quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Chefia e Subalternidade. :-O


Não olvidar que o chefe é aquela pessoa que se responsabiliza pelo trabalho da equipe.

A melhor maneira de reverenciar a quem dirige, será sempre a execução fiel das próprias obrigações.

Quem administra efetivamente precisa da colaboração de quem obedece, mas se quem obedece necessita prestar atenção e respeito a quem administra, quem administra necessita exercer bondade e compreensão para quem obedece, a fim de que a máquina do trabalho funcione com segurança.

Orientar é devotar-se.

Aquele que realmente ensina é aquele que mais estuda.

Um chefe não tem obrigação de revelar ao subordinado os problemas que lhe preocupam o cérebro, tanto quanto o subordinado não tem o dever de revelar ao chefe os problemas que porventura carregue no coração.

(Xavier, Francisco Cândido).
(Da obra: "Sinal Verde".Ditado pelo Espírito André Luiz).
49a edição. Uberaba-MG: CEC, 2001.

A Serpente e o Sábio. :-)


Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou:
- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.
A víbora recolheu-se, envergonhada. Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada. Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas peseguiam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouví-la:
- Mas, minha irmã, ouve um engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus. Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos.

(Xavier, Francisco Cândido).
(Da obra: "Os Mensageiros".Ditado pelo Espírito André Luiz).FEB, 1944.

Não te Canses. :-)


"Não nos desanimemos de fazer o bem, pois, a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos." Paulo (Gálatas, 6:9)

Quando o buril começou a ferir o bloco de mármore embrutecido, a pedra, em desespero, clamou contra o próprio destino, mas depois, ao se perceber admirada, encarnando uma das mais belas concepções artísticas do mundo, louvou o cinzel que a dilacerara.
A lagarta arrastava-se com extrema dificuldade, e, vendo as flores tocadas de beleza e perfume, revoltava-se contra o corpo disforme; contudo, um dia, a massa viscosa em que se amargurava converteu-se nas asas de graciosa e ágil borboleta e, então, enalteceu o feio corpo com que a Natureza lhe preparara o vôo feliz.
O ferro rubro, colocado na bigorna, espantou-se e sofreu, inconformado; todavia, quando se viu desempenhando importantes funções nas máquinas do progresso, sorriu reconhecidamente para o fogo que o purificara e engrandecera.
A semente lançada à cova escura chorou, atormentada, e indagou por que motivo era confiada, assim, ao extremo abandono; entretanto, em se vendo transformada em arbusto, avançou para o Sol e fez-se árvore respeitada e generosa, abençoando a terra que a isolara no seu seio.
Não te canses de fazer o bem.
Quem hoje te não compreende a boa-vontade, amanhã te louvará o devotamento e o esforço.
Jamais te desesperes, e auxilia sempre.
A perseverança é a base da vitória.
Não olvidas que ceifarás, mais tarde, em tua lavoura de amor e luz, mas só alcançarás a divina colheita se caminhares para diante, entre o suor e a confiança, sem nunca desfaleceres.

(Xavier, Francisco Candido). (Da obra: "Fonte Viva").
(Ditado pelo Espírito Emmanuel).21a edição. Lição 124. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1997.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Sócrates e Platão. :-)


Devemos lembrar, também, de três outras
figuras importantes no mundo Oriental, que
foram Lao-Tse, Mêncio e Confúcio.
O primeiro, apresenta o Livro da Razão
Suprema, estabelecendo elevados princípios
morais; o segundo, em seu Tratado de Moral,
concita os homens à boa conduta, e, o terceiro,
trouxe a grande máxima: – “Não façais
aos outros o que não quereis que eles vos
façam.”

