesus, Allan Kardec, trouxeram ao mundo a canção de beleza da imortalidade em triunfo.
Mergulhados nele, Pasteur, Koch, Hansen, Fleming, ampliaram os horizontes da saúde, ao lado de Kraepelin, Griesinger, Freud, Jung, que lutaram pelo reequilíbrio mental e emocional dos homens.
Conduzindo-o com nobreza, Francisco de Assis, Teresa de Ávila, Vicente de Paulo, mantiveram viva a chama da fé e da caridade.
... E milhares de cientistas, filósofos, artistas, poetas, músicos, santos, heróis e lutadores anônimos construíram sob divina inspiração o mundo onde agora respiras.

Certamente, há muito ainda por fazer. E isto a ti compete realizar, oferecendo a tua quota de engrandecimento.

Se os vestígios do primitivismo, do qual ele proveio, te induzem à promiscuidade de qualquer natureza ou ao seu rebaixamento moral, sustenta-o na fragilidade com o combustível da temperança, não agindo de forma a perturbar-lhe o equilíbrio ou intoxicá-lo com os miasmas da injunção danosa.

Se te ocorre ciliciá-lo, a fim de o acalmar, conforme ensinam, erradamente, os atormentados da fé, balsamiza-lhe os impulsos com os medicamentos da prece e os esforços do trabalho que retemperam as energias.

Se o tombas, por qualquer motivo ou invigilância, não o lastimes nem o recrimines. Simplesmente, levanta-o e evita-lhe repetir o insucesso.

Se o tens enfermo ou mutilado, acode-o com o otimismo e a confiança em Deus.

Se o possuis sadio e harmônico, bendize-o com a sua preservação cuidadosa.

Nem excesso de cuidados, vivendo para ele, nem abandono, desprezando-o à própria sorte.

O teu corpo é conquista que alcançaste diante das Soberanas Leis da Vida.
Torna-o uma usina de forças a serviço do bem e um santuário de bem-aventuranças com possibilidades de alçar-te das cinzas e do lodo da terra aos altiplanos espirituais, onde reinam a felicidade e o amor total.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos de Coragem".)

(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.) Salvador, BA: LEAL, 1988.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Mediunidade no tempo de Jesus. :-)



“Se alguém julga ser profeta ou inspirado pelo Espírito, reconheça um mandamento do Senhor nas coisas que estou escrevendo para vocês” (PAULO, aos coríntios).

Introdução

A mediunidade é uma faculdade humana que consiste na sintonia espiritual entre dois seres. Normalmente, a usamos para designar a influência de um Espírito desencarnado sobre um encarnado, entretanto, julgamos que, acima de tudo, por se tratar de uma aquisição do Espírito imortal, pouco importa a situação em que se encontram esses dois seres, para que se processe a ligação espiritual entre eles.

É comum que ataques ao Espiritismo ocorram por conta desse “dom”, como se ele viesse a acontecer exclusivamente em nosso meio. Ledo engano, pois, conforme já o dissemos, é uma faculdade humana, e assim sendo, todos a possuem, variando apenas quanto ao seu grau.
Os detratores querem, por todos os meios, fazer com que as pessoas acreditem que isso é coisa nova, mas podemos provar que a mediunidade não é coisa nova e que até mesmo Jesus dela pode nos dar notícias. É o que veremos a seguir.

A mediunidade e Jesus

Quando Jesus recomenda a seus doze discípulos a divulgação de que o “reino do Céu está próximo” fica evidenciado, aos que estudaram ou vivenciam esse fenômeno, que o Mestre estava falando mesmo era da faculdade mediúnica. Entretanto, por conta dos tradutores ou dos teólogos, essa realidade ficou comprometida no texto bíblico. Entretanto, como é impossível “tapar o sol com uma peneira”, podemos perfeitamente identificá-la, apesar de todo o esforço para escondê-la.

