domingo, 20 de janeiro de 2008

FENÔMENOS MEDIÚNICOS DESCRITOS NA BÍBLIA SAGRADA


Desde que os Espíritos alcançaram condição
para prosseguir na sua caminhada
evolutiva, através das múltiplas reencarnações,
na espécie humana, o homem há recebido,
pela intuição ou por outros meios que
lhe facultam os sentidos, comunicações do
plano espiritual.
Quando manuseamos a Bíblia, livro considerado
sagrado pelas religiões cristãs,
encontramos nela expressos inúmeros fenômenos
mediúnicos, fenômenos esses classificados,
hoje, nas mais variadas categorias.

1 - VOZ DIRETA

Este fenômeno encontramos relatado em
Êxodo, 20:18, que diz: “Todo o povo, porém,
ouvia as vozes e via os relâmpagos, e
o sonido da buzina, e o monte fumegando: e
amedrontado e abalado com o pavor parou
longe.”
Em Apocalipse, 1:10, lemos: “Eu fui
arrebatado em espírito um dia de domingo, e
ouvi por detrás de mim uma grande voz como
de trombeta”...

2 - MATERIALIZAÇÃO

A luta de Jacob com um Espirito é um
fenômeno típico de materialização, pois esta
só poderia realizar-se na condição do
relato bíblico, se o Espírito contendor se
encontrasse materializado (Gen. 32:24).

3 - PNEUMATOGRAFIA OU ESCRITA DIRETA

Por ocasião em que se realizava um banquete
oferecido pelo rei Balthazar, ao qual
compareceram mais de mil pessoas da corte,
no momento em que bebiam vinho e louvavam
os deuses, apareceram dedos que escreviam
de fronte do candieiro, na superfície da
parede da sala do rei, o qual via os movimentos
da mão que escrevia (Daniel, 5:5).

4 - TRANSPORTE

O profeta Elias alimentou-se, graças a
um anjo que lhe depositava, ao lado, pão
cozido debaixo de cinza (Reis III, 19:5,6).

5 - LEVITAÇÃO

Em Ezequiel, 3:14, lemos o seguinte:
“Também o Espírito me levantou e me levou
consigo; e eu me fui cheio de amargura, na
indignação do meu Espírito; porém a mão do
Senhor estava comigo, confortando-me.”
Felipe é levado, também, pelo Espírito
do Senhor, após receber o batismo (Atos, 5:39).
Estes fatos enquadram-se, perfeitamente,
na classe dos fenômenos de levitação e
transporte, obtidos, no século passado, pelo
notável médium Daniel D. Home e outros.

6 - TRANSE

No cap. 15:12 e 13, do Gênese, encontramos
o seguinte fato: “Ao pôr do sol, vem um
profundo sono sobre Abrahão, e um horror
grande e tenebroso o acometeu, e lhe foi
dito: saiba desde agora que tua posteridade
será peregrina numa terra estrangeira, e
será reduzida à escravidão, e aflita por
quatrocentos anos.”
Daniel também cai em transe e tem visão(Daniel 8:18).
Saulo, a caminho de Damasco, cai em transe
e ouve a voz do Senhor (Atos, 9:3 e seguintes).

7 - MEDIUNIDADE AUDITIVA

Moisés, no monte Sinai, ouve a voz dos
Espíritos, julgando ser a do próprio Deus.
(Êxodo, 19:29,20).
Jesus, por ocasião do batismo no rio
Jordão, ouve uma voz que lhe diz:“Tu és
aquele meu filho especialmente amado; em ti
é que tenho posto toda a minha complacência.”
Em João, 12:28, lemos: “Pai glorifica o
teu nome. Então veio esta voz do céu – “Eu
não só o tenho já glorificado, mas ainda
segunda vez o glorificarei.”
Todos esses fatos comprovam a mediunidade
auditiva, tão comum em nossos dias.

