terça-feira, 28 de agosto de 2007

Assim disse Dalai Lama. :-)


Perguntaram ao Dalai Lama: -O que mais lhe surpreende na humanidade?
Então ele respondeu:
"Os Homens...porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam não vivendo nem o presente nem o fututro.
E vivem como se nunca fossem morrer...e morrem como se nunca tivessem vivido".
Assim é o mundo em que vivemos, infelizmente mas aos poucos os seres humanos vão se dar conta do mal que fazem a sí e ao seu semelhante.
Cada um vivendo a sua vida produzindo e construindo seu Espírito, cujo objetivo final a todos sem excessão.
"DEUS".



segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Serenidade Sempre. :-)



Todo homem sábio é sereno.A serenidade é conquista que se consegue a esforço pessoal e passo a passo.Pequenos desafios que são superados; irritação que se faz controlada;desafios emocionais corrigidos; vontade bem direcionada;ambição freada, são experiências para a aquisição da serenidade.Um Espírito sereno, já se encontrou consigo próprio, sabendo o que, exatamente , deseja da vida.A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os circunstantes. Inspira confiança, acalma e propõe afeição. O homem sereno já venceu grande parte da luta.Que nenhuma agressão exterior te perturbe, levando-te à irritação, ao desequilíbrio.Mantém-te sereno em todas as realizações.A tua paz é moeda arduamente conquistada, que não deves atirar fora por motivos irrelevantes.Os tesouros reais, de alto valor, são aqueles de ordem íntima, que ninguémtoma, jamais se perdem e sempre seguem com a pessoa.Tua serenidade , tua gema preciosa.Diante de quem te enganou, traindo a tua confiança, o teu ideal, ou envolvendo-te em malquerença, mantém-te sereno.O enganador é quem deve estar inquieto, e não a sua vítima.Nunca te permitas demonstrar que foste atingido pelo petardo da maldade alheia. No teu círculo familiar ou social sempre defrontarás com pessoas perturbadoras, confusas e agressivas.Não te desgastes com elas, competindo nas faixas de desequilíbrio em que se fixam.Constituem teste à tua paciência e serenidade. Assim exercita-te com essas situações para, mais seguro , enfrentares os grandes testemunhose provações do`processo evolutivo, Sempre porém com serenidade.


(Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)

domingo, 26 de agosto de 2007

Sois a Luz. :-)




"Vós sois a luz do mundo."
- Jesus. (Mateus, 5,14)

Quando o Cristo designou os seus discípulos, como sendo a luz do mundo, assinalou-lhes tremenda responsabilidade na Terra.
A missão da luz é clarear caminhos, varrer sombras e salvar vidas, missão essa que se desenvolve, invariavelmente, à custa do combustível que lhe serve de base.
A chama da candeia gasta o óleo do pavio.
A iluminação elétrica consome força da usina.
E a claridade, seja do Sol ou do candelabro, é sempre mensagem de segurança e discernimento, reconforto e alegria, tranqüilizando aqueles em torno dos quais resplandece.
Se nos compenetramos, pois, da lição do Cristo, interessados em acompanhá-lo, é indispensável a nossa disposição de doar as nossas forças na atividade incessante do bem, para que a Boa Nova brilhe na senda de redenção para todos.
Cristão sem espírito de sacrifício é lâmpada morta no santuário do Evangelho.
Busquemos o Senhor, oferecendo aos outros o melhor de nós mesmos.
Sigamo-lo, auxiliando indistintamente.
Não nos detenhamos em conflitos ou perquirições sem proveito.
"Vós sois a luz do mundo" ─, e a luz não argumenta, mas esclarece e socorre, ajuda e ilumina.

(XAVIER, F. C. "Fonte Viva".)

(Ditado Pelo Espírito Emmanuel.) Rio de Janeiro: FEB. Cópia do capítulo 105.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

As três Árvores. :-)


Há muitos e muitos anos atrás, havia no alto de uma montanha três árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.A primeira, olhando as estrelas disse que queria ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros.A segunda, olhando o riacho suspirou ao dizer que queria ser um navio grande para transportar reis e rainhas.A terceira olhou para o vale em que estavam e disse que queria ficar ali mesmo no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para ela levantassem os olhos e pensassem em Deus.Os anos se passaram e, certo dia três lenhadores cortaram as árvores.As três ficaram ansiosas em serem transformadas naquilo que sonharam, contudo os lenhadores não ouviam ou não entendiam sonhos...Que pena!A primeira árvore acabou sendo transformada em um cocho de animais coberto de feno.A segunda virou um simples barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.A terceira foi cortada em grossas vigas e colocada num depósito.Então, todas se perguntaram desiludidas e tristes por que isso acontecera.Numa bela noite, cheia de luz e estrelas, uma jovem mãe colocou seu bebê recém nascido naquele cocho de animais.De repente, a primeira árvore descobriu que tinha o maior tesouro do mundo!A segunda árvore acabou transportando um homem que acabou dormindo num barco, mas quando a tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse:“Silêncio! Quieto!”E num relance, a segunda árvore entendeu que estava transportando o Rei do Céu e da Terra.Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela.Logo, sentiu-se horrível e cruel.Mas, no domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria.E a terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um homem para a salvação da humanidade e que as pessoas se lembrariam de Deus e de seu Filho ao olharem para ela.As árvores haviam tido sonhos e desejos...Mas sua realização foi mil vezes maior do que haviam imaginado.Entregue seus sonhos e seus desejos a Deus. Ele sempre lhe dará muito mais do que você pode esperar...

Realização Interior. :-)



Enquanto o homem não se convencer de que lhe é necessário conquistar as paisagens íntimas, suas realizações externas deixá-lo-ão em desencanto, sob frustrações que se sucederão, tantas vezes quantas sejam as glórias alcançadas no mundo de fora.
À semelhança de uma semente, na qual dormem incontáveis recursos, que surgem a partir da germinação, cabe ao ser humano desatar os valores que lhe dormem inatos, facultando-se as condições de desenvolvimento, graças às quais logrará sua plenitude.
Muitas vezes, as dificuldades que o desafiam são fatores propiciatórios para o desabrochar dos elementos adormecidos, e para que sua destinação gloriosa seja alcançada.
O homem de bem, que reúne os valores expressivos da honra e da ação edificante, faz-se caracterizar pelo esforço, pelo empenho que desenvolve, realizando o programa essencial da vida que é sua iluminação íntima.
Somente essa identificação com o si profundo facultar-lhe-á a tranqüilidade, meta próxima a ser conseguida. Partindo dela, novas etapas surgirão, convidativas, ensejando o crescimento moral e intelectual proporcionador da felicidade real.
Todas as conquistas externas - moedas, projeção social, objetos raros, moradia, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos - não obstante úteis para a comodidade, a automação e sintonia com o mundo, bem como com a sociedade, não podem acompanhar o ser, quando lhe ocorre a fatalidade biológica da morte.
Cada qual desencarna com os recursos morais e intelectivos que amealhou, liberando-se ou não dos grilhões emocionais que o prendem às quinquilharias a que atribui valor.
Na luta pela aquisição das coisas, as batalhas se tornam renhidas, graças à competição, às angustiantes expectativas das disputas, nas quais o crime assume papel preponderante, com resultados quase sempre funestos.
Na grande transição, tudo aquilo que constituiu motivo de luta insana perde o significado, passando a afligir mais do que antes..

Não te descures da auto-iluminação.
Se buscas a consolidação da estrutura sócio-econômica pessoal e familiar, vai mais longe, e intenta a conquista dos tesouros íntimos.
Exercita as virtudes que possuis em germe, dando-lhes oportunidade de se agigantarem, arrastando outros corações.
Recorda-te, a cada instante, da brevidade do corpo físico e reivindica o treino para a morte, mantendo-te em serenidade, reflexão e ação iluminativa.
Vida interior é conquista possível, e está ao teu alcance. Logra-a, quanto antes, e sentirás a imensa alegria da plenificação.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos Enriquecedores".)
(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.) Salvador, BA: LEAL, 1994.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

A Força da Amizade. :-)


A força da amizade vence todas as diferenças...Aliás... para que diferenças se somos amigos? Quando erramos... nos perdoamos e esquecemos. Se temos defeitos... não nos importamos...Trocamos segredos... e respeitamos as divergências...Nas horas incertas, sempre chegamos no momento certo...Amigos sem cor... sem sexo... sem idade...Amigo é só amigo...Nos amparamos...nos defendemos...sem pedir...fazemos porque nos sentimos felizes em fazer...Nos reverenciamos... adoramos... idolatramos... apreciamos... admiramos.Nos mostramos amigos de verdade,quando dizemos o que temos a dizer...Nos aceitamos , sem querer mudanças...Estamos sempre presente,não só nos momentos de alegria,compartilhando prazeres,mas principalmente nos momentos mais difíceis...Não tiramos a liberdade...não sufocamos... não forçamos nossa presença...Estamos perto quando de nós necessitam...e ao nos afastarmos ,respeitamos sempre a individualidade alheia.A amizade não se força...Mas tem uma forçaque se intensifica a cada instante...É dessa maneira que sou teu (tua) amigo (a )!!!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Abrindo o seu Coração