O evangelista Mateus narra o seguinte:

“Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tenham cuidado com os homens, porque eles entregarão vocês aos tribunais e açoitarão vocês nas sinagogas deles. Vocês vão ser levados diante de governadores e reis, por minha causa, a fim de serem testemunhas para eles e para as nações. Quando entregarem vocês, não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer. Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. (10,16-20).
A primeira observação que faremos é que por ter tentado a Eva, dizem que a serpente seria o próprio satanás, entretanto, isso fica estranho, porquanto o próprio Jesus nos recomenda sermos prudentes como as serpentes. Esse fato demonstra que tal associação é apenas fruto do dogmatismo que só produz o fanatismo religioso.

Essa fala de Jesus é inequívoca quanto ao fenômeno mediúnico: “não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês”, e arremata: “Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. A tentativa de esconder o fenômeno fica por conta da expressão “o Espírito do Pai”, quando a realidade é “um Espírito do Pai” a mudança do artigo indefinido para o artigo definido tem como objetivo principal desvirtuar a fenomenologia em primeiro plano e em segundo, mais um ajuste de texto bíblico para apoiar a trindade divina copiada dos povos pagãos.

O filósofo e teólogo Carlos Torres Pastorino abordando a questão da mudança do artigo, diz:
“...Novamente sem artigo. Repisamos: a língua grega não possuía artigos indefinidos. Quando a palavra era determinada, empregava-se o artigo definido ‘ho, he, to’. Quando era indeterminada (caso em que nós empregamos o artigo indefinido), o grego deixava a palavra sem artigo. Então quando não aparece em grego o artigo, temos que colocar, em português, o artigo indefinido: UM espírito santo, e nunca traduzir com o definido: O espírito santo”. (Sabedoria do Evangelho, volume 1, pág 43).

Se sustentarmos a expressão “o Espírito do Pai” teremos forçosamente que admitir que o próprio Deus venha a se manifestar num ser humano. Pensamento absurdo como esse só pode ser pela falta de compreensão da grandeza de Deus. Dizem os cientistas que no cosmo há 100 bilhões de galáxias, cada uma delas com cerca de 100 bilhões de estrelas, fazendo do Universo uma coisa fora do alcance de nossa limitada imaginação, mas, mesmo que a custa de um grande esforço, vamos imaginar tamanha grandeza. Bom, façamos agora a pergunta: o que criou tudo isso? Diante disso, admitir que esse ser possa estar pessoalmente inspirando uma pessoa é fora de proposto, coisa aceitável a de povos primitivos, cujos conhecimentos não lhes permitem ir mais longe, por restrição imposta pelo seu hábitat.

A mediunidade no apostolado

Um fato, que reputamos como de inquestionável ocorrência da mediunidade, aconteceu logo depois da morte de Jesus, quando os discípulos reunidos receberam “como que línguas de fogo” e começaram a falar em línguas, de tal sorte que, apesar da heterogeneidade do povo que os ouvia, cada um entendia o que falavam em sua própria língua. Fato extraordinário registrado no livro Atos dos Apóstolos, desta forma:

“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem”. (Atos 2, 1-6).

Aqui podemos identificar o fenômeno mediúnico conhecido como xenoglossia, que na definição do Aurélio é: A fala espontânea em língua(s) que não fora(m) previamente aprendida(s). Mas, como da vez anterior, tentam mudar o sentido, para isso alteram o artigo indefinido para o definido, quando a realidade seria exatamente que estavam “repletos de um Espírito santo (bom)”.
Fato semelhante aconteceu, um pouco mais tarde, nomeado como o Pentecostes dos pagãos:
“Pedro ainda estava falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a Palavra. Os fiéis de origem judaica, que tinham ido com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os pagãos. De fato, eles os ouviam falar em línguas estranhas e louvar a grandeza de Deus...” (At 10, 44-46).

Episódio que confirma que “Deus não faz acepção de pessoas” (At 10,34), daí podermos estender à mediunidade como uma faculdade exclusiva a um determinado grupo religioso, mas existindo em todos segmentos em suas expressões de religiosidade.