4 - SÓCRATES E PLATÃO

Sócrates, como o Cristo, nada escreveu.
O que sabemos, hoje, a respeito de sua doutrina,
foi escrito por Platão, seu discípulo.
Morreu condenado a tomar cicuta, por
haver atacado as crenças da época e colocado
a virtude acima da hipocrisia. Combateu,
de corpo e alma, os preconceitos religiosos
como o fez Jesus, a quem os fariseus também
acusaram de corromper o povo.
Como nosso objetivo principal é trazer,
através destas páginas, um pouco de conhecimento,
não só do Espiritismo, mas também
de mais algumas doutrinas espiritualistas,
que nos foram legadas por aqueles que antecederam
o Cristo, não podemos deixar de
inserir, aqui, alguns tópicos da doutrina
de Sócrates e Platão, que servirão para
mostrar a grande semelhança com os ensinos
que nos dão os Espíritos.
Vejamos:
“O homem é uma alma encarnada. Antes
da sua encarnação, existia unida aos
tipos primordiais, às idéias do verdadeiro,
do bem e do belo; separa-se
deles encarnando, e, recordando seu
passado, é mais ou menos atormentada
pelo desejo de voltar a ele.”
Aqui vemos a distinção entre o espírito
e a matéria, o que nos mostra o princípio
da preexistência da alma antes de reencarnar,
guardando intuição do mundo espiritual.
Está, desta forma, bem expressa a reencarnação.
E, continuando, vamos citar vários outros
trechos desta doutrina, que servem para
aclarar nosso espírito na compreensão de
que há um grande paralelo entre ela, a do
Cristo e o Espiritismo, embora seja esta
mais completa, mas, de qualquer forma,
Sócrates e Platão, no dizer de Kardec, pressentiram
a idéia cristã através de seus escritos.
“A alma – diziam eles – se transvia e
perturba, quando se serve do corpo
para considerar qualquer objeto; tem
vertigem como se estivesse ébria,
porque se prende a coisas que estão,
por sua natureza, sujeitas a mudanças;
ao passo que, quando contempla
sua própria essência, dirige-se para
o que é puro, eterno, imortal, e,
sendo ela dessa natureza, permanece
aí ligada, por tanto tempo quanto
possa. Cessam, então, os seus
3transviamentos, pois está unida ao
que é imutável e a esse estado da
alma é que se chama sabedoria.”
“Após a morte, o gênio (daimon, demônio),
que nos fora designado durante
a vida, leva-nos a um lugar onde se
reúnem todos os que têm de ser conduzidos
ao Hades, para serem julgados.
As almas, depois de haverem estado no
Hades o tempo necessário, são
reconduzidas a esta vida em múltiplos
e longos períodos.”
“Os demônios ocupam o espaço que separa
o céu da terra; constituem o
laço que une o Grande Todo a si mesmo.
Não entrando nunca a divindade em
comunicação direta com o homem, é por
intermédio dos demônios que os deuses
entram em contato e se entretêm
com eles, quer durante a vigília,
quer durante o sono.”
“A preocupação constante do filósofo
é a de tomar o maior cuidado com a
alma, menos pelo que respeita a esta
vida, que não dura mais que um instante,
do que tendo em vista a eternidade.
Desde que a alma é imortal,
não será prudente viver visando à
eternidade?”
“Se a alma é imaterial, tem que passar,
após esta vida, a um mundo igualmente
invisível e imaterial, do mesmo
modo que o corpo, decompondo-se,
volta à matéria. Muito importa no
entanto distinguir bem a alma pura,
verdadeiramente imaterial, que se alimente,
como Deus, de ciência e pensamentos,
da alma mais ou menos maculada
de impurezas materiais, que a impedem
de elevar-se para o divino e a
retém nos lugares da sua estada na
terra.”
“Se a morte fosse a dissolução completa
do homem, muito ganhariam com a
morte os maus, pois se veriam livres,
ao mesmo tempo, do corpo, da alma e
dos vícios. Aquele que guarnecer a
alma, não de ornamentos estranhos,
mas com os que lhes são próprios, só
esse poderá aguardar tranqüilamente
a hora da sua partida para o outro
mundo.”
“O corpo conserva bem impressos os
vestígios dos cuidados de que foi
objeto e dos acidentes que sofre. Dáse
o mesmo com a alma. Quando despida
do corpo, ela guarda evidentes os
traços de seu caráter, de suas afeições
e as marcas que lhe deixaram
todos os atos de sua vida. Assim, a
maior desgraça que pode acontecer ao
homem é ir para outro mundo com a
alma carregada de crimes. Vês,
Cálicles, que nem tu, nem Pólux, nem
Górgias podereis provar que devamos
levar outra vida que nos seja útil
quando estejamos do outro lado. De
tantas opiniões diversas, a única que
permanece inabalável é a que mais
vale receber do que cometer uma injustiça
e que, acima de tudo, devemos
cuidar, não de parecer, mas de ser
homem de bem.”
“De duas uma: ou a morte é uma destruição
absoluta, ou é passagem da
alma para outro lugar. Se tudo tem
que se extinguir, a morte será como
uma dessas raras noites que passamos
sem sonho e sem nenhuma consciência
de nós mesmos. Porém, se a morte é
apenas uma mudança de morada, a passagem
para o lugar onde os mortos se
têm de reunir, que felicidade a de
encontrarmos lá aqueles a quem conhecemos!
O meu maior prazer seria
examinar de perto os habitantes dessa
outra morada e de distinguir lá,
como aqui, os que são dignos dos que
se julgam tais e não o são. Mas, é
tempo de nos separarmos, eu para morrer,
vós para viverdes,”
“Nunca se deve retribuir com outra
injustiça, nem fazer mal a ninguém,
seja qual for o dano que nos hajam
causado. Poucos, no entanto, serão
os que admitem este princípio e os
que se desentenderem a tal respeito
nada farão mais, sem dúvida, do que
votarem uns aos outros mútuo desprezo.”
“É pelos frutos que se conhece a árvore.
Toda ação deve ser qualificada
pelo que produz: qualificá-la de má,
quando dela provenha o mal; de boa,
quando dê origem ao bem.”
“A riqueza é um grande perigo. Todo
homem que ama a riqueza não ama a si
mesmo, nem ao que é seu; ama a uma
coisa que lhe é ainda estranha do que
o que lhe pertence.”
“É disposição natural em todos nós a
de nos apercebermos muito menos dos
nossos defeitos, do que nos de outrem.”
“Se os médicos são mal sucedidos,
tratando da maior parte das moléstias,
é que tratam do corpo sem tratarem
da alma. Ora, não se achando o
todo em bom estado, impossível é que
uma parte dele passa bem.”
“Todos os homens, a partir da infância,
muito mais fazem de mal do que
de bem.”
Conforme acabamos de ver, estes ensinos,
que foram difundidos quase quinhentos
anos antes do Cristo, encerram grandes verdades
que, no século XIX, foram confirmadas
pelo Consolador Prometido, personificado na
Doutrina Espírita, a qual representa, há
mais de um século, o Cristianismo Redivivo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