ABRAM SEUS CORAÇÕES PARA O AMOR DE DEUS e vocês irão recebê-lo. Ele ama vocês com ternura. E Ele irá dar-lhes o Seu amor não para guardar, mas para dividir.
Nossas preces devem ser palavras ardentes, vindas da chama dos nossos corações e repletas de amor. Em suas preces, fale com Deus com grande reverência e confiança.
Não se arraste atrasado nem corra à frente, não grite nem mantenha silêncio, mas, devotadamente, com grande doçura, com natural simplicidade, sem nenhuma afetação, ofereça o seu louvor a Deus com todo o seu coração e toda sua alma.
Devemos todo dia renovar o nosso propósito e mover-nos com fervor, como se fosse o primeiro dia da nossa conversão, dizendo: “Ajuda-me, Senhor Deus, na minha boa resolução e em Teu sagrado serviço, e dá-me a graça real e verdadeira todo o dia, pois o que eu tenho feito até agora é nada.
A prece que surge da mente e do coração, e que não lemos em livros, é chamada prece mental. Na prece vocal, nós falamos com Deus; na prece mental, Ele fala conosco.
É então que Deus derrama a Si mesmo sobre nós.
A prece mental é enormemente favorecida pela simplicidade, isto é, o esquecimento do eu através da transcendência do corpo e dos sentidos, e através de aspirações freqüentes que alimentam nossa prece. Na prece mental, diz São João Vianney, “feche os seus olhos, feche a sua boca, e abra o seu coração.”
A prece engrandece o coração até que ele seja capaz de conter as dádivas de Deus, para ele mesmo. Pergunte e procure, e seu coração crescerá suficientemente para recebê-Lo e mantê-Lo em você.
Ofereça a Deus toda a palavra que você disser, todo o movimento que fizer. É preciso que nos apaixonemos cada vez mais por Deus.
Nós precisamos da prece para cada vez mais realizar o trabalho de Deus, de forma que, a cada momento, possamos saber como estar completamente disponíveis para Ele.
Nós precisamos fazer todo o esforço possível para caminhar na presença de Deus, para ver Deus em todas as pessoas que encontramos, para viver nossa prece durante todo o dia.
Nós precisamos orar com perseverança e com grande amor.
O amor é uma fruta madura em qualquer tempo e ao alcance de qualquer mão. Qualquer pessoa pode colhê-lo e não há limite estabelecido.
Todos podem alcançar este amor pela meditação, pelo espírito de prece e sacrifício, e por meio de uma intensa vida interna. Nós realmente vivemos esta vida?
O amor deve ser tão normal para nós como viver e respirar, dia após dia, até a nossa morte.
Eu sou uma luz escura? Uma falsa luz? Uma lâmpada desligada que, conseqüentemente, não irradia luz alguma?
Faça com que o seu coração seja uma luz brilhante.
Não importa o que nós fazemos ou o quanto fazemos, mas sim o quanto de amor nós colocamos na ação, porque aquela ação é o nosso amor por Deus em movimento.
Mesmo quando pecamos ou cometemos um erro, vamos permitir que isso nos ajude a chegar mais próximo de Deus. Vamos dizer a Ele humildemente: “Eu sei que não deveria ter feito isso, mas mesmo esse fracasso eu ofereço ao Senhor.”
As nossas palavras São inúteis, a menos que venham do fundo do coração.
Ofereça-se completamente a Deus. Ele utilizará você para realizar grandes coisas, com a condição de que você acredite muito mais no seu amor do que na sua fraqueza.
Está o meu coração tão limpo que eu posso ver a face de Deus em meu irmão, em minha irmã, sejam negros ou brancos, e nos desprotegidos, nos leprosos ou moribundos?
É para isto que precisamos rezar.
Deus mora em nós. É o que Lhe dá um poder maravilhoso. Não importa onde você está, desde que você seja puro de coração. Pureza de coração significa abertura, aquela liberdade completa, aquele desapego que lhe permite amar a Deus sem impedimentos ou obstáculos.
Toda noite, antes de ir para cama, você deve fazer um exame de consciência (porque você não sabe se estará vivo na manhã seguinte!). Seja o que for que esteja lhe incomodando, que você tenha feito errado, você deve reparar isto. Por exemplo, se você roubou alguma coisa, então, tente devolvê-la.
Se você ofendeu alguém, tente se desculpar com essa pessoa; faça isso diretamente.
Se não conseguir se desculpar, pelo menos desculpe-se com Deus, dizendo: “Eu sinto muito.” É importante que tenhamos essa atitude, porque, assim como temos atos de amor, também devemos ter atos de arrependimento. Você pode dizer: “Senhor, eu sinto muito por eu ter Te ofendido e eu Te prometo que tentarei não Te ofender novamente.”
É bom sentir-se livre dos fardos e ter um coração puro. Lembre que Deus é misericordioso, Ele é o pai misericordioso de todos nós. Nós somos as suas crianças, e Ele nos perdoará e esquecerá nossas faltas se nos lembrarmos de agir assim.
Examine o seu coração primeiramente para ver se ainda existe dentro de você qualquer traço de falta de perdão para com os outros, pois como podemos pedir a Deus que nos perdoe se não perdoamos os outros?
As pessoas me perguntam que conselho eu dou para os casais que estão brigando. Eu sempre respondo: “Ore e perdoe”; e para aqueles jovens que vieram de famílias violentas eu digo : “Ore e perdoe”; e à mãe solteira que não tem nenhum apoio da família, eu também digo: “Ore e perdoe”.
Lembre que se você se arrepende de verdade, se realmente faz isto com o coração puro, você será absolvido aos olhos de Deus. Ele irá perdoá-lo, se você confessar verdadeiramente. Então ore para ser capaz de perdoar àqueles que o ofenderam ou de quem você não gosta, e perdoe, assim como você foi perdoado.
Aprece é uma alegria. A prece é o sol brilhante do amor de Deus, a prece é a esperança de felicidade eterna, a prece é a chama brilhante do amor de Deus por você e por mim. Vamos rezar uns pelos outros, pois essa é a melhor forma de amar uns aos outros.
Seja hoje o sol brilhante do amor de Deus.
Deus continua sendo amor, ele continua amando o mundo. Deus ama tanto o mundo hoje que Ele nos oferece o mundo para amarmos, para sermos o Seu amor e a Sua compaixão.
Você pode estar exausto com o trabalho, até mesmo matando-se de tanto trabalhar, mas a menos que o seu trabalho seja feito com amor, ele é inútil.
Nós todos precisamos encher nossos corações com muito amor. Não imagine que o amor, para ser verdadeiro e ardente, precisa ser algo extraordinário.
Deus ama cada um de nós com o amor mais carinhoso e pessoal. O seu anelo por mim é mais fervoroso que o meu por Ele.
Não há limite para o amor de Deus. Ele é sem limite e a Sua profundidade não pode ser medida.
A melhor maneira de mostrar a sua gratidão a Deus e às pessoas é aceitar tudo com alegria. Um coração alegre é o resultado normal de um coração ardente de amor.
É muito fácil ser orgulhoso, ríspido, mal-humorado e egoísta, mas nós fomos criados para coisas maiores; por que então nos submetermos a coisas que irão tirar a beleza do nosso coração?
No silêncio do coração Deus fala. O que Ele nos diz? Ele diz: “Eu chamei você pelo seu nome, você é meu; a água não irá afogá-lo, o fogo não irá queimá-lo, eu desistirei das nações por você, você é precioso para mim, eu amo você. Ainda que uma mãe possa esquecer seu filho, eu nunca esquecerei você. Eu moldei você na palma da minha mão”.
Nós não podemos falar a não ser que tenhamos ouvido, a não ser que tenhamos feito nossa conexão com Deus. Da plenitude que há em nosso coração, a boca falará e a mente pensará.
A prece engrandece o coração até onde ele é capaz de conter a doação que Deus faz de Si mesmo.
Pelo menos uma vez, deixe o amor de Deus tomar posse total e absoluta do seu coração; deixe que ele se torne para o seu coração como uma segunda natureza; não deixe que nada contrário a esse amor entre em seu coração; que ele se esforce continuamente para aumentar esse amor por Deus, procurando agradá-Lo em todas as coisas e não Lhe recusando nada. Permita que seu coração aceite como vindo de Suas mãos tudo o que lhe acontece; deixe-o ter uma firme determinação de nunca cometer qualquer erro deliberada e conscientemente. Mas, se falhar, que seja humilde e levante-se sem demora. Um coração como esse estará orando continuamente.


(Por: Madre Teresa de Calcutá )

domingo, 19 de agosto de 2007

A Visão de Ciência e Religião por Albert Einstein.


2ª PARTE.
Esse é o Deus da providência, que protege, decide, recompensa e pune. Esse é o Deus que, de acordo com a amplitude do horizonte do homem, ama e cuida da humanidade. É aquele que conforta a tristeza e os desejos insatisfeitos; é também o protetor das almas dos mortos. Essa é a idéia social ou moral de Deus. É fácil acompanhar, nas sagradas escrituras do povo judeu, o desenvolvimento da religião do medo e a sua transformação numa religião moral, que prossegue no Novo Testamento.
SENTIMENTO CÓSMICO.
As religiões de todos os povos civilizados, especialmente as orientais, são sobretudo religiões morais. A transformação da religião do medo em religião moral é um avanço importante na vida de um povo. Porém, deve-se evitar o preconceito de considerar as religiões dos povos primitivos apenas como religiões do medo, e as dos povos civilizados apenas como religiões morais. Todas são formas mistas, embora o elemento moral predomine nos níveis mais elaborados de vida social. Comum a todos esses tipos de religião é o caráter antropomórfico da ideia de Deus.
Apenas indivíduos excepcionalmente dotados ou comunidades especialmente desenvolvidas estão acima dessa segunda etapa, onde se encontra um terceiro nível de experiência religiosa, mesmo que raramente numa forma pura. Pode-se chamá-lo de sentido religioso cósmico.
Esse é um conceito difícil de ser colocado de forma clara para aqueles que não o experimentaram, já que não está associado a uma idéia antropomórfica de Deus. O indivíduo percebe a futilidade dos desejos e das ambições e a nobreza e a ordem reveladas na natureza e no mundo do pensamento. Ele sente o destino individual como um cativeiro e busca experimentar a totalidade da existência como uma unidade cheia de significado.
Indicações desse sentido religioso cósmico podem ser encontradas mesmo nos níveis preliminares de desenvolvimento, como, por exemplo, nos Salmos de Davi e nos Profetas. O elemento cósmico é muito mais forte no Budismo, como revelou Schopenhauer, em seus magníficos ensaios.
Os gênios religiosos de todos os tempos se distinguiram por esse sentido religioso cósmico, que não reconhece dogmas nem um Deus parecido com o homem. Por isso não pode haver uma igreja com doutrinas baseadas na visão cósmica. É precisamente entre os hereges de todos os tempos que encontramos homens inspirados nessa experiência religiosa superior. Eles eram vistos pelos olhos de seus contemporâneos como ateus, mas algumas vezes também como santos. Sob esse prisma, homens como Demócrito, São Francisco de Assis e Spinoza estão muito próximos um do outro.
TRABALHO SOLITÁRIO.
Como a experiência religiosa cósmica pode ser comunicada de pessoa a pessoa, sem um conceito definido de Deus ou uma teologia? Parece que a função da arte e da ciência é despertar e manter vivo esse sentimento. Essa interpretação da relação entre ciência e religião difere bastante da visão ordinária.
O estudo da história leva à tendência de considerar religião e ciência antagonistas irreconciliáveis. Para quem está imbuído do sentido da lei da causalidade, que aceita sinceramente a suposição da causalidade, a idéia de um ser superior que interfere nos eventos do mundo é absolutamente inaceitável. Para essa pessoa, um Deus que recompensa e pune é inconcebível, porque o homem age de acordo com uma necessidade interna ou externa; ele seria, aos olhos de Deus, tão pouco responsável quanto um objeto inanimado.
A ciência, por isso, tem sido injustamente acusada de solapar a moral. O comportamento ético do homem é baseado principalmente na simpatia, na educação e nos relacionamentos sociais, e não requer apoio da religião. Na verdade, a condição humana seria triste se o homem precisasse do medo da punição e da esperança de uma recompensa após a morte para se manter no caminho certo.
É, portanto, bastante natural que as igrejas tenham combatido a ciência e perseguido os que a apoiavam. Mas, por outro lado, eu posso afirmar que a experiência religiosa cósmica é a maior e mais nobre força motriz por trás da pesquisa científica.
Ninguém que não aprecie o tremendo esforço propulsivo e, sobretudo, a devoção sem a qual criações pioneiras no pensamento científico não se concretizariam, pode julgar a força do sentimento a partir do qual esse trabalho - desviado como é da vida prática imediata - pode crescer. Que profunda fé na racionalidade da estrutura do mundo, que anseio de compreender mesmo que uma pequena parcela da razão revelada pela natureza não devem ter tido Kepler e Newton, para desvendar os mecanismos celestes num trabalho solitário que durou tantos anos...
Quem conhece apenas a aplicação prática da pesquisa científica pode facilmente chegar a uma interpretação errada do estado de espírito de homens que, cercados por contemporâneos céticos, mostraram o caminho a seus semelhantes. Apenas quem dedicou sua vida a esse fim pode ter uma idéia da inspiração que permitiu a esses homens se manterem leais a seus propósitos, apesar de incontáveis fracassos. E apenas o sentido religioso cósmico pode conferir a eles esse poder.

