quarta-feira, 16 de abril de 2008

A Parentela Corporal e a Parentela Espiritual. :-)


Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.
Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências (Capitulo IV, no.13).
Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
A hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espírito. Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: "Eis aqui meus verdadeiros irmãos." Embora na companhia daqueles estivesse sua mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como Espírito, que só indiferença lhe merecia. Provou suficientemente o contrário em várias outras circunstâncias.

(Allan Kardec. Da obra:"O Evangelho Segundo o Espiritismo").112a edição.
( Capitulo XIV, no.8. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996).

segunda-feira, 3 de março de 2008

Perante os Parentes. :-)


"Mas se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel."Paulo. (I Timóteo, 5:8.)

Desempenhar todos os justos deveres para com aqueles que lhe comungam as teias da consangüinidade. Os parentes são os marcos vivos das primeiras grandes responsabilidades do Espírito encarnado. Intensificar os recursos de afeto, compreensão e boa-vontade para os afins mais próximos que não lhe compreendam os ideais. O lar constitui cadinho redentor das almas endividadas. Dilatar os laços da estima além do círculo da parentela. A humanidade é a nossa grande família. Acima de todas as injunções e contingências de cada dia, conservar a fidelidade aos preceitos espíritas cristãos, sendo cônjuge generoso e melhor pai, filho dedicado e companheiro benevolente. Cada semelhante nosso é degrau de acesso à Vida Superior, se soubermos recebê-lo por verdadeiro irmão. Melhorar, sem desânimo, os contactos diretos e indiretos com os pais, irmãos, tios, primos e demais parentes, nas lides do mundo, para que a Lei não venha a cobrar-lhe novas e mais enérgicas experiências em encarnações próximas. O cumprimento do dever, criado por nós mesmos, é lei do mundo interior a que não poderemos fugir. Imprimir em cada tarefa diária os sinais indeléveis da fé que nutre a vida, iniciando todas as boas obras no âmbito estreito da parentela corpórea. Temos, na família consangüínea, o teste permanente de nossas relações com a Humanidade.

(Vieira, Waldo. Da obra: "Conduta Espírita").
(Ditado pelo Espírito André Luiz).
(21a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1998).

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Medicamentos Evangélicos. :-)


Ajude sempre.
Não tema.
Jamais desespere.
Aprenda incessantemente.
Pense muito.
Medite mais.
Fale pouco.
Retifique, amando.
Trabalhe feliz.
Dirija, equilibrado.
Obedeça, contente.
Não se queixe.
Siga adiante.
Repare além.
Veja longe.
Discuta serenamente.
Faça luz.
Semeie paz.
Espalhe bênçãos.
Lute, elevando.
Seja alegre.
Viva desassombrado.
Demonstre coragem.
Revele calma.
Respeite tudo.
Ore, confiante.
Vigie, benevolente.
Caminhe, melhorando.
Sirva hoje.
Espere o amanhã.

(Xavier, Francisco Candido). (Da obra: "Agenda Cristã").
(Ditado pelo Espírito André Luiz.2a edição. FEB, 1998).

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O HOMEM BOM. :-)


Conta-se que Jesus, apos narrar a Parábola do Bom Samaritano, foi novamente interpelado pelo doutor da lei que, alegando não lhe haver compreendido integralmente a lição, perguntou, sutil:
- Mestre, que farei para ser considerado homem bom?
Evidenciando paciência admirável, o Senhor respondeu:
Imagina-te vitimado por mudez que te iniba a manifestação do verbo escorreito e pensa quão grato te mostrarias ao companheiro que falasse por ti a palavra encarcerada na boca.
Imagina-te de olhos mortos pela enfermidade irremediável e lembra a alegria da caminhada, ante as mãos que te estendessem ao passo incerto, garantindo-te a segurança.
Imagina-te caído e desfalecente, na via pública, e preliba o teu consolo nos braços que te oferecessem amparo, sem qualquer desrespeito para com os teus sofrimentos.
Imagina-te tocado por moléstia contagiosa e reflete no contentamento que te iluminaria o coração, perante a visita do amigo que te fosse levar alguns minutos de solidariedade.
Imagina-te no cárcere, padecendo a incompreensão do mundo, e recorda como te edificaria o gesto de coragem do irmão que te buscasse testemunhar entendimento.
Imagina-te sem pão no lar, arrostando amargura e escassez, e raciocina sobre a felicidade que te apareceria de súbito no amparo daqueles que te levassem leve migalha de auxílio, sem perguntar por teu modo de crer e sem te exigir exames de consciência.
Imagina-te em erro, sob o sarcasmo de muitos, e mentaliza o bálsamo com que te acalmarias, diante da indulgência dos que te desculpassem a falta, alentando-te o recomeço.
Imagina-te fatigado e intemperante e observa quão reconhecido ficarias para com todos os que te ofertassem a oração do silêncio e a frase de simpatia.
Em seguida ao intervalo espontâneo, indagou-lhe o Divino Amigo:
- Em teu parecer, quais teriam sido os homens bons nessas circunstâncias?
- Os que usassem de compreensão e misericórdia para comigo - explicou o interlocutor.
- Então - repetiu Jesus com bondade-, segue adiante e faze também o mesmo.