A mediunidade como era “transmitida”

A bem da verdade não há como ninguém transmitir a mediunidade para outra pessoa, entretanto, pelos relatos bíblicos, a imposição das mãos fazia com que houvesse sua eclosão, óbvio que naqueles que a possuíam em estado latente. Vejamos algumas situações em que isso ocorreu.

Em Atos 8, 17-18:
“Então Pedro e João impuseram as mãos sobre os samaritanos, e eles receberam o Espírito Santo. Simão viu que o Espírito Santo era comunicado através da imposição das mãos. Dêem para mim também esse poder, a fim de que receba o Espírito todo aquele sobre o qual eu impuser as mãos”.
Simão era um mago que, com suas artes mágicas, deixava o povo da região de Samaria maravilhado. Mas, ao ver o “poder” de Pedro e João, ficou impressionado com o que fizeram, daí lhes oferece dinheiro a fim de que dessem a ele esse poder, para que sobre todos os que ele impusesse as mãos, também recebessem o Espírito Santo.

Em Atos 19, 1-7:
“Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões mais altas e chegou a Éfeso. Encontrou aí alguns discípulos, e perguntou-lhes: ‘Quando vocês abraçaram a fé receberam o Espírito Santo?’ Eles responderam: ‘Nós nem sequer ouvimos falar que existe um Espírito Santo’. Paulo perguntou: ‘Que batismo vocês receberam?’ Eles responderam: ‘O batismo de João’. Então Paulo explicou: ‘João batizava como sinal de arrependimento e pedia que o povo acreditasse naquele que devia vir depois dele, isto é, em Jesus’. Ao ouvir isso, eles se fizeram batizar em nome do Senhor Jesus. Logo que Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e começaram a falar em línguas e a profetizar. Eram, ao todo, doze homens”.
Será que podemos entender que o batismo de Jesus é “receber o Espírito Santo”, conseguido pela imposição das mãos? A narrativa nos leva a aceitar essa hipótese, apenas mantemos a ressalva feita anteriormente quanto à expressão “o Espírito Santo”.

A mediunidade como os dons do Espírito.

Na estrada de Damasco, Paulo, que até então perseguia os cristãos, numa ocorrência transcendente, se encontra com Jesus, passando, a partir daí, a segui-lo. Durante o seu apostolado se comunicava diretamente com o Espírito de Jesus, demonstrando sua incontestável mediunidade.

Aliás, o apóstolo Paulo foi quem mais entendeu do fenômeno mediúnico, tanto que existem recomendações preciosas de sua parte aos agrupamentos cristãos de então. Ele o chamava de “dons do Espírito”. “Sobre os dons do Espírito, irmãos, não quero que vocês fiquem na ignorância” (1Cor 12,1), mostrando-se interessado em que todos pudessem conhecer tais fenômenos.

E esclarece o apóstolo dos gentios:

“Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo; diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. A um, o Espírito dá a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito; a outro, o mesmo Espírito dá a fé; a outro ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas; a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda, o dom de as interpretar. Mas é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme ele quer”. (1 Cor 12,4-11).
Novamente, mudando-se “o Espírito” para “um Espírito”, estaremos diante da faculdade mediúnica, basta “ter olhos de ver”.

Ao que parece, naquela época, os médiuns se preocupavam mais com a xenoglossia Paulo para desfazer esse engano novamente faz outras recomendações aos coríntios (1Cor 14,1-25).

Disse ele:
“...aspirem aos dons do Espírito, principalmente à profecia. Pois aquele que fala em línguas não fala aos homens, mas a Deus. Ninguém o entende, pois ele, em espírito, diz coisas incompreensíveis. Mas aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo, ao passo que aquele que profetiza edifica a assembléia. Eu desejo que vocês todos falem em línguas, mas prefiro que profetizem. Aquele que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a menos que este mesmo as interprete, para que a assembléia seja edificada...”.