A visão de Ciência e Religião por Albert Einstein.



1ª PARTE.

Tudo o que os homens fazem ou pensam está associado à satisfação de necessidades ou à fuga da dor. Deve-se ter isso em mente ao se tentar compreender movimentos espirituais ou intelectuais e a maneira como eles se desenvolvem. O sentimento e o desejo são as forças que motivam a produtividade e a realização, não importa quão nobres essas possam, mais tarde, se revelar.
Que sentimentos e necessidades levaram a humanidade ao pensamento religioso e à fé, no sentido mais amplo? Um instante de reflexão mostra que no berço do pensamento e da experiência religiosa encontram-se as mais variadas emoções.
Nos povos primitivos é o medo, antes de tudo, que desperta idéias religiosas - medo da fome, de animais selvagens, da doença, da morte. Já que, nesse nível de existência, a compreensão das conexões causais é usualmente limitada, a alma humana forja um ser mais ou menos parecido com ela, de cuja vontade e atividade dependem todas as experiências que ela teme. As pessoas esperam conquistar o agrado desse ser através de façanhas e sacrifícios que, de acordo com a tradição, devem fazer com que ele tenha boa vontade para com os homens. A isso pode-se chamar religião do medo.
Essa religião torna-se estável pela formação de uma casta de sacerdotes, que acreditam ser os mediadores entre o povo e o ser que eles temem; dessa forma, alcançam uma posição de poder. Freqüentemente um líder, um déspota ou uma classe privilegiada, cujo poder é mantido de outras formas, alia a função sacerdotal a seu próprio governo temporal, de maneira a obter maior segurança. Podem também haver alianças entre os interesses do poder político e da casta de sacerdotes.
Uma segunda fonte de desenvolvimento religioso encontra-se nos sentimentos sociais. Pais e mães, assim como líderes de grandes comunidades, são falíveis e mortais. O desejo de orientação, amor e assistência serve de estímulo para o crescimento de uma concepção social ou moral de Deus.

sábado, 18 de agosto de 2007

Usina de Forças, o corpo humano. :-)


Ama o corpo que te serve de instrumento para o progresso espiritual com respeito e elevação.
Através dele, cresces e constróis o mundo de esperança e felicidade, se o conduzes com dignidade e trabalho.
Não suponhas que ele seja responsável pela falência dos teus valores éticos, ou pelas sucessivas quedas que te retêm na retaguarda.
Considerando-o, prolongar-lhe-ás a existência e finalidade, preservando-o de desgastes desnecessários.
A fraqueza moral nunca é da carne, mas, sim, do Espírito que a comanda.

Graças ao corpo, a Humanidade recebeu as belezas da arte superior através de Miguel Ângelo, Rafael, Goya, Rembrandt e, antes deles, Fídias, Praxíteles ou Renoir, Tissot, Manet.
Por ele se expressaram, na música divina, Bach, Mozart, Beethoven, Sibelius, Schummann, Carlos Gomes, Villa Lobos, para nos recordarmos apenas de alguns poucos.
Através dele, o pensamento se humanizou em Sócrates, Platão, Aristóteles, Rousseau, Hegel, Kant...
Utilizando-o, Krishna, Buda, Confúcio, Jesus, Allan Kardec, trouxeram ao mundo a canção de beleza da imortalidade em triunfo.
Mergulhados nele, Pasteur, Koch, Hansen, Fleming, ampliaram os horizontes da saúde, ao lado de Kraepelin, Griesinger, Freud, Jung, que lutaram pelo reequilíbrio mental e emocional dos homens.
Conduzindo-o com nobreza, Francisco de Assis, Teresa de Ávila, Vicente de Paulo, mantiveram viva a chama da fé e da caridade.
... E milhares de cientistas, filósofos, artistas, poetas, músicos, santos, heróis e lutadores anônimos construíram sob divina inspiração o mundo onde agora respiras.

Certamente, há muito ainda por fazer. E isto a ti compete realizar, oferecendo a tua quota de engrandecimento.

Se os vestígios do primitivismo, do qual ele proveio, te induzem à promiscuidade de qualquer natureza ou ao seu rebaixamento moral, sustenta-o na fragilidade com o combustível da temperança, não agindo de forma a perturbar-lhe o equilíbrio ou intoxicá-lo com os miasmas da injunção danosa.

Se te ocorre ciliciá-lo, a fim de o acalmar, conforme ensinam, erradamente, os atormentados da fé, balsamiza-lhe os impulsos com os medicamentos da prece e os esforços do trabalho que retemperam as energias.

Se o tombas, por qualquer motivo ou invigilância, não o lastimes nem o recrimines. Simplesmente, levanta-o e evita-lhe repetir o insucesso.

Se o tens enfermo ou mutilado, acode-o com o otimismo e a confiança em Deus.

Se o possuis sadio e harmônico, bendize-o com a sua preservação cuidadosa.

Nem excesso de cuidados, vivendo para ele, nem abandono, desprezando-o à própria sorte.

O teu corpo é conquista que alcançaste diante das Soberanas Leis da Vida.
Torna-o uma usina de forças a serviço do bem e um santuário de bem-aventuranças com possibilidades de alçar-te das cinzas e do lodo da terra aos altiplanos espirituais, onde reinam a felicidade e o amor total.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos de Coragem".)

(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.) Salvador, BA: LEAL, 1988.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Mediunidade no tempo de Jesus. :-)



“Se alguém julga ser profeta ou inspirado pelo Espírito, reconheça um mandamento do Senhor nas coisas que estou escrevendo para vocês” (PAULO, aos coríntios).

Introdução

A mediunidade é uma faculdade humana que consiste na sintonia espiritual entre dois seres. Normalmente, a usamos para designar a influência de um Espírito desencarnado sobre um encarnado, entretanto, julgamos que, acima de tudo, por se tratar de uma aquisição do Espírito imortal, pouco importa a situação em que se encontram esses dois seres, para que se processe a ligação espiritual entre eles.

É comum que ataques ao Espiritismo ocorram por conta desse “dom”, como se ele viesse a acontecer exclusivamente em nosso meio. Ledo engano, pois, conforme já o dissemos, é uma faculdade humana, e assim sendo, todos a possuem, variando apenas quanto ao seu grau.
Os detratores querem, por todos os meios, fazer com que as pessoas acreditem que isso é coisa nova, mas podemos provar que a mediunidade não é coisa nova e que até mesmo Jesus dela pode nos dar notícias. É o que veremos a seguir.

A mediunidade e Jesus

Quando Jesus recomenda a seus doze discípulos a divulgação de que o “reino do Céu está próximo” fica evidenciado, aos que estudaram ou vivenciam esse fenômeno, que o Mestre estava falando mesmo era da faculdade mediúnica. Entretanto, por conta dos tradutores ou dos teólogos, essa realidade ficou comprometida no texto bíblico. Entretanto, como é impossível “tapar o sol com uma peneira”, podemos perfeitamente identificá-la, apesar de todo o esforço para escondê-la.

O evangelista Mateus narra o seguinte:

“Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tenham cuidado com os homens, porque eles entregarão vocês aos tribunais e açoitarão vocês nas sinagogas deles. Vocês vão ser levados diante de governadores e reis, por minha causa, a fim de serem testemunhas para eles e para as nações. Quando entregarem vocês, não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer. Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. (10,16-20).
A primeira observação que faremos é que por ter tentado a Eva, dizem que a serpente seria o próprio satanás, entretanto, isso fica estranho, porquanto o próprio Jesus nos recomenda sermos prudentes como as serpentes. Esse fato demonstra que tal associação é apenas fruto do dogmatismo que só produz o fanatismo religioso.

Essa fala de Jesus é inequívoca quanto ao fenômeno mediúnico: “não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês”, e arremata: “Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. A tentativa de esconder o fenômeno fica por conta da expressão “o Espírito do Pai”, quando a realidade é “um Espírito do Pai” a mudança do artigo indefinido para o artigo definido tem como objetivo principal desvirtuar a fenomenologia em primeiro plano e em segundo, mais um ajuste de texto bíblico para apoiar a trindade divina copiada dos povos pagãos.

O filósofo e teólogo Carlos Torres Pastorino abordando a questão da mudança do artigo, diz:
“...Novamente sem artigo. Repisamos: a língua grega não possuía artigos indefinidos. Quando a palavra era determinada, empregava-se o artigo definido ‘ho, he, to’. Quando era indeterminada (caso em que nós empregamos o artigo indefinido), o grego deixava a palavra sem artigo. Então quando não aparece em grego o artigo, temos que colocar, em português, o artigo indefinido: UM espírito santo, e nunca traduzir com o definido: O espírito santo”. (Sabedoria do Evangelho, volume 1, pág 43).

Se sustentarmos a expressão “o Espírito do Pai” teremos forçosamente que admitir que o próprio Deus venha a se manifestar num ser humano. Pensamento absurdo como esse só pode ser pela falta de compreensão da grandeza de Deus. Dizem os cientistas que no cosmo há 100 bilhões de galáxias, cada uma delas com cerca de 100 bilhões de estrelas, fazendo do Universo uma coisa fora do alcance de nossa limitada imaginação, mas, mesmo que a custa de um grande esforço, vamos imaginar tamanha grandeza. Bom, façamos agora a pergunta: o que criou tudo isso? Diante disso, admitir que esse ser possa estar pessoalmente inspirando uma pessoa é fora de proposto, coisa aceitável a de povos primitivos, cujos conhecimentos não lhes permitem ir mais longe, por restrição imposta pelo seu hábitat.