(Xavier, Francisco Candido). (Da obra: "Amor e Vida em Família").
(Ditado pelo Espírito Emmanuel.Capivari, SP: EME, 1995).

sábado, 9 de fevereiro de 2008

ALLAN KARDEC E SUA OBRA. :-)



Hippolyte Léon Denizard Rivail – Allan
Kardec – nasceu na cidade de Lyon, na França,
a 3 de outubro de 1804.
Iniciou os estudos na sua terra natal.
Aos doze anos de idade foi para Yverdun, na
Suíça, onde, sob a direção do célebre professor
Pestalozzi, aprimorou seus conhecimentos,
chegando mesmo a substituir, muitas
vezes, o grande mestre, quando este se afastava
do instituto, para atender a outros
compromissos, fora.
Kardec fez, também,
um curso de línguas. Conhecia
o alemão, o inglês,
o italiano, o espanhol,
o holandês e
possuía ainda sólida
cultura científica.
Publicou vários trabalhos
importantes, na
época, tais como: “Curso
Prático de Aritmética”,
“Gramática Francesa
Clássica”, “Manual de
Exames para os títulos
de capacidade”, “Programa dos cursos usuais
de Química, Física, Astronomia e Fisiologia”,
“Catecismo Gramatical da língua francesa
para os iniciantes do idioma” e outros
trabalhos didáticos.
Além dessas obras, citaremos as da
Codificação espírita, que são as seguintes:
Em 18 de abril de 1857 – O Livro dos
Espíritos.
Em janeiro de 1861 – O Livro dos Médiuns.
Em abril de 1864 – O Evangelho Segundo o
Espiritismo.
Em agosto de 1865 – O Céu e o Inferno.
Em janeiro de 1868 – A Gênese.
Estas cinco obras constituem o chamado
Pentateuco espírita.
Kardec escreveu, ainda, “O que é o Espiritismo”,
“O Principiante Espírita” e “Obras
Póstumas”, que foram publicadas após sua
morte. Fundou também a “Revue Spirite”, em
janeiro de 1858, que editou até o ano de
1869.
Os Espíritos revelaram que Allan Kardec
vivera, em uma de suas encarnações, na Gália,
e seu nome era o pseudônimo por ele usado
agora, e que em outra encarnação, fora João
Huss, condenado a 6 de fevereiro de 1415 e
executado nas fogueiras da inquisição, porque
pregava contra a injustiça daqueles que
detinham o poder nas mãos.
Em 1854, Kardec ouvira falar das chamadas
mesas girantes. Seu amigo Fortier, que
estudava magnetismo, disse-lhe que acabava
de descobrir uma nova propriedade magnética:
as mesas, além de girarem, também respondiam
perguntas a elas formuladas.
Kardec revida esta afirmativa, dizendo:
“Só acreditarei se me provarem que as mesas
têm um cérebro para pensar e nervos para
sentir. Enquanto isso, permita-me considerar
esse fato como uma história fabulosa”.
Carlotti, outro amigo seu, faz-lhe referência
sobre a comunicação dos Espíritos;
o Mestre torna-se, agora, interessado no
assunto. Vai a casa da Sra. Planemaison e,
através de sua mediunidade de efeitos físicos,
verifica que, realmente, as mesas falam.
Rende-se ele à evidência dos fatos.
Mas não parou aí. Viu nesse passatempo alguma
coisa de importante. Precisava investigar
e descobrir as causas que davam origem
a esses interessantes fenômenos.
Através da faculdade das meninas Baudin,
viu a escrita por intermédio da cesta. Por
esse processo eram dadas respostas, com
exatidão, às perguntas formuladas aos Espíritos.
Não havia dúvida: estava mesmo diante
de um fato novo, que merecia carinhoso
estudo. Passou, então, a fazer observações
através do método experimental, pois havia
percebido que os fenômenos eram produzidos
pelos Espíritos dos que já viveram na Terra.
E, assim, pelas informações prestadas
por essas entidades comunicantes, Allan
Kardec escreveu “O Livro dos Espíritos”,
obra básica da doutrina Espírita.
Acresce esclarecer, ainda, que essa monumental
obra não foi concebida por um filósofo
ou ditada por um Espírito: ela é o
resultado das revelações de muitos Espíritos,
todas concordantes, vindas por diferentes
médiuns, em lugares diversos.
Essas comunicações passavam pelo crivo
da razão do Codificador, que as analisava,
comparava, discutia e só as aceitava depois
de verificar que se achavam isentas de quaisquer
dúvidas.
Allan Kardec recebeu a notícia de que
estava encarregado da Codificação, pela
médium Srta. Japhet, tendo seu guia lhe
dito:
“Não haverá diversas religiões nem
há mister senão de uma, que é a verdadeira,
grande e digna do Criador...
Seus primeiros fundamentos já foram
lançados...”
“Haverá muitas ruínas e desolações;
são chegados os tempos para a renovação
da humanidade.”
Como se vê, Kardec fora, realmente, escolhido
pelo Cristo para o cumprimento da
sublime missão de codificar o Espiritismo.
E a escolha não poderia deixar de ser esta,
uma vez que o Mestre possuía todas as qualidades
indispensáveis ao cumprimento dessa
grande e árdua tarefa.
 

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