8 - MEDIUNIDADE CURADORA

Ao tempo do Cristo, a mediunidade curadora
disseminou-se por entre os discípulos, que
produziam curas, algumas, pela imposição
das próprias mãos, outras, através de objetos
magnetizados.
Em Atos, 19:11 e12, encontramos o
relato de que lenços
e aventais pertencentes
a Paulo eram
aplicados aos doentes
e possessos, e,
graças a ação magnética
desses objetos,
ficavam curados.
As curas à distância
também foram
realizadas. O criado
do Centurião de Cafarnaum e o filho de
um régulo foram curados (Mateus, 8:5,13; e
João, 4:47, 54).
Jesus recomendara, quando esteve entre
nós, que curássemos. Dizia ele:
“Curai os enfermos, expulsai os maus
Espíritos, dai de graça o que de graça
recebestes.”
(Mateus, 10:8, Lucas 9,2 e 10:9).
É em cumprimento desse preceito que o
Espiritismo, além de ser uma obra de educa-
ção, procura dar atendimento aos enfermos
do corpo e da alma, com a ajuda dos abnegados
irmãos espirituais, que se servem dos
médiuns passistas, receitistas,
doutrinadores e de todos os que, de boa
vontade, trabalham em prol da construção de
um mundo melhor.

9 - OUTRAS FORMAS DE MEDIUNIDADE

Encontramos, ainda, na Bíblia, Saul consultando
o Espírito de Samuel, na gruta de
Endor.
Moisés conduzia o povo hebreu, no deserto,
acompanhado por uma labareda que seguia
à sua frente.
Jeremias o profeta da paz era médium
de incorporação. Quando o Espírito o tomava,
pregava contra a guerra aos exércitos
de Nabucodonosor.
É interessante notar que as práticas
mediúnicas, daquele tempo, eram semelhantes
às de nossos dias. Para a formação do
ambiente, alguns profetas (médiuns) exigiam
a música. Assim o profeta Eliseu, para
profetizar, reclamava um bom harpista. David
afasta os Espíritos obsessores de Saul,
tangendo sua harpa.
Podíamos citar ainda muitos outros fatos,
que se acham registrados no antigo
Testamento, os quais provam, de sobejo, que
os fenômenos mediúnicos sempre ocorreram,
desde a mais remota antigüidade, mas não é
necessário; estes já bastam para provar que
a Bíblia é um repositório de mediunismo.
A vontade dos guias era, naquele tempo,
transmitida ao povo através dos profetas
videntes, audientes e inspirados, que vieram
à Terra na qualidade de missionários do
Cristo.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Chefia e Subalternidade. :-O


Não olvidar que o chefe é aquela pessoa que se responsabiliza pelo trabalho da equipe.

A melhor maneira de reverenciar a quem dirige, será sempre a execução fiel das próprias obrigações.

Quem administra efetivamente precisa da colaboração de quem obedece, mas se quem obedece necessita prestar atenção e respeito a quem administra, quem administra necessita exercer bondade e compreensão para quem obedece, a fim de que a máquina do trabalho funcione com segurança.

Orientar é devotar-se.

Aquele que realmente ensina é aquele que mais estuda.

Um chefe não tem obrigação de revelar ao subordinado os problemas que lhe preocupam o cérebro, tanto quanto o subordinado não tem o dever de revelar ao chefe os problemas que porventura carregue no coração.

(Xavier, Francisco Cândido).
(Da obra: "Sinal Verde".Ditado pelo Espírito André Luiz).
49a edição. Uberaba-MG: CEC, 2001.

A Serpente e o Sábio. :-)


Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou:
- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.
A víbora recolheu-se, envergonhada. Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada. Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas peseguiam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouví-la:
- Mas, minha irmã, ouve um engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus. Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos.

(Xavier, Francisco Cândido).
(Da obra: "Os Mensageiros".Ditado pelo Espírito André Luiz).FEB, 1944.

Não te Canses. :-)


"Não nos desanimemos de fazer o bem, pois, a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos." Paulo (Gálatas, 6:9)