A mediunidade no apostolado

Um fato, que reputamos como de inquestionável ocorrência da mediunidade, aconteceu logo depois da morte de Jesus, quando os discípulos reunidos receberam “como que línguas de fogo” e começaram a falar em línguas, de tal sorte que, apesar da heterogeneidade do povo que os ouvia, cada um entendia o que falavam em sua própria língua. Fato extraordinário registrado no livro Atos dos Apóstolos, desta forma:

“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem”. (Atos 2, 1-6).

Aqui podemos identificar o fenômeno mediúnico conhecido como xenoglossia, que na definição do Aurélio é: A fala espontânea em língua(s) que não fora(m) previamente aprendida(s). Mas, como da vez anterior, tentam mudar o sentido, para isso alteram o artigo indefinido para o definido, quando a realidade seria exatamente que estavam “repletos de um Espírito santo (bom)”.
Fato semelhante aconteceu, um pouco mais tarde, nomeado como o Pentecostes dos pagãos:
“Pedro ainda estava falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a Palavra. Os fiéis de origem judaica, que tinham ido com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os pagãos. De fato, eles os ouviam falar em línguas estranhas e louvar a grandeza de Deus...” (At 10, 44-46).

Episódio que confirma que “Deus não faz acepção de pessoas” (At 10,34), daí podermos estender à mediunidade como uma faculdade exclusiva a um determinado grupo religioso, mas existindo em todos segmentos em suas expressões de religiosidade.

A mediunidade como era “transmitida”

A bem da verdade não há como ninguém transmitir a mediunidade para outra pessoa, entretanto, pelos relatos bíblicos, a imposição das mãos fazia com que houvesse sua eclosão, óbvio que naqueles que a possuíam em estado latente. Vejamos algumas situações em que isso ocorreu.

Em Atos 8, 17-18:
“Então Pedro e João impuseram as mãos sobre os samaritanos, e eles receberam o Espírito Santo. Simão viu que o Espírito Santo era comunicado através da imposição das mãos. Dêem para mim também esse poder, a fim de que receba o Espírito todo aquele sobre o qual eu impuser as mãos”.
Simão era um mago que, com suas artes mágicas, deixava o povo da região de Samaria maravilhado. Mas, ao ver o “poder” de Pedro e João, ficou impressionado com o que fizeram, daí lhes oferece dinheiro a fim de que dessem a ele esse poder, para que sobre todos os que ele impusesse as mãos, também recebessem o Espírito Santo.

Em Atos 19, 1-7:
“Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões mais altas e chegou a Éfeso. Encontrou aí alguns discípulos, e perguntou-lhes: ‘Quando vocês abraçaram a fé receberam o Espírito Santo?’ Eles responderam: ‘Nós nem sequer ouvimos falar que existe um Espírito Santo’. Paulo perguntou: ‘Que batismo vocês receberam?’ Eles responderam: ‘O batismo de João’. Então Paulo explicou: ‘João batizava como sinal de arrependimento e pedia que o povo acreditasse naquele que devia vir depois dele, isto é, em Jesus’. Ao ouvir isso, eles se fizeram batizar em nome do Senhor Jesus. Logo que Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e começaram a falar em línguas e a profetizar. Eram, ao todo, doze homens”.
Será que podemos entender que o batismo de Jesus é “receber o Espírito Santo”, conseguido pela imposição das mãos? A narrativa nos leva a aceitar essa hipótese, apenas mantemos a ressalva feita anteriormente quanto à expressão “o Espírito Santo”.

A mediunidade como os dons do Espírito.

Na estrada de Damasco, Paulo, que até então perseguia os cristãos, numa ocorrência transcendente, se encontra com Jesus, passando, a partir daí, a segui-lo. Durante o seu apostolado se comunicava diretamente com o Espírito de Jesus, demonstrando sua incontestável mediunidade.

Aliás, o apóstolo Paulo foi quem mais entendeu do fenômeno mediúnico, tanto que existem recomendações preciosas de sua parte aos agrupamentos cristãos de então. Ele o chamava de “dons do Espírito”. “Sobre os dons do Espírito, irmãos, não quero que vocês fiquem na ignorância” (1Cor 12,1), mostrando-se interessado em que todos pudessem conhecer tais fenômenos.

E esclarece o apóstolo dos gentios:

“Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo; diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. A um, o Espírito dá a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito; a outro, o mesmo Espírito dá a fé; a outro ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas; a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda, o dom de as interpretar. Mas é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme ele quer”. (1 Cor 12,4-11).
Novamente, mudando-se “o Espírito” para “um Espírito”, estaremos diante da faculdade mediúnica, basta “ter olhos de ver”.

Ao que parece, naquela época, os médiuns se preocupavam mais com a xenoglossia Paulo para desfazer esse engano novamente faz outras recomendações aos coríntios (1Cor 14,1-25).

Disse ele:
“...aspirem aos dons do Espírito, principalmente à profecia. Pois aquele que fala em línguas não fala aos homens, mas a Deus. Ninguém o entende, pois ele, em espírito, diz coisas incompreensíveis. Mas aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo, ao passo que aquele que profetiza edifica a assembléia. Eu desejo que vocês todos falem em línguas, mas prefiro que profetizem. Aquele que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a menos que este mesmo as interprete, para que a assembléia seja edificada...”.

Conclusão

Como apregoa a Doutrina Espírita o fenômeno mediúnico nada mais é que uma ocorrência de ordem natural. Podemos identificá-lo desde os mais remotos tempos da humanidade, e não poderia ser diferente, pois, em se tratando de uma manifestação de uma faculdade humana, deverá ser mesmo tão velha quanto a permanência do homem aqui na Terra.
Mas, infelizmente, a intolerância religiosa, a ignorância e, por vezes, a má-vontade, não permitiu que fosse divulgada da forma correta, ficando mais por conta de uma ocorrência sobrenatural, que só acontecia a uns poucos privilegiados. Coube ao Espiritismo a desmistificação desse fenômeno, bem como a sua explicação racional. Kardec nos deixou um legado importantíssimo para todos que possam se interessar pelo assunto, quando lança O Livro dos Médiuns, que recomendamos aos que buscam o conhecimento dessa fenomenologia, ainda muito incompreendida em nossos dias.
(Paulo da Silva Neto Sobrinho, Nov 2004.)


Referência bibliográfica.

PASTORINO, Carlos Torres, "Sabedoria do Evangelho", volume 1, Revista Mensal Sabedoria, Rio, 1964.
Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, Paulus, São Paulo, 43ª ed. 2001.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Linhas de Evolução. :-)



"Caridade e humildade, tal a senda única da salvação."(Alan Kardec. E.S.E. Cap.XV. Item 5.)

Observando os companheiros a quem você deseja ajudar, seja breve na exposição e demorado no socorro. Sem o suor do exemplo, os mais belos comentários perdem a legitimidade.

Utilize-se do poço do caminho, sem lhe tisnar a limpidez das águas. Mais tarde você poderá necessitar dele novamente.

Seu vestuário desvela para os outros suas íntimas inclinações. Use a roupa, sem a ela escravizar-se.

Mantenha a higiene de seu corpo para preservar a saúde. No entanto, viver excessivamente preocupado com a limpeza é sintoma de desequilíbrio.

Cobiçando o melhor de cada dia, viva cada minuto nobremente, como se fosse o último a que você tivesse direito. O depois começa agora.

Pare para refletir, não obstante sabendo refletir para não parar. Quem avança, sem estacionar, pára sem forças para avançar.

Planifique, antes de agir, e demonstrará respeito pelo serviço. Evite, porém, planificar assoberbado de preocupações, pois que assim você jamais realizará algo.

Se você acredita em felicidade vivendo a sós, disponha-se para inquietantes aflições. A gota de orvalho no deserto reflete a glória de longínqua estrela, mas não dá vitalidade à terra onde se aquieta e consome, sem ajudar.

Em todas as conjunturas de sua vida, recorde-se da caridade, primeiro, e da humildade, logo depois.
"Caridade e humildade, tal a senda única da salvação."

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Glossário Espírita-Cristão".)
(Ditado pelo Espírito Marco Prisco.) 4a edição. Salvador, BA: LEAL, 1993.

A degeneração do Espiritismo. :-(


Comparando a história do Espiritismo com a do Cristianismo Primitivo, podemos tirar algumas conclusões importantes para a o futuro da nossa doutrina e o do seu movimento social.
O Cristianismo, cuja pureza doutrinária do Evangelho e simplicidade de organização funcional dos primeiros núcleos cristãos foi conquistando lenta e seguramente a sociedade de sua época, sofreu com o tempo um desgaste ideológico. Corrompeu-se por força dos interesses políticos, financeiros e institucionais. Os novos adeptos e seus líderes, não conseguindo penetrar na essência do Evangelho, que é regeneração, ou seja, o mergulho doloroso no mundo interior e a reversão das atitudes exteriores, adaptaram o mesmo às suas conveniências psico-sociais, atacando suas idéias mais contundentes à moral animalizada, alimentando os mecanismos de defesa da mente, fazendo concessões às fraquezas dos adeptos e desviando-os para o comodismo dos disfarces rituais exteriores. Repressão de forças espirituais espontâneas e idéias consideradas ameaçadoras ao clero, como a mediunidade e a reencarnação; a falsificação de tradições e a adoção do sincretismo do costumes bárbaros, foram as principais estratégias dessa clericalização do cristianismo.
O resultado de tudo isso é bem conhecido: dois milênios de intolerâncias, violências, atraso espiritual, perpetuação das injustiças sociais, agravamento de compromissos com a lei de ação e reação e forte comprometimento da regeneração do nosso planeta.
Com o Espiritismo não está sendo muito diferente.
Apesar das advertências dos Espíritos e do próprio Allan Kardec quanto aos períodos históricos e tendências do movimento, os espíritas insistem em cometer os mesmos erros do passado. Os mesmos erros porque provavelmente somos as mesmas almas que rejeitaram e desviaram o Cristianismo da sua vocação e agora posamos de puristas ortodoxos, inimigos ocultos do Espírito da Verdade.
Negligentes com a oração e a vigilância, cedemos constantemente aos tentáculos do poder e da vaidade. Desprezamos a toda hora a idéia do “amai-vos e instruí-vos”, entendendo-a egoisticamente, ora como fortalecimento intelectual competitivo, ora como o afrouxamento dos valores doutrinários. Não conseguindo nos adaptar ao Espiritismo, compreendendo e vivenciando suas verdades, vamos aos poucos adaptando a doutrina aos nosso limites, corrompendo os textos da codificação, ignorando a experiência histórica de Allan Kardec e dos seus colaboradores, trazendo para os centros espíritas práticas dogmáticas das nossas preferências religiosas, hábitos políticos das agremiações que freqüentamos e mais comumente a interferência negativas dos nossos caprichos e vaidades pessoais.
Como os primeiros cristãos, também lutamos pelo crescimento de nossas instituições, deixando-nos seduzir pelo mundo exterior e imitando os grupos já pervertidos, construindo palácios arquitetônicos, cuja finalidade sempre foi causar impressão aos olhos e a falsa idéia de prestígio político; e dentro deles praticamos as mesmas façanhas da deslealdade, das rivalidades, das perseguições aos desafetos, da auto-afirmação e liderança autoritária, de crítica e boicote às idéias que não concordamos.
E, finalmente, cultivamos uma equívoca concepção de unificação, esperando ingenuamente que a nossas idéias e grupos sejam majoritários num Grande Órgão Dirigente do Espiritismo Mundial, do nosso imaginário, e muitas outras tolices e fantasias que nem vale a pena enumerar aqui.
E assim caminhamos, unidos em nossas displicências e divididos nas responsabilidades. Preferimos esquecer figuras exemplares que atuaram na Sociedade Espírita de Paris quando ignoramos nossa história sabiamente registrada na Revista Espírita. Deixamos de lado líderes agregadores – ainda que divergências normais e toleráveis existissem entre eles – para ouvir e nos deixar dominar por um disfarçado clero institucional, comando por vozes medíocres e ciumentas, figueiras estéreis, sofistas encantadores e improdutivos, enfim, velhas almas e velhas tendências, vinho azedo e frutas podres em nossos mais caros celeiros doutrinários.
Mas como evitar esse processo de corrupção e, em alguns casos notórios, de contaminação e má conduta? Como reverter a situação para reconduzir essas experiências para os rumos verdadeiramente espíritas? O que fazer com as más instituições, com os maus dirigentes, os maus médiuns, maus comunicadores, enfim os maus espíritas? Devemos identificá-los e expulsá-los dos nossos quadros? Devemos denunciá-los e discriminá-los como fazia a Inquisição com os acusados de heresia?
O que fazer com os livros que consideramos impuros ou inconvenientes ao movimento?: devemos queimá-los em praça pública, censurá-los em nossas bibliotecas ou então deixar que a própria comunidade espírita pratique o livre arbítrio e aprenda a fazer escolhas corretas e adequadas às suas necessidades?
O Espiritismo foi certamente uma doutrina elaborada por Espíritos Superiores e isto nos deixa tranqüilos quanto ao seu futuro doutrinário. Mas o seu movimento vem sendo feito por seres humanos, espíritos ainda imaturos e inexperientes. Isso realmente tem nos deixado muito preocupados, pois sabemos que, hoje, os inimigos do Espiritismo estão entre os próprios espíritas.