Conclusão

Como apregoa a Doutrina Espírita o fenômeno mediúnico nada mais é que uma ocorrência de ordem natural. Podemos identificá-lo desde os mais remotos tempos da humanidade, e não poderia ser diferente, pois, em se tratando de uma manifestação de uma faculdade humana, deverá ser mesmo tão velha quanto a permanência do homem aqui na Terra.
Mas, infelizmente, a intolerância religiosa, a ignorância e, por vezes, a má-vontade, não permitiu que fosse divulgada da forma correta, ficando mais por conta de uma ocorrência sobrenatural, que só acontecia a uns poucos privilegiados. Coube ao Espiritismo a desmistificação desse fenômeno, bem como a sua explicação racional. Kardec nos deixou um legado importantíssimo para todos que possam se interessar pelo assunto, quando lança O Livro dos Médiuns, que recomendamos aos que buscam o conhecimento dessa fenomenologia, ainda muito incompreendida em nossos dias.
(Paulo da Silva Neto Sobrinho, Nov 2004.)


Referência bibliográfica.

PASTORINO, Carlos Torres, "Sabedoria do Evangelho", volume 1, Revista Mensal Sabedoria, Rio, 1964.
Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, Paulus, São Paulo, 43ª ed. 2001.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Linhas de Evolução. :-)



"Caridade e humildade, tal a senda única da salvação."(Alan Kardec. E.S.E. Cap.XV. Item 5.)

Observando os companheiros a quem você deseja ajudar, seja breve na exposição e demorado no socorro. Sem o suor do exemplo, os mais belos comentários perdem a legitimidade.

Utilize-se do poço do caminho, sem lhe tisnar a limpidez das águas. Mais tarde você poderá necessitar dele novamente.

Seu vestuário desvela para os outros suas íntimas inclinações. Use a roupa, sem a ela escravizar-se.

Mantenha a higiene de seu corpo para preservar a saúde. No entanto, viver excessivamente preocupado com a limpeza é sintoma de desequilíbrio.

Cobiçando o melhor de cada dia, viva cada minuto nobremente, como se fosse o último a que você tivesse direito. O depois começa agora.

Pare para refletir, não obstante sabendo refletir para não parar. Quem avança, sem estacionar, pára sem forças para avançar.

Planifique, antes de agir, e demonstrará respeito pelo serviço. Evite, porém, planificar assoberbado de preocupações, pois que assim você jamais realizará algo.

Se você acredita em felicidade vivendo a sós, disponha-se para inquietantes aflições. A gota de orvalho no deserto reflete a glória de longínqua estrela, mas não dá vitalidade à terra onde se aquieta e consome, sem ajudar.

Em todas as conjunturas de sua vida, recorde-se da caridade, primeiro, e da humildade, logo depois.
"Caridade e humildade, tal a senda única da salvação."

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Glossário Espírita-Cristão".)
(Ditado pelo Espírito Marco Prisco.) 4a edição. Salvador, BA: LEAL, 1993.