Quando o buril começou a ferir o bloco de mármore embrutecido, a pedra, em desespero, clamou contra o próprio destino, mas depois, ao se perceber admirada, encarnando uma das mais belas concepções artísticas do mundo, louvou o cinzel que a dilacerara.
A lagarta arrastava-se com extrema dificuldade, e, vendo as flores tocadas de beleza e perfume, revoltava-se contra o corpo disforme; contudo, um dia, a massa viscosa em que se amargurava converteu-se nas asas de graciosa e ágil borboleta e, então, enalteceu o feio corpo com que a Natureza lhe preparara o vôo feliz.
O ferro rubro, colocado na bigorna, espantou-se e sofreu, inconformado; todavia, quando se viu desempenhando importantes funções nas máquinas do progresso, sorriu reconhecidamente para o fogo que o purificara e engrandecera.
A semente lançada à cova escura chorou, atormentada, e indagou por que motivo era confiada, assim, ao extremo abandono; entretanto, em se vendo transformada em arbusto, avançou para o Sol e fez-se árvore respeitada e generosa, abençoando a terra que a isolara no seu seio.
Não te canses de fazer o bem.
Quem hoje te não compreende a boa-vontade, amanhã te louvará o devotamento e o esforço.
Jamais te desesperes, e auxilia sempre.
A perseverança é a base da vitória.
Não olvidas que ceifarás, mais tarde, em tua lavoura de amor e luz, mas só alcançarás a divina colheita se caminhares para diante, entre o suor e a confiança, sem nunca desfaleceres.

(Xavier, Francisco Candido). (Da obra: "Fonte Viva").
(Ditado pelo Espírito Emmanuel).21a edição. Lição 124. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1997.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Sócrates e Platão. :-)


Devemos lembrar, também, de três outras
figuras importantes no mundo Oriental, que
foram Lao-Tse, Mêncio e Confúcio.
O primeiro, apresenta o Livro da Razão
Suprema, estabelecendo elevados princípios
morais; o segundo, em seu Tratado de Moral,
concita os homens à boa conduta, e, o terceiro,
trouxe a grande máxima: – “Não façais
aos outros o que não quereis que eles vos
façam.”

