segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

AS IRMÃS FOX E OS FENÔMENOS DE HYDESVILLE


Foi num pequeno vilarejo do estado de
New York que se deram, no século XIX, os
mais extraordinários episódios, provocados
pelo plano espiritual.
Trata-se de Hydesville, que fica situada
cerca de vinte milhas de Rochester. Naquela
época, era constituída por grupos de
casas de madeira, quase todas de tipo humilde.
No dia 11 de dezembro de 1847, John Fox,
pertencente à igreja Metodista, alugou uma
dessas casas, para residir com a família,
que se compunha, além da esposa Margareth
Fox, de mais três filhas: Kat, de onze anos;
Margareth, de quatorze, e Leah, que residia
em Rochester, onde lecionava música.
No ano seguinte, isto é, em 1848, começaram
os ruídos de arranhaduras, que se
foram intensificando, cada vez mais, a ponto
de a família Fox não ter mais sossego,
dentro de casa.
Esses “raps” começaram a ser notados,
com mais freqüência, a partir de meados de
março daquele ano.
As meninas, diante de tanto barulho,
ficavam tão alarmadas que não queriam mais
dormir sozinhas. Investigações de toda natureza
foram realizadas por seus pais, mas
nada conseguiram descobrir. Os fenômenos
eram mesmo estranhos.
Finalmente, na noite de 31 de março,
houve uma saraivada de sons muitos altos e
continuados. Kat Fox, na sua inocência de
criança, desafiou a força invisível para
que repetisse os estalos de seus dedos, no
que foi imitada. Depois, Kat dobrou os dedos,
sem fazer ruído, e o arranhão respondia.
Ficou, dessa forma, constatado que,
aquela força estranha, não só ouvia, como
também via. Sua mãe teve então a idéia de
fazer algumas perguntas, cujas respostas
foram dadas por meio de pancadas.
“Sois um ser humano?” perguntou Mrs.
Margareth.
Não houve resposta.
“Sois um Espírito? Se sois batei duas
pancadas.”
Duas pancadas foram dadas pelo Espírito.
Estava, assim, estabelecida a telegrafia
espiritual, naquela memorável noite de
31 de março de 1848.
Foi um vizinho dos Fox, de nome Duesler,
que teve, pela primeira vez, a genial idéia
de usar alfabeto para obter as respostas
por meio de arranhões nas letras. Dessa
forma, revelou-se que o Espírito batedor
fora Charles B. Rosma, mascate assassinado,
havia cinco anos, pelo antigo inquilino
daquela casa, e que seu
corpo se encontrava sepultado
no porão.
Mais tarde, pelo depoimento
prestado por
Lucretia Pulver, que
fora empregada de Mr. e
Mrs. Bell, que ocuparam
a casa, havia quatro
anos, soube-se que, realmente,
ali esteve um
mascate, o qual passou
a noite com suas mercadorias. Nessa noite
seus patrões disseram-lhe que podia ir para
casa. Diz ela:
“Eu queria comprar apenas umas
coisas do mascate, mas não tinha
dinheiro comigo; ele disse que me
procuraria em nossa casa na manhã
seguinte e m’as venderia. Nunca
mais o vi. Cerca de três dias depois
eles me procuraram para voltar.
Assim voltei...”
“Pouco tempo depois Mrs. Bell me
deu um dedal, que disse haver comprado
do mascate. Cerca de três
meses depois eu a visitei e ela me
disse que o mascate havia voltado
e me mostrou outro dedal, que disse
ter comprado a ele. Mostrou-me
outras coisas que disse também tinham
sido compradas a ele.”
Como se vê pelo depoimento de Lucretia
Pulver, Charles B. Rosma foi, realmente, o
mascate assassinado e sepultado naquela casa.
Cinqüenta e seis anos mais tarde, isto
é, em 1904, encontrou-se o esqueleto de um
homem na parede da casa que fora ocupada
pelos Fox.
Primitivamente, o criminoso teria sepultado
Rosma no porão, mas temendo fosse
descoberto, transportou-o para a parede,
lugar que julgava mais seguro. Daí porque,
nas escavações procedidas na sepultura original,
foram encontrados apenas alguns vestígios
deixados pelo cadáver.
Quanto a identidade do morto, paira certa
dúvida. É possível que seu verdadeiro nome
fosse outro.
Como sabemos, muitas vezes são transmitidas
mensagens corretas, associadas a nomes
trocados. No caso em questão, os Espíritos
que dirigiam esses fenômenos não teriam
permitido fosse pelo Espírito de Rosma
revelada sua verdadeira identidade, como se
depreende pelas respostas
dadas a algumas perguntas
a ele formuladas.
Quando Duesler perguntou:
“Foi assassinado?”
Resposta afirmativa.
“Seu assassino
pode ser levado ao
tribunal?” Nenhuma
resposta.
“Pode ser punido por lei?” Nenhuma
resposta.
“Se seu assassino não pode ser punido
por lei, dê sinais.” As batidas foram
claras.
Isto significa que nem tudo os Espíritos
podem revelar.
Possivelmente, o nome dado pelo Espírito,
Charles B. Rosma, fosse puramente convencional
para que não levassem seu verdadeiro
assassino à barra dos tribunais.
De qualquer forma, o fato chamou a atenção
dos homens de ciência da época, constituindo-se,
em 1851, em New York, uma comissão,
sob a presidência de John Worth Edmonds,
para estudar os fenômenos.
A 1.º de agosto de 1853, o “New York
Courier” publicava os primeiros trabalhos
dessa comissão, o que provocou grande espanto
nos meios culturais de então. Cinco
dias depois, isto é, a 6-8-53, declarava o
juiz Edmonds no jornal “New York Herald”, o
seguinte:
“Comecei a investigação convencido do
insucesso e disposto a torná-la pública
no caso de uma impostura. Mas
chegando a conclusão diferente, mostro-
me no dever de declarar os resultados
seguros de minhas pesquisas.”
É interessante observar que o próprio
juiz Edmonds tornou-se também médium. Sua
filha Laura, de apenas nove anos de idade,
desenvolveu a rara faculdade denominada
poliglota ou xenoglossia, chegando a falar
nove ou dez línguas, que lhe eram desconhecidas.
Dos Estados Unidos, o movimento
espiritualista espalhou-se pela Europa,
recrutando, preferentemente, os homens mais
ilustres da época.
Estava, assim, lançada, pelo plano espiritual,
a base para a Codificação do Espiritismo,
que seria, dentro de poucos anos,
realizada pelo insigne missionário Allan
Kardec.