A degeneração do Espiritismo. :-(


Comparando a história do Espiritismo com a do Cristianismo Primitivo, podemos tirar algumas conclusões importantes para a o futuro da nossa doutrina e o do seu movimento social.
O Cristianismo, cuja pureza doutrinária do Evangelho e simplicidade de organização funcional dos primeiros núcleos cristãos foi conquistando lenta e seguramente a sociedade de sua época, sofreu com o tempo um desgaste ideológico. Corrompeu-se por força dos interesses políticos, financeiros e institucionais. Os novos adeptos e seus líderes, não conseguindo penetrar na essência do Evangelho, que é regeneração, ou seja, o mergulho doloroso no mundo interior e a reversão das atitudes exteriores, adaptaram o mesmo às suas conveniências psico-sociais, atacando suas idéias mais contundentes à moral animalizada, alimentando os mecanismos de defesa da mente, fazendo concessões às fraquezas dos adeptos e desviando-os para o comodismo dos disfarces rituais exteriores. Repressão de forças espirituais espontâneas e idéias consideradas ameaçadoras ao clero, como a mediunidade e a reencarnação; a falsificação de tradições e a adoção do sincretismo do costumes bárbaros, foram as principais estratégias dessa clericalização do cristianismo.
O resultado de tudo isso é bem conhecido: dois milênios de intolerâncias, violências, atraso espiritual, perpetuação das injustiças sociais, agravamento de compromissos com a lei de ação e reação e forte comprometimento da regeneração do nosso planeta.
Com o Espiritismo não está sendo muito diferente.
Apesar das advertências dos Espíritos e do próprio Allan Kardec quanto aos períodos históricos e tendências do movimento, os espíritas insistem em cometer os mesmos erros do passado. Os mesmos erros porque provavelmente somos as mesmas almas que rejeitaram e desviaram o Cristianismo da sua vocação e agora posamos de puristas ortodoxos, inimigos ocultos do Espírito da Verdade.
Negligentes com a oração e a vigilância, cedemos constantemente aos tentáculos do poder e da vaidade. Desprezamos a toda hora a idéia do “amai-vos e instruí-vos”, entendendo-a egoisticamente, ora como fortalecimento intelectual competitivo, ora como o afrouxamento dos valores doutrinários. Não conseguindo nos adaptar ao Espiritismo, compreendendo e vivenciando suas verdades, vamos aos poucos adaptando a doutrina aos nosso limites, corrompendo os textos da codificação, ignorando a experiência histórica de Allan Kardec e dos seus colaboradores, trazendo para os centros espíritas práticas dogmáticas das nossas preferências religiosas, hábitos políticos das agremiações que freqüentamos e mais comumente a interferência negativas dos nossos caprichos e vaidades pessoais.
Como os primeiros cristãos, também lutamos pelo crescimento de nossas instituições, deixando-nos seduzir pelo mundo exterior e imitando os grupos já pervertidos, construindo palácios arquitetônicos, cuja finalidade sempre foi causar impressão aos olhos e a falsa idéia de prestígio político; e dentro deles praticamos as mesmas façanhas da deslealdade, das rivalidades, das perseguições aos desafetos, da auto-afirmação e liderança autoritária, de crítica e boicote às idéias que não concordamos.
E, finalmente, cultivamos uma equívoca concepção de unificação, esperando ingenuamente que a nossas idéias e grupos sejam majoritários num Grande Órgão Dirigente do Espiritismo Mundial, do nosso imaginário, e muitas outras tolices e fantasias que nem vale a pena enumerar aqui.
E assim caminhamos, unidos em nossas displicências e divididos nas responsabilidades. Preferimos esquecer figuras exemplares que atuaram na Sociedade Espírita de Paris quando ignoramos nossa história sabiamente registrada na Revista Espírita. Deixamos de lado líderes agregadores – ainda que divergências normais e toleráveis existissem entre eles – para ouvir e nos deixar dominar por um disfarçado clero institucional, comando por vozes medíocres e ciumentas, figueiras estéreis, sofistas encantadores e improdutivos, enfim, velhas almas e velhas tendências, vinho azedo e frutas podres em nossos mais caros celeiros doutrinários.
Mas como evitar esse processo de corrupção e, em alguns casos notórios, de contaminação e má conduta? Como reverter a situação para reconduzir essas experiências para os rumos verdadeiramente espíritas? O que fazer com as más instituições, com os maus dirigentes, os maus médiuns, maus comunicadores, enfim os maus espíritas? Devemos identificá-los e expulsá-los dos nossos quadros? Devemos denunciá-los e discriminá-los como fazia a Inquisição com os acusados de heresia?
O que fazer com os livros que consideramos impuros ou inconvenientes ao movimento?: devemos queimá-los em praça pública, censurá-los em nossas bibliotecas ou então deixar que a própria comunidade espírita pratique o livre arbítrio e aprenda a fazer escolhas corretas e adequadas às suas necessidades?
O Espiritismo foi certamente uma doutrina elaborada por Espíritos Superiores e isto nos deixa tranqüilos quanto ao seu futuro doutrinário. Mas o seu movimento vem sendo feito por seres humanos, espíritos ainda imaturos e inexperientes. Isso realmente tem nos deixado muito preocupados, pois sabemos que, hoje, os inimigos do Espiritismo estão entre os próprios espíritas.

(Dalmo Duque dos Santos)
 

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