4 - SÓCRATES E PLATÃO

Sócrates, como o Cristo, nada escreveu.
O que sabemos, hoje, a respeito de sua doutrina,
foi escrito por Platão, seu discípulo.
Morreu condenado a tomar cicuta, por
haver atacado as crenças da época e colocado
a virtude acima da hipocrisia. Combateu,
de corpo e alma, os preconceitos religiosos
como o fez Jesus, a quem os fariseus também
acusaram de corromper o povo.
Como nosso objetivo principal é trazer,
através destas páginas, um pouco de conhecimento,
não só do Espiritismo, mas também
de mais algumas doutrinas espiritualistas,
que nos foram legadas por aqueles que antecederam
o Cristo, não podemos deixar de
inserir, aqui, alguns tópicos da doutrina
de Sócrates e Platão, que servirão para
mostrar a grande semelhança com os ensinos
que nos dão os Espíritos.
Vejamos:
“O homem é uma alma encarnada. Antes
da sua encarnação, existia unida aos
tipos primordiais, às idéias do verdadeiro,
do bem e do belo; separa-se
deles encarnando, e, recordando seu
passado, é mais ou menos atormentada
pelo desejo de voltar a ele.”
Aqui vemos a distinção entre o espírito
e a matéria, o que nos mostra o princípio
da preexistência da alma antes de reencarnar,
guardando intuição do mundo espiritual.
Está, desta forma, bem expressa a reencarnação.
E, continuando, vamos citar vários outros
trechos desta doutrina, que servem para
aclarar nosso espírito na compreensão de
que há um grande paralelo entre ela, a do
Cristo e o Espiritismo, embora seja esta
mais completa, mas, de qualquer forma,
Sócrates e Platão, no dizer de Kardec, pressentiram
a idéia cristã através de seus escritos.
“A alma – diziam eles – se transvia e
perturba, quando se serve do corpo
para considerar qualquer objeto; tem
vertigem como se estivesse ébria,
porque se prende a coisas que estão,
por sua natureza, sujeitas a mudanças;
ao passo que, quando contempla
sua própria essência, dirige-se para
o que é puro, eterno, imortal, e,
sendo ela dessa natureza, permanece
aí ligada, por tanto tempo quanto
possa. Cessam, então, os seus
3transviamentos, pois está unida ao
que é imutável e a esse estado da
alma é que se chama sabedoria.”
“Após a morte, o gênio (daimon, demônio),
que nos fora designado durante
a vida, leva-nos a um lugar onde se
reúnem todos os que têm de ser conduzidos
ao Hades, para serem julgados.
As almas, depois de haverem estado no
Hades o tempo necessário, são
reconduzidas a esta vida em múltiplos
e longos períodos.”
“Os demônios ocupam o espaço que separa
o céu da terra; constituem o
laço que une o Grande Todo a si mesmo.
Não entrando nunca a divindade em
comunicação direta com o homem, é por
intermédio dos demônios que os deuses
entram em contato e se entretêm
com eles, quer durante a vigília,
quer durante o sono.”
“A preocupação constante do filósofo
é a de tomar o maior cuidado com a
alma, menos pelo que respeita a esta
vida, que não dura mais que um instante,
do que tendo em vista a eternidade.
Desde que a alma é imortal,
não será prudente viver visando à
eternidade?”
“Se a alma é imaterial, tem que passar,
após esta vida, a um mundo igualmente
invisível e imaterial, do mesmo
modo que o corpo, decompondo-se,
volta à matéria. Muito importa no
entanto distinguir bem a alma pura,
verdadeiramente imaterial, que se alimente,
como Deus, de ciência e pensamentos,
da alma mais ou menos maculada
de impurezas materiais, que a impedem
de elevar-se para o divino e a
retém nos lugares da sua estada na
terra.”
“Se a morte fosse a dissolução completa
do homem, muito ganhariam com a
morte os maus, pois se veriam livres,
ao mesmo tempo, do corpo, da alma e
dos vícios. Aquele que guarnecer a
alma, não de ornamentos estranhos,
mas com os que lhes são próprios, só
esse poderá aguardar tranqüilamente
a hora da sua partida para o outro
mundo.”
“O corpo conserva bem impressos os
vestígios dos cuidados de que foi
objeto e dos acidentes que sofre. Dáse
o mesmo com a alma. Quando despida
do corpo, ela guarda evidentes os
traços de seu caráter, de suas afeições
e as marcas que lhe deixaram
todos os atos de sua vida. Assim, a
maior desgraça que pode acontecer ao
homem é ir para outro mundo com a
alma carregada de crimes. Vês,
Cálicles, que nem tu, nem Pólux, nem
Górgias podereis provar que devamos
levar outra vida que nos seja útil
quando estejamos do outro lado. De
tantas opiniões diversas, a única que
permanece inabalável é a que mais
vale receber do que cometer uma injustiça
e que, acima de tudo, devemos
cuidar, não de parecer, mas de ser
homem de bem.”
“De duas uma: ou a morte é uma destruição
absoluta, ou é passagem da
alma para outro lugar. Se tudo tem
que se extinguir, a morte será como
uma dessas raras noites que passamos
sem sonho e sem nenhuma consciência
de nós mesmos. Porém, se a morte é
apenas uma mudança de morada, a passagem
para o lugar onde os mortos se
têm de reunir, que felicidade a de
encontrarmos lá aqueles a quem conhecemos!
O meu maior prazer seria
examinar de perto os habitantes dessa
outra morada e de distinguir lá,
como aqui, os que são dignos dos que
se julgam tais e não o são. Mas, é
tempo de nos separarmos, eu para morrer,
vós para viverdes,”
“Nunca se deve retribuir com outra
injustiça, nem fazer mal a ninguém,
seja qual for o dano que nos hajam
causado. Poucos, no entanto, serão
os que admitem este princípio e os
que se desentenderem a tal respeito
nada farão mais, sem dúvida, do que
votarem uns aos outros mútuo desprezo.”
“É pelos frutos que se conhece a árvore.
Toda ação deve ser qualificada
pelo que produz: qualificá-la de má,
quando dela provenha o mal; de boa,
quando dê origem ao bem.”
“A riqueza é um grande perigo. Todo
homem que ama a riqueza não ama a si
mesmo, nem ao que é seu; ama a uma
coisa que lhe é ainda estranha do que
o que lhe pertence.”
“É disposição natural em todos nós a
de nos apercebermos muito menos dos
nossos defeitos, do que nos de outrem.”
“Se os médicos são mal sucedidos,
tratando da maior parte das moléstias,
é que tratam do corpo sem tratarem
da alma. Ora, não se achando o
todo em bom estado, impossível é que
uma parte dele passa bem.”
“Todos os homens, a partir da infância,
muito mais fazem de mal do que
de bem.”
Conforme acabamos de ver, estes ensinos,
que foram difundidos quase quinhentos
anos antes do Cristo, encerram grandes verdades
que, no século XIX, foram confirmadas
pelo Consolador Prometido, personificado na
Doutrina Espírita, a qual representa, há
mais de um século, o Cristianismo Redivivo.
 

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