domingo, 20 de janeiro de 2008

FENÔMENOS MEDIÚNICOS DESCRITOS NA BÍBLIA SAGRADA


Desde que os Espíritos alcançaram condição
para prosseguir na sua caminhada
evolutiva, através das múltiplas reencarnações,
na espécie humana, o homem há recebido,
pela intuição ou por outros meios que
lhe facultam os sentidos, comunicações do
plano espiritual.
Quando manuseamos a Bíblia, livro considerado
sagrado pelas religiões cristãs,
encontramos nela expressos inúmeros fenômenos
mediúnicos, fenômenos esses classificados,
hoje, nas mais variadas categorias.

1 - VOZ DIRETA

Este fenômeno encontramos relatado em
Êxodo, 20:18, que diz: “Todo o povo, porém,
ouvia as vozes e via os relâmpagos, e
o sonido da buzina, e o monte fumegando: e
amedrontado e abalado com o pavor parou
longe.”
Em Apocalipse, 1:10, lemos: “Eu fui
arrebatado em espírito um dia de domingo, e
ouvi por detrás de mim uma grande voz como
de trombeta”...

2 - MATERIALIZAÇÃO

A luta de Jacob com um Espirito é um
fenômeno típico de materialização, pois esta
só poderia realizar-se na condição do
relato bíblico, se o Espírito contendor se
encontrasse materializado (Gen. 32:24).