(Dalmo Duque dos Santos)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Jesus no Lar. :-)


O culto do Evangelho no Lar aperfeiçoa o homem.
O homem aperfeiçoado ilumina a família.
A família iluminada melhora a comunidade.
A comunidade melhorada eleva a nação.
O homem evangelizado adquire compreensão e amor.
A família iluminada conquista entendimento e harmonia.
A comunidade melhorada produz trabalho e fraternidade.
A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no bem.
Espiritismo sem Evangelho é fenômeno ou raciocínio.
O fenômeno deslumbra. O raciocínio indaga.
Descobrir novos campos de luta e pensar em torno deles não expressa tudo.
Imprescindível conhecer o próprio destino.
Não basta, pois, a certeza de que a vida continua infinita, além da morte.
É necessário clarear o caminho.
Do Evangelho no lar, depende o aprimoramento do homem.
Do homem edificado em Jesus Cristo depende a melhoria e a redenção do mundo.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: "Nosso Livro".)

(Ditado pelo Espírito Emmanuel.)LAKE.

domingo, 12 de agosto de 2007

Felicidade Possível. :-)



Acreditavas que a felicidade seria semelhante a uma ilha fantástica de prazer constante e paz permanente. Um lugar onde não houvesse preocupação, nem se apresentasse a dor; no qual os sorrisos brilhassem nos lábios, e a beleza engrinaldasse de festa as criaturas.
Uma felicidade feita de fantasias parecia ser a tua busca.
Planejastes a vida, objetivando encontrar esse reino encantado, onde, por fim, descansasses da fadiga, da aflição e fruísses a harmonia.
Passam-se anos, e somas frustrações, anotando desencantos e amarguras, sem anelada conquista.
Lentamente, entregas-te ao desânimo, e sentes que estás discriminado no mundo, quando vês as propagandas apresentadas pela mídia, nas quais desfilam os jovens, belos e jubilosos, desperdiçando saúde, robustez, corpos venusinos e apolíneos, usando cigarros e bebidas famosas, brincando em iates de luxo, ou exibindo-se em desportos da moda, invejáveis, triunfantes...
Crês que eles são felizes...

Não sabes quanto custa, em sacrifício e dor, alcançar o topo da fama e permanecer lá.
Sob quase todos aqueles sorrisos, que são estudados, estão a face da amargura e as marcas do ressaibo, do arrependimento.
Alguns envenenaram a alma dos charcos por onde andaram, antes de serem conhecidos e disputados.
Muitos se entregaram a drogas perturbadoras, que lhes consomem a juventude, qual ocorreu com as multidões de outros, que os anteciparam e desapareceram.
Esquecidos e enfermos, aqueles que foram pessoas-objeto, amargam hoje a miséria a que se acolheram ou foram atirados.

Felicidade, porém, é conquista íntima.
Todos os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha, homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções, doenças e desconforto.
Ninguém, no mundo terreno, vive em regime especial. O que parece, não excede a imagem, a ilusão.

Se desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador.
As ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz.
A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção.
Abençoa os acidentes de percurso, que denominas como desdita, segue na direção das metas, e verás quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti.
Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejante relva, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão.
Reúne essas florezinhas em um ramalhete, toma das pedras pequeninas fazendo colares, e descobrirás que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos Enriquecedores".)

(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.)Salvador, BA: LEAL, 1994.

sábado, 11 de agosto de 2007

No Trato Com os Outros. :-)


"A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho; os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade."Alan Kardec (E.S.E. Cap.XVI ltem X).

Conserve a paciência com aqueles que não aplicam a solicitude no trato com você. Recorde que a enfermidade pode estar a minar-lhes o organismo.

Quando alguém admoestá-lo, mesmo injustamente, silencie e desculpe. Deixe, que a vida se encarregará de colocar os pretensiosos em seus devidos lugares.

Se a intriga dificultar-lhe os bons propósitos, não lhe confira a honra de sua revolta. Quase sempre o intrigante é colhido nas malhas da rede que tece.
Procure entender a explicação deficiente que o amigo lhe dá. Ele não dispõe de melhores recursos de expressão.
Quando convidado a opinar em assunto que desconhece, afirme sua ignorância sobre o caso. Melhor é apresentar-se com simplicidade do que informar erradamente.
Se o interlocutor, magoado com a força de seu argumento, deixa bruscamente o tema da palestra, cale e desculpe-se. É provável que ele não se encontre preparado para a lógica das argumentações seguras.

Insista no auxílio, mesmo que este seja feito com o silêncio de sua intenção superior. O recalcitrante é infeliz pela própria organização nervosa que lhe aciona a vida.

Quando constrangido a arbitrar entre discutidores, a melhor posição é a humildade. Cada antagonista conta com a certeza da vitória para a opinião que defende. Passado o calor do debate, exponha com naturalidade seu pensamento.
Se a informação solicitada demorar em ser atendida, guarde calma e repita o pedido. Talvez seu interpelado seja surdo.

Há comezinhos incidentes no trato com os homens que, evitados, realizam a paz em todos os corações.
Cultive a confiança, na serenidade, e caminhará com segurança, no trato com os outros.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Glossário Espírita-Cristão".)
(Ditado pelo Espírito Marco Prisco.)4a edição. Salvador, BA: LEAL, 1993.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

No Momento Exato. :-)



Como é impossível ao corpo manter-se sem o sangue, também a alma não viverá em paz sem o combustível da fé.
A fé constitui o elemento basilar para a sustentação da vida digna e realizadora.
Da mesma forma que o corpo não pode subsistir sem o alimento, o Espírito não consegue manter-se em equilíbrio sem a força da oração.
O alimento é secundário ao organismo, que o prescinde, momentaneamente, a fim de reequilibrar-se e manter a saúde, enquanto que, sem a prece, o ser espiritual se aturde e entorpece.
O homem está predestinado a dominar os instintos, vencendo as paixões que o agrilhoam à infelicidade, colocando-se a serviço do bem que lhe corresponde. Para consegui-lo, faz-se-lhe indispensável a coragem da fé, porquanto a covardia que o impede de tomar as decisões enobrecedoras é mais perigosa e violenta do que outras imperfeições que o assinalam, de certo modo, conseqüências dela.
A oração constitui a força mais eficaz para vencer tal impedimento - o medo - e atirar-se com valor na conquista dos objetivos para os quais se encontra no mundo.
Os grandes homens atingiram as metas a que se propunham, impulsionados pela fé que resultava da sua identificação com o bem. E a comunhão pela prece sempre lhes foi o alimento para sustentá-los nos momentos mais graves e cruciais da existência.
Certamente, outros tantos se arremeteram nas batalhas do crime e da destruição, guindados pelo egoísmo e pelo medo às situações de agressividade e loucura em que se exauriram.
Atormentados, odiaram e foram odiados; perseguiram e terminaram vencidos.
Os homens de fé em Deus sofreram, é certo, porém não impuseram sofrimentos a ninguém; amaram e deixaram rastros luminosos, clareando o roteiro daqueles que também amam e lhes seguem os exemplos e os passos.


E inadiável se eleja, entre o bem e o mal, o que é de melhor para a vida: mais profícuo, salutar, aprazível e pacificador.
Através da oração, será fácil discernir, escolher e adotar qual o caminho mais seguro e feliz.
A prece autêntica, aquela que brota do coração buscando Deus, a Ele se entregando, torna-se um escudo de segurança, de defesa, uma proteção contra os elementos perniciosos que vigem interiormente no homem ou que vêm de fora, tentando agredi-lo.

Só aparentemente se pode vencer um homem de fé, um homem que ora. Nunca, porém, se conseguirá dominá-lo. Ele é sempre livre e está sempre em paz. Nada o perturba, porque não teme a nada, a nada ambiciona, somente anelando por alcançar a perfeição.

A prece é a salvação da vida. Sem ela o homem enlouquece.


Quando estejas cercado de dificuldades e agressões, não vendo possibilidade alguma de chegar-te o socorro a tempo, ora, entregando-te a Deus, e a salvação te alcançará de Cima, no momento exato.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra:" Momentos de Coragem".)