3 - PNEUMATOGRAFIA OU ESCRITA DIRETA

Por ocasião em que se realizava um banquete
oferecido pelo rei Balthazar, ao qual
compareceram mais de mil pessoas da corte,
no momento em que bebiam vinho e louvavam
os deuses, apareceram dedos que escreviam
de fronte do candieiro, na superfície da
parede da sala do rei, o qual via os movimentos
da mão que escrevia (Daniel, 5:5).

4 - TRANSPORTE

O profeta Elias alimentou-se, graças a
um anjo que lhe depositava, ao lado, pão
cozido debaixo de cinza (Reis III, 19:5,6).

5 - LEVITAÇÃO

Em Ezequiel, 3:14, lemos o seguinte:
“Também o Espírito me levantou e me levou
consigo; e eu me fui cheio de amargura, na
indignação do meu Espírito; porém a mão do
Senhor estava comigo, confortando-me.”
Felipe é levado, também, pelo Espírito
do Senhor, após receber o batismo (Atos, 5:39).
Estes fatos enquadram-se, perfeitamente,
na classe dos fenômenos de levitação e
transporte, obtidos, no século passado, pelo
notável médium Daniel D. Home e outros.

6 - TRANSE

No cap. 15:12 e 13, do Gênese, encontramos
o seguinte fato: “Ao pôr do sol, vem um
profundo sono sobre Abrahão, e um horror
grande e tenebroso o acometeu, e lhe foi
dito: saiba desde agora que tua posteridade
será peregrina numa terra estrangeira, e
será reduzida à escravidão, e aflita por
quatrocentos anos.”
Daniel também cai em transe e tem visão(Daniel 8:18).
Saulo, a caminho de Damasco, cai em transe
e ouve a voz do Senhor (Atos, 9:3 e seguintes).

7 - MEDIUNIDADE AUDITIVA

Moisés, no monte Sinai, ouve a voz dos
Espíritos, julgando ser a do próprio Deus.
(Êxodo, 19:29,20).
Jesus, por ocasião do batismo no rio
Jordão, ouve uma voz que lhe diz:“Tu és
aquele meu filho especialmente amado; em ti
é que tenho posto toda a minha complacência.”
Em João, 12:28, lemos: “Pai glorifica o
teu nome. Então veio esta voz do céu – “Eu
não só o tenho já glorificado, mas ainda
segunda vez o glorificarei.”
Todos esses fatos comprovam a mediunidade
auditiva, tão comum em nossos dias.

8 - MEDIUNIDADE CURADORA

Ao tempo do Cristo, a mediunidade curadora
disseminou-se por entre os discípulos, que
produziam curas, algumas, pela imposição
das próprias mãos, outras, através de objetos
magnetizados.
Em Atos, 19:11 e12, encontramos o
relato de que lenços
e aventais pertencentes
a Paulo eram
aplicados aos doentes
e possessos, e,
graças a ação magnética
desses objetos,
ficavam curados.
As curas à distância
também foram
realizadas. O criado
do Centurião de Cafarnaum e o filho de
um régulo foram curados (Mateus, 8:5,13; e
João, 4:47, 54).
Jesus recomendara, quando esteve entre
nós, que curássemos. Dizia ele:
“Curai os enfermos, expulsai os maus
Espíritos, dai de graça o que de graça
recebestes.”
(Mateus, 10:8, Lucas 9,2 e 10:9).
É em cumprimento desse preceito que o
Espiritismo, além de ser uma obra de educa-
ção, procura dar atendimento aos enfermos
do corpo e da alma, com a ajuda dos abnegados
irmãos espirituais, que se servem dos
médiuns passistas, receitistas,
doutrinadores e de todos os que, de boa
vontade, trabalham em prol da construção de
um mundo melhor.