(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.) Salvador, BA: LEAL, 1988.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

À Luz do Espiritismo. :-)



A história da Humanidade tem, no livro nobre, seu gloriosos repositório. Em todos os tempos o livro tem sido o condutor das mentes e o mensageiro da vida.
O Mahabharata, que remonta ao século XVI antes de Cristo, narrando as guerras dos Coravas e Pandavas, é o ponto de partida do pensamento lendário da India, apresentando Krishna, no excelente Bagavadgita, a expor a Ardjuna incomparável filosofia mística onde repontam as nobres revelações palingenésicas.
A Bíblia - antigo Testamento - historiando as jornadas de Israel, oferece a concepção sublime do deus Único, Soberano e Senhor de todas as coisas.
Platão, cuja filosofia tem por método a dialética, expondo os pensamentos de Sócrates, seu mestre, nos jardins de Academos, coroa sua obra com a harmoniosa teoria das idéias, afirmando, no memorável "Fédon!, "que viver é recordar" e expressando a cultura haurida no Egito, onde recebera informações sobre a doutrina dos renascimentos.
O Evangelho de Jesus Cristo, traduzido para todos os idiomas e quase todos os dialetos do globo, faz do amor o celeiro de bênçãos da Humanidade.
O Alcorão, redigido após a morte de Maomé e dividido em 114 suratas ou capítulos, constitui a base de toda a civilização muçulmana, fonte única da verdade, do direito, da justiça...
Sem desejarmos reportar-nos à literatura mundial, não podemos, entretanto, esquecer que Agostinho, através das suas Confissões, inaugurando um período novo para o pensamento, abriu as portas para o estudo da personalidade, numa severa autocrítica, e que Tertuliano, com a Apologética, iniciou uma era para o Cristianismo que se mescla, desde então, com dogmas e preceitos que lhe maculam a pureza, através de sutilezas teológicas.
Dante, o florentino, satirizando seus inimigos políticos, apresentou uma visão mediúnica da vida além-túmulo.
Monge anônimo sugeriu uma Imitação de Cristo como vereda de sublimação para a alma encarnada...
Nostradamus, astrólogo e médico, escreveu sibilinamente as Centúrias, gravando sua visão profética do futuro.
Camões, com pena de mestre, compôs Os Lusíadas e registra os feitos heróicos de Portugal, repetindo os lances de Flávio Josefo em relação aos judeus e dos historiadores greco-romanos de antes de Jesus Cristo.
Depois do Renascimento, como advento da imprensa, o campo das idéias sofreu impacto violento, graças à força exuberante do livro. Pôde, então, o mundo pensar com mais facilidade.
A Revolução Francesa é o fruto do livro enciclopédico, com ela nascendo as lutas de independência de todo o Novo Continente, inspiradas nas páginas épicas da liberdade.
Artur Schopenhauer, entretanto, sugeriu o suicídio, no seu terrível pessimismo, em Dores do Mundo, enquanto Friedrich Nietzsche, no famoso Assim Falava Zaratrusta, tentou solucionar o problema espiritual e moral do homem, através de uma filosofia da cultura da energia vital e da vontade de poder que o conduz ao "super-homem", oferecendo elementos aos teorizantes do racismo germânico, de cujas conseqüências ainda sofre a Humanidade.
Karl Marx, sedento de liberdade, expôs de maneira puramente materialista a solução dos problemas econômicos do mundo em O Capital e criou o socialismo científico, que abriu as portas ao moderno comunismo ateu.
Leão XIII compôs a Encíclica Rerum Novarum para solucionar as dificuldades nascidas nos desajustes de classes, oferecendo aos operários humildes, bem como aos patrões, os métodos do equilíbrio e da paz; todavia, a própria Igreja Romana continuou a manter-se longe da Justiça Social...
E o livro continua libertando, revolucionando, escravizando...
Clássico ou moderno, rebuscado ou simples, o livro campeia e movimenta mentes, alargando ou estreitando os horizontes do pensamento.
É, em razão disso, que um novo livro, recordando todos os livros, oferece ao homem moderno resposta nova às velhas indagações, propondo soluções abençoadas em torno do antiqüíssimo problema da felicidade humana.
O LIVRO ESPÍRITA, como farol em noite escura, é também esperança e consolação.
Esclarecendo quem é o homem, donde vem e para onde vai, sugere métodos mais condizentes com o Cristianismo - Cristianismo que é a Doutrina Espírita - num momento de desesperação de todas as criaturas.
Renovador, o Livro Espírita encoraja o espírito em qualquer situação; esclarece os enigmas da psique humana; filosófico, desvela os problemas do ser; religioso, conduz o homem a Deus, e abrange todos os demais setores das atividades humanas.
Desse modo, o Livro Espírita - no momento em que a literatura de desumaniza e vulgariza, tornando-se serva dos interesses subalternos de classe e governo, política e raça, fronteira e poder - disseminando o amor e propagando a bondade, oferece ao pensamento universal as excelentes oportunidades de glória e imortalidade.
Saudemo-lo, pois!

(Franco, Divaldo P.. Da obra: "O Livro Espírita".)
(Ditado pelo Espírito Vianna de Carvalho.)

Esforço Pessoal. :-)


As grandes conquistas da Humanidade têm começo no esforço pessoal de cada um.
Disciplinando-se e vencendo-se a si mesmo, o homem consegue agigantar-se, logrando resultados expressivos e valiosos.
Estas realizações, no entanto, têm início nele próprio.

E possível que não consigas descobrir novas terras, a fim de te tornares célebre. Todavia, poderás desvelar-te interiormente para o bem, fazendo-te elemento precioso no contexto social onde vives.

Certamente, não lograrás solucionar o problema da fome na Terra. Não obstante, poderás atender a algum esfaimado que defrontes, auxiliando a diminuir o problema geral.

Não terás como evitar os fenômenos sísmicos desastrosos que, periodicamente, abalam o planeta. Assim mesmo, dispões de recursos para que a onda de acidentes morais não dizime vidas preciosas ao teu lado.
De fato, não terás como impedir as enfermidades que ceifam as multidões que lhes tombam, inermes, ao contágio avassalador. Apesar disso, tens condições de oferecer as terapias preventivas do otimismo, da coragem e da esperança.

Diante das ameaças de guerra, das lutas e do terrorismo existentes que matam e mutilam milhões de homens, te sentes sem recursos para fazê-los cessar, mudando-lhes o rumo para a paz. Entretanto, a tua conduta pacífica e os teus esforços de amor serão instrumentos para gerar alegria e tranqüilidade onde estejas e entre aqueles com os quais compartes as tuas horas.

A violência urbana e a criminalidade reinantes não serão detidas ao preço dos teus mais sinceros desejos e tentativas honestas. Sem embargo, a tarefa de educação que desempenhes, modesta que seja, influenciará alguém em desalinho, evitando-lhe a queda no abismo da agressividade.

As sucessivas ondas de alienação mental e suicídios, que aparvalham a sociedade, não cessarão de imediato sob a ação da tua vontade. Muito embora, a tua paciência e bondade, a tua palavra de fé e de luz, conseguirão apaziguar aquele que as receba. oferecendo-lhe reajuste e renovação.
Naturalmente, o teu empenho máximo não alterará o rumo das Leis de gravitação universal. Mas, se o desejares, contribuirás para o teu e o equilíbrio do teu próximo, em torno do Sol de Primeira Grandeza que é Jesus.

Os problemas globais merecem respeito. Mas, os individuais, que se somam, produzindo volume, são factíveis de solução.
A inundação resulta da gota de água.
A avalanche se dá ante o deslocamento de pequenas partículas que se desarticulam.
A epidemia surge num vírus que venceu a imunização orgânica.
Desta forma, faze a tua parte, mínima que seja, e o mundo melhorar-se-á.
A sociedade, qual ocorre com o indivíduo. é o resultado de si mesma.
Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade.
E, partindo do teu empenho pessoal, para ser mais feliz, ampliando a área de bem-estar para outros, o mundo se fará mais ditoso e o mal baterá em retirada.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos de Coragem".)
(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.) Salvador, BA: LEAL, 1988.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Correta Visão da Vida. :-)



Quando a criatura se resolve por diluir o véu da ignorância, que encobre a realidade da vida espiritual, começa a libertar-se da mais grave cegueira, que é a propiciada pela vontade.

Cegos não são apenas aqueles que deixaram de enxergar; senão todos quantos se recusam a ver, sendo piores os que fogem das evidências a fim de permanecerem na escuridão.

A vida, por sua própria gênese, é de origem metafísica, possuindo as raízes poderosamente fincadas no mundo transcendental, que é o causal. Expressando-se na condensação da energia, que se apresenta em forma objetiva, não perde o seu caráter espiritual; elo contrário, vitaliza-se por seu intermédio.

Quando a consciência acorda e as interrogações surgem, aguardando respostas, as contingências do prazer fugaz e sem sentido cedem lugar a necessidades legítimas, que são as responsáveis pela estruturação do ser profundo, portanto, imortal.

Simultaneamente, os valores éticos se alteram, surgindo novos conceitos e aspirações em favor dos bens duradouros, que são indestrutíveis, e passíveis de incessantes transformações para melhor, na criatura.

Desperta-se-lhe então a responsabilidade, e a visão otimista do progresso assenhoreia-se de sua mente, estimulando-a a crescer sem cessar. A sensibilidade se lhe aprimora e seu campo de emoções alarga-se, enriquecendo-se de sentimentos nobres, que superam as antigas manifestações inferiores, tais o azedume, a raiva, o ressentimento, a amargura, a insatisfação...

Porque suas metas são mediatas, a confiança aumenta em torno da Divindade e as realizações fazem-se primorosas, conquistando sabedoria e amor, de que se exorna a fim de sentir-se feliz.

Quando a criatura se encontra com a realidade espiritual, toda uma revolução se lhe opera no mundo interior.

Dulcifica-se o seu modo de ser e torna-se afável.

Tranqüiliza-se ante quaisquer acontecimentos, mesmo os mais desgastantes, porque sabe das causalidades que elucidam todos os efeitos.

Nunca desanima, porque suas realizações não aguardam apoio ou recompensas imediatas.

Identifica no serviço do bem os instrumentos para conseguir a perfeita afinidade com o amor, e doa-se.

Na meditação em torno dos desafios existenciais ilumina-se, crescendo interiormente, sem perigo de retrocesso ou parada.

Descobre no século os motivos próprios para a evolução e enfrenta-os com alegria, dando-se conta que viver, no mundo, é aprender sempre, utilizando com propriedade cada minuto e acontecimento do cotidiano.

Usa as bênçãos da vida, porém, não abusa, de cada experiência retirando lições que incorpora às aquisições permanentes.

Acalma as ansiedades do sentimento, por compreender que tudo tem seu momento próprio para acontece; e somente sucede aquilo que se encontra incurso no processo da evolução.

Aprende a silenciar, eliminando palavras excessivas na conversação, e, logrando equilíbrio mental, produz o silêncio mais importante.

Solidário em todas as circunstâncias, não se precipita, nem recua.

Conquista a paz e torna-se irmão de todos.

Quando a criatura compreende que se encontra na Terra em trânsito, realizando um programa que se estenderá além do corpo, na vida espiritual, realiza o auto-encontro, e, mesmo quando experimenta o fenômeno da morte, defronta a vida sem sofrer qualquer perturbação ou surpresa, mergulhando na Amorosa Consciência Cósmica.

Certamente, pensando em tal realidade, propôs Jesus. - Busca primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, e tudo mais te será acrescentado.

Despertar para a vida é imperativo de urgência, que não podes desconsiderar.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos Enriquecedores".)
(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.) Salvador, BA: LEAL, 1994.

Convite à Perseverança. :-)


"...Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo."(Mateus: 10-22).

Não asseveres: "é-me impossível fazer!"

Nem redargas: "Não consigo!"

Nunca informes: "sei que é totalmente inútil aceitar."

Nem retruques: "é maior do que as minhas forças."

Para aquele que crê, o impossível é tarefa que somente demora um pouco para ser realizada, já que o possível se pode realizar imediatamente.
Instado a ajudar não te permitas condições, especialmente se fruis o tesouro da possibilidade.
Fácil ser delicado sem esforço, ser amigo sem sacrifício, ser cristão sem auto-doação...
Perseverança nos objetivos elevados, com oferenda de amor, é materialização de fé superior.
Para que seja atuante, a fé deve nutrir-se do poder dos esforços caldeados para as finalidades que parecem inatingíveis.
Todos podem iniciar ministérios...
Tarefas começantes produzem entusiasmos exaltados.
Mede-se, porém, o verdadeiro cristão e, particularmente, o espírita pelo investimento que coloca na bolsa de valores imortalistas a render juros de paz...
Unge-se, portanto, de fé e deixa que resplandeça a tua fidelidade ao lado de quem padece.
Não fosse o sofrimento, ninguém suplicaria socorro.
Não fosse a angústia ninguém se encorajaria a romper os tecidos da alma para exibir exulcerações...
Ninguém se compraz carregando demorada canga, não obstante, confiando em alívio, lenitivo...
Nas cogitações que te cheguem ao plano da razão, interroga como gostarias que fizessem contigo se foras o outro, o sofredor, o necessitado que ora te roga ajuda.
Assim, envolve-te na lã do "Cordeiro de Deus" e persevera ajudando.
Não somente dando o que te sobra mas aquela doação maior que te parece difícil, a quase impossível...
A perseverança dar-te-á paz e plenitude. Insiste na sua execução.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Convites da Vida".)
(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.) 5a edição. Salvador, BA: LEAL, 1991.

domingo, 5 de agosto de 2007

Caminhos do Coração. :-)



Multiplicam-se os caminhos do processo evolutivo, especialmente durante a marcha que se faz no invólucro carnal.
Há caminhos atapetados de facilidades, que conduzem a profundos abismos do sentimento.
Apresentam-se caminhos ásperos, coalhadas de pedrouços que ferem, na forma de vícios e derrocadas morais escravizadores.
Abrem-se, atraentes, caminhos de vaidade, levando a situações vexatórias, cujo recuo se torna difícil.
Repontam caminhos de angústia, marcados por desencantos e aflições desnecessárias, que se percorrem com loucura irrefreável.
Desdobram-se caminhos de volúpias culturais, que intoxicam a alma de soberba, exilando-a para as regiões da indiferença pelas dores alheias.
Aparecem caminhos de irresponsabilidade, repletos de soluções fáceis para os problemas gerados ao longo do tempo.
Caminhos e caminhantes!
Existem caminhos de boa aparência, que disfarçam dificuldades de acesso e encobrem feridas graves no percurso.
Caminhos curtos e longos, retos e curvos, de ascensão e descida, estão por toda parte, especialmente no campo moral, aguardando ser escolhidos.
Todos eles conduzem a algum lugar, ou se interrompem, ou não levam a parte alguma... São, apenas, caminhos: começados, interrompidos, concluídos...

Tens o direito de escolher o teu caminho, aquele que deves seguir.
Ao fazê-lo, repassa pela mente os objetivos que persegues, os recursos que se encontram à tua disposição íntima assinalando o estado evolutivo, a fim de teres condição de seguir.
Se possível, opta pelos caminhos do coração.
Eles, certamente, levarão os teus anseios e a tua vida ao ponto de luz que brilha à frente esperando por ti.

O homem estremunha-se entre os condicionamentos do medo, da ambição, da prepotência e da segurança que raramente discerne com correção.
O medo domina-lhe as paisagens íntimas, impedindo-lhe o crescimento, o avanço, retendo-o em situação lamentável, embora todas as possibilidades que lhe sorriem esperança.
A ambição alucina-o, impulsionando-o para assumir compromissos perturbadores que o intoxicam de vapores venenosos, decorrentes da exagerada ganância.
A prepotência anestesia-lhe os sentimentos, enquanto lhe exacerba as paixões inferiores, tornando-o infeliz, na desenfreada situação a que se entrega.
A liberdade a que aspira, propõe-lhe licenças que se permite sem respeito aos direitos alheios nem observância dos deveres para com o próximo e a vida; destruindo qualquer possibilidade de segurança, que, aliás, é sempre relativa enquanto se transita na este física.
Os caminhos do coração se encontram, porém, enriquecidos da coragem, que se vitaliza com a esperança do bem, da humildade, que reconhece a própria fragilidade, e satisfaz-se com os dons do espírito - ao invés do tresvariado desejo de amealhar coisas de secundário importância - os serviços enobrecedores e a paz, que são a verdadeira segurança em relação às metas a conquistar.
Os caminhos do coração encontram-se iluminados pelo conhecimento da razão, que lhes clareia o leito, facilitando o percurso.

Jesus escolheu os caminhos do coração para acercar-se das criaturas e chamá-las ao reino dos Céus.
Francisco de Assis seguiu-Lhe o exemplo e tornou-se o herói da humildade.
Vicente de Paulo optou pelos mesmos e fez-se o campeão da caridade.
Gandhi redescobriu-os e comoveu o mundo, revelando-se como o apóstolo da não-violência.
Incontáveis criaturas, nos mais diversos períodos da humanidade e mesmo hoje, identificaram esses caminhos do coração e avançam com alegria na direção da plenitude espiritual.
Diante dos variados caminhos que se desdobram convidativos, escolhe os caminhos do coração, qual ovelha mansa, e deixa que o Bom Pastor te conduza ao aprisco pelo qual anelas.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos de Felicidade.")
(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.)Salvador, BA: LEAL, 1990.

sábado, 4 de agosto de 2007

Enredamentos Perigosos. :-)


Toda obra do Bem, no delineamento de propósitos, é nobre e transcendente, esmaecendo porém, quando se corporifica mediante a ação humana.
Sensibilizado pelos ideais de engrandecimento espiritual, o indivíduo emociona-se e procura entregar-se completamente, sonhando em tornar-se o instrumento da inspiração superior e, à vezes, consegue-o.
No entanto, porque é Espírito em rudes provas, embora os sentimentos que o animam, imprime as dificuldades pessoais, colocando sombra e empeços no labor a que se entrega.
Assim sendo, é compreensível que defrontemos no trigal dourado o escalracho infeliz, e na claridade do dia triunfante a nuvem carregada de sombras a impedir-lhe a irradiação da luz.
A Terra ainda não é o habitat, mas o educandário de homens e mulheres em lutas interiores, tentando arrancar a ganga externa para que brilhe a gema pura que lhe jaz no interior aguardando o momento de desvelar-se.
Valiosos e digno de encômios esse esforço hercúleo pela auto-superação, quando se constata o expressivo número daqueles que se escravizam aos comprometimentos torpes quão criminosos, que lhes exigirão oportuna reparação penosa.
O Senhor da Vinha não aguarda que venham cooperar com Ele os trabalhadores destituídos de mazelas ou imperfeições, pois que esses são raros, por isso aceita todos quantos despertam para a sua mensagem e se dispões a servi-lO.
Jesus conhecia a fraqueza moral de Pedro, todavia, convidou-o para o banquete da Boa Nova.
Francisco Bernardone vivia uma existência frívola e atormentada; apesar disto, doou-se, e, superando-se, tornou-se Sol medieval a clarear o futuro da humanidade.
Maria de Magdala, mesmo depois de O seguir, não ficou livre da suspeita nem da crítica severa do grupo no qual se movimenta.
Jesus aceitou-os a todos e transformou-os com o tempo em pilares da sua doutrina.
Descobrir o lírio no pantanal e a estrela além da tormenta constitui desafio para quem se candidata ao crescimento interior.
Nesse mister, surgem enredamentos perigosos, que complicam a marcha e dificultam a ascensão dos obreiros.
Dentre outros, a censura mórbida, constante, e a intriga perversa, intoxicam as melhores intenções e asfixiam muitos ideais em desenvolvimento.
São responsáveis pela crueldade da destruição de obras abençoadas e de esforços relevantes que são vencidos.
O cupim perseverante vence a madeira que sucumbe ao seu trabalho insensível.
Assim é a ação da maledicência impiedosa e insistente.
Para romper-se essa rede constritora, é necessário que o amor se compadeça do vigia dos atos alheios sempre pronto e a zurzir o látego, como se fosse inatacável.
Não te deixes contaminar pelo pessimismo nem pela censura contumaz que te tragam ao coração.
Tem paciência e dá-te conta que o acusador gratuito não ama, não coopera, apenas cria embaraços.
Ajuda em silêncio e confia em Deus, fazendo a tua parte da melhor forma ao teu alcance.
É mais valioso que teu próximo esteja tentando agir bem e auxiliar, apesar dos erros que comete, do que se estivesse no outro lado, entre os desequilibrados que aguardam a tua ajuda.
Viver em harmonia em um meio social - seja qual for, já que em todos eles existem dificuldades a vencer - constitui desafio para a evolução.
Ampara, portanto, o teu irmão que pensa em ser útil e ainda não o consegue, ao invés de hostilizá-lo, combatê-lo, semeares espinhos por onde ele segue ao levá-lo a julgamento público arbitrário pelos contumazes desocupados que se contentam em demolir.

(Divaldo P.Franco. Da obra:" Fonte de Luz.")
(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.)

Domínio da Ira. :-O


Tão comuns se te fazem a irritabilidade e o reproche, que estás perdendo o equilíbrio, o discernimento sobre o limite das tuas forças.
Habituas-te à reprimenda e à contrariedade de tal forma, que perdes o controle da emoção, deixando de lado os requisitos da urbanidade e do respeito ao próximo.
Freqüentemente deixas-te arrastar pela insidiosa violência, que se te vai instalando no comportamento, passando de um estado de paz ao de guerra por motivo de somenos importância.
Sem te dares conta, perdes o contato do amor e passas a ser temido, por extensão detestado.
A irascibilidade gera doenças graves, responsáveis por distonias físicas e mentais de largo alcance.
Da ira ao ódio o passo é breve, momentâneo, e o recuo difícil.
Tem tento, e faze uma revisão dos teus atos, tornando-te mais comedido e pacificado.