9 - OUTRAS FORMAS DE MEDIUNIDADE

Encontramos, ainda, na Bíblia, Saul consultando
o Espírito de Samuel, na gruta de
Endor.
Moisés conduzia o povo hebreu, no deserto,
acompanhado por uma labareda que seguia
à sua frente.
Jeremias o profeta da paz era médium
de incorporação. Quando o Espírito o tomava,
pregava contra a guerra aos exércitos
de Nabucodonosor.
É interessante notar que as práticas
mediúnicas, daquele tempo, eram semelhantes
às de nossos dias. Para a formação do
ambiente, alguns profetas (médiuns) exigiam
a música. Assim o profeta Eliseu, para
profetizar, reclamava um bom harpista. David
afasta os Espíritos obsessores de Saul,
tangendo sua harpa.
Podíamos citar ainda muitos outros fatos,
que se acham registrados no antigo
Testamento, os quais provam, de sobejo, que
os fenômenos mediúnicos sempre ocorreram,
desde a mais remota antigüidade, mas não é
necessário; estes já bastam para provar que
a Bíblia é um repositório de mediunismo.
A vontade dos guias era, naquele tempo,
transmitida ao povo através dos profetas
videntes, audientes e inspirados, que vieram
à Terra na qualidade de missionários do
Cristo.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Chefia e Subalternidade. :-O


Não olvidar que o chefe é aquela pessoa que se responsabiliza pelo trabalho da equipe.

A melhor maneira de reverenciar a quem dirige, será sempre a execução fiel das próprias obrigações.

Quem administra efetivamente precisa da colaboração de quem obedece, mas se quem obedece necessita prestar atenção e respeito a quem administra, quem administra necessita exercer bondade e compreensão para quem obedece, a fim de que a máquina do trabalho funcione com segurança.

Orientar é devotar-se.

Aquele que realmente ensina é aquele que mais estuda.

Um chefe não tem obrigação de revelar ao subordinado os problemas que lhe preocupam o cérebro, tanto quanto o subordinado não tem o dever de revelar ao chefe os problemas que porventura carregue no coração.

(Xavier, Francisco Cândido).
(Da obra: "Sinal Verde".Ditado pelo Espírito André Luiz).
49a edição. Uberaba-MG: CEC, 2001.

A Serpente e o Sábio. :-)


Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou:
- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.
A víbora recolheu-se, envergonhada. Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada. Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas peseguiam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouví-la:
- Mas, minha irmã, ouve um engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus. Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos.

(Xavier, Francisco Cândido).
(Da obra: "Os Mensageiros".Ditado pelo Espírito André Luiz).FEB, 1944.

Não te Canses. :-)


"Não nos desanimemos de fazer o bem, pois, a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos." Paulo (Gálatas, 6:9)

Quando o buril começou a ferir o bloco de mármore embrutecido, a pedra, em desespero, clamou contra o próprio destino, mas depois, ao se perceber admirada, encarnando uma das mais belas concepções artísticas do mundo, louvou o cinzel que a dilacerara.
A lagarta arrastava-se com extrema dificuldade, e, vendo as flores tocadas de beleza e perfume, revoltava-se contra o corpo disforme; contudo, um dia, a massa viscosa em que se amargurava converteu-se nas asas de graciosa e ágil borboleta e, então, enalteceu o feio corpo com que a Natureza lhe preparara o vôo feliz.
O ferro rubro, colocado na bigorna, espantou-se e sofreu, inconformado; todavia, quando se viu desempenhando importantes funções nas máquinas do progresso, sorriu reconhecidamente para o fogo que o purificara e engrandecera.
A semente lançada à cova escura chorou, atormentada, e indagou por que motivo era confiada, assim, ao extremo abandono; entretanto, em se vendo transformada em arbusto, avançou para o Sol e fez-se árvore respeitada e generosa, abençoando a terra que a isolara no seu seio.
Não te canses de fazer o bem.
Quem hoje te não compreende a boa-vontade, amanhã te louvará o devotamento e o esforço.
Jamais te desesperes, e auxilia sempre.
A perseverança é a base da vitória.
Não olvidas que ceifarás, mais tarde, em tua lavoura de amor e luz, mas só alcançarás a divina colheita se caminhares para diante, entre o suor e a confiança, sem nunca desfaleceres.

(Xavier, Francisco Candido). (Da obra: "Fonte Viva").
(Ditado pelo Espírito Emmanuel).21a edição. Lição 124. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1997.
 

Espiritismo de Allan Kardec Copyright © 2008 Black Brown Art Template by Ipiet's Blogger Template