Ouve quem te fala, sem idéia preconcebida.
Desarma a emoção, a fim de agires com imparcialidade.
A idéia preconceituosa abre espaço mental à irascibilidade.
É necessário combater com ações mentais contínuas, as reações que te assomam entorpecendo-te a lucidez e fazendo-te um tresvariado.
A reflexão e o reconhecimento dos próprios erros são recursos valiosos para combater a irritação sistemática.
Tem a coragem de reconhecer que erras, que te comprometes, não te voltando contra os outros como efeito normal do teu insucesso.

A ira cega, enlouquece.
Provocando uma vasoconstrição violenta no sistema circulatório, leva à apoplexia, ao enfarto, à morte.

Um momento de irritação, e fica destruída uma excelente Obra.
O trabalho de um período demorado reduz-se a cinzas, qual ocorre com a faísca de fogo atingindo material de fácil combustão.
A ira separa os indivíduos e fomenta lutas desditosas.

Estanca o passo e retrocede na viagem do desequilíbrio.
Recorre à oração.
Evita as pessoas maledicentes, queixosas, venenosas. Elas se te fazem estímulo constante à irritabilidade, ao armamento emocional contra os outros.

A tua vida é preciosa, e deves colocar todas as tuas forças a serviço do amor.
Desde que és forte, investe na bondade, na paciência e no perdão, que são degraus de ascensão.
Para baixo é fácil, sem esforço, o processo de queda.
A sublimação, a subida espiritual, são o desafio para os teus valores morais.
Aplica-os com sabedoria e fruirás de paz, aureolado pela simpatia que envolve e felicita a todos.
Ademais, a ira é porta de acesso à obsessão, à interferência perniciosa dos Espíritos maus, enquanto o amor; a doçura e o perdão são liames de ligação com Deus, plenificando o homem.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Momentos de Felicidade".)
(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.)Salvador, BA: LEAL, 1990.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Prece Árabe. :-)



Deus, não consintas que eu seja o carrasco que sangra as ovelhas, nem uma ovelha nas mãos dos algozes.

Ajuda-me a dizer sempre a verdade na presença dos fortes, e jamais dizer mentiras para ganhar os aplausos dos fracos.

Meu Deus! Se me deres a fortuna, não me tires a felicidade; se me deres a força, não me tires a sensatez; se me for dado prosperar, não permita que eu perca a modéstia, conservando apenas o orgulho da dignidade.

Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas, para não enxergar a traição dos adversários, nem acusá-los com maior severidade do que a mim mesmo.

Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória, quando bem sucedido e nem desesperado quando sentir insucesso.

Lembra-me que a experiência de um fracasso poderá proporcionar um progresso maior.

Ó Deus! Faze-me sentir que o perdão é maior índice da força, e que a vingança é prova de fraqueza.

Se me tirares a fortuna, deixe-me a esperança. Se me faltar a beleza da saúde, conforta-me com a graça da fé.

E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma a força da desculpa e do perdão.

E finalmente Senhor, se eu Te esquecer, te rogo mesmo assim, nunca Te esqueças de mim !

(Texto traduzido do árabe por Seme Draibe)

Deus Sabe. :-)



Há momentos muito difíceis, que parecem insuperáveis, enriquecidos de problemas e dores que se prolongam, intermináveis, ignorados pelos mais próximos afetos, mas que Deus sabe.

Muitas vezes te sentirás à borda de precipícios profundos, em desespero, e por todos abandonado. No entanto, não te encontrarás a sós, porque, no teu suplício, Deus sabe o que te acontece.

Injustiçado, e sob o estigma de calúnias destruidoras, quando, experimentando incomum angústia, estás a ponto de desertar da luta, confia mais um pouco, e espera, porque Deus sabe a razão do que te ocorre.

Vitimado por cruel surpresa do destino, que te impossibilita levar adiante os planos bem formulados, não te rebeles, entregando-te à desesperação, porque Deus sabe que assim é melhor para ti.

Crucificado nas traves ocultas de enfermidade pertinaz, cuja causa ninguém detecta, a fim de minimizar-lhe as conseqüências, ora e aguarda ainda um pouco, porque Deus sabe que ela vem para tua felicidade.

Deus sabe tudo!

Basta que te deixes conduzir por Ele, e sintonizado com a Sua misericórdia e sabedoria, busca realizar o melhor, assinalando o teu caminho com as pegadas de luz, características de quem se entregou a Deus e em Deus progride.

(Franco, Divaldo Pereira. Da obra: "Filho de Deus".)(Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.)Salvador, BA: Livraria Espírita Alvorada.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Esmola e Caridade. :-)



Escusam-se muitos de não poderem ser caridosos, alegando precariedade de bens, como se a caridade se reduzisse a dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus e proporcionar um teto aos desabrigados.

Além dessa caridade, de ordem material, outra existe - a moral, que não implica o gasto de um centavo sequer e, não obstante, é a mais difícil de ser praticada.
Exemplos? Eis alguns:

Seríamos caridosos se, fazendo bom uso de nossas forças mentais, vibrássemos ou orássemos diariamente em favor de quantos saibamos acharem-se enfermos, tristes ou oprimidos, sem excluir aqueles que porventura se considerem nossos inimigos.

Seríamos caridosos se, em determinadas situações, nos fizéssemos intencionalmente cegos para não vermos o sorriso desdenhoso ou o gesto disprezivo de quem se julgue superior a nós.

Seríamos caridosos se, com sacrifício de nosso valioso tempo, fôssemos capazes de ouvir, sem enfado, o infeliz que nos deseja confiar seus problemas íntimos, embora sabendo de antemão nada podermos fazer por ele, senão dirigir-lhe algumas palavras de carinho e solidariedade.

Seríamos caridosos se, ao revés, soubéssemos fazer-nos momentâneamente surdos quando alguém, habituado a escarnecer de tudo e de todos, nos atingisse com expressões irônicas ou zombeteiras.

Seríamos caridosos se, disciplinando nossa língua, só nos referíssemos ao que existe de bom nos seres e nas coisas, jamais passando adiante notícias que, mesmo sendo verdadeiras, só sirvam para conspurcar a honra ou abalar a reputação alheia.

Seríamos caridosos se, embora as circunstâncias a tal nos induzissem, não suspeitássemos mal de nossos semelhantes, abstendo-nos de expender qualquer juízo apressado e temerário contra eles, mesmo entre os familiares.

Seríamos caridosos se, percebendo em nosso irmão um intento maligno, o aconselhassemos a tempo, mostrando-lhe o erro e despersuadindo o de o levar a efeito.

Seríamos caridosos se, privando-nos, de vez em quando, do prazer de um programa radiofônico ou de T.V. de nosso agrado, visitássemos pessoalmente aqueles que, em leitos hospitalares ou de sua residência, curtem prolongada doença e anseiam por um pouco de atenção e afeto.

Seríamos caridosos se, embora essa atitude pudesse prejudicar nosso interesse pessoal, tomássemos, sempre, a defesa do fraco e do pobre, contra a prepotência do forte e a usura do rico.

Seríamos caridosos se, mantendo permanentemente uma norma de proceder sereno e otimista, procurássemos criar em torno de nós uma atmosfera de paz, tranquilidade e bom humor.

Seríamos caridosos se, vez por outra, endereçássemos uma palavra de aplauso e de estimulo às boas causas e não procurássemos, ao contrário, matar a fé e o entusiasmo daqueles que nelas se acham empenhados.

Seríamos caridosos se deixássemos de postular qualquer benefício ou vantagem, desde que verificássemos haver outros direitos mais legítimos a serem atendidos em primeiro lugar.

Seríamos caridosos se, vendo triunfar aqueles cujos méritos sejam inferiores aos nossos, não os invejássemos e nem lhes desejássemos mal.

Seríamos caridosos se não desdenhássemos nem evitássemos os de má vida, se não temêssemos os salpicos de lama que os cobrem e lhes estendêssemos a nossa mão amiga, ajudando-os a levantar-se e limpar-se.

Seríamos caridosos se, possuindo alguma parcela de poder, não nos deixássemos tomar pela soberba, tratando, os pequeninos de condição, sempre com doçura e urbanidade, ou, em situação inversa, soubéssemos tolerar, sem ódio, as impertinências daqueles que ocupam melhores postos na paisagem social.

Seríamos caridosos se, por sermos mais inteligentes, não nos irritássemos com a inépcia daqueles que nos cercam ou nos servem.

Seríamos caridosos se não guardássemos ressentimento daqueles que nos ofenderam ou prejudicaram, que feriram o nosso orgulho ou roubaram a nossa felicidade, perdoando-lhes de coração.

Seríamos caridosos se reservássemos nosso rigor apenas para nós mesmos, sendo pacientes e tolerantes com as fraquezas e imperfeições daqueles com os quais convivemos, no lar, na oficina de trabalho ou na sociedade.

E assim, dezenas ou centenas de outras circunstâncias poderiam ainda ser lembradas, em que, uma amizade sincera, um gesto fraterno ou uma simples demonstração de simpatia, seriam expressões inequívocas da maior de todas as virtudes.
Nós, porém, quase não nos apercebemos dessas oportunidades que se nos apresentam, a todo instante, para fazermos a caridade.
Porquê?
É porque esse tipo de caridade não transpõe as fronteiras de nosso mundo interior, não transparece, não chama a atenção, nem provoca glorificações.
Nós traímos, empregamos a violência, tratamos ou outros com leviandade, desconfiamos, fazemos comentários de má fé, compartilhamos do erro e da fraude, mostramo-nos intolerantes, alimentamos ódios, praticamos vinganças, fomentamos intrigas, espalhamos inquietações, desencorajamos iniciativas nobres, regozijamo-nos com a impostura, prejudicamos interesses alheios, exploramos os nossos semelhantes, tiranizamos subalternos e familiares, desperdiçamos fortunas no vício e no luxo, transgredimos, enfim, todos os preceitos da Caridade, e, quando cedemos algumas migalhas do que nos sobra ou prestamos algum serviço, raras vezes agimos sob a inspiração do amor ao próximo, via de regra fazemo-lo por mera ostentação, ou por amor a nós mesmos, isto é, tendo em mira o recebimento de recompensas celestiais.
Quão longe estamos de possuir a verdadeira caridade!
Somos, ainda, demasiadamente egoístas e miseravelmente desprovidas de espírito de renúncia para praticá-la.
Mister se faz, porém, que a exercitemos, que aprendamos a dar ou sacrificar algo de nós mesmos em benefício de nossos semelhantes, porque "a caridade é o cumprimento da Lei."

( Calligaris, Rodolfo. Da obra: "As Leis morais".)
(8a edição. Rio de Janeiro, RJ:FEB, 1998.)
 

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