DOUTRINAS ESPIRITUALISTAS. :-)


Falar sobre todas as doutrinas
espiritualistas existentes no mundo é tarefa
dificílima, pois seu número é bastante
elevado, o que exigiria muito espaço e tempo.
Como nosso trabalho limita-se apenas a
apresentar alguns ensinos principais, mas
resumidos, objetivando, dessa forma, facilitar
mais àqueles que não dispõem de tempo
e nem mesmo de muitas obras de consulta, é
que resolvemos abordar um pouco de cada
assunto que, sobremaneira, interessa aos
que desejam formar cultura generalizada no
campo espiritual.
Assim, considerando que as doutrinas
espiritualistas, notadamente as da antigüidade,
vêm trazer apreciável subsídio para
o leitor no que diz respeito aos seus conhecimentos
espirituais, é que achamos conveniente
citar algumas dessas doutrinas,
que serviram para o desenvolvimento dos chamados
“iniciados” de antanho.
Quando falamos em iniciados, lembramonos
logo de Moisés – o salvo das águas do
rio Nilo – segundo narrativa bíblica.
Moisés fora educado na corte dos Faraós,
tornando-se um grande iniciado daquele época.
Seus livros, que constituem o chamado
Pentateuco, deixam transparecer, claramente,
que ele era dotado de grandes conhecimentos
das ciências secretas, daquele tempo.
Ao que estamos informados, muitas eram
as fontes de consulta de então, as quais
teriam servido para aprimorar seu conhecimento
no terreno da filosofia espiritualista,
tornando-se, dessa forma, um dos grandes
iniciados da época.

1 - OS VEDAS

Não podemos precisar a data em que foram
escritas estas obras, mas Souryo Shiddanto
(em sânscrito “tratado do deus do sol”),
obra de astronomia, cuja composição remonta,
em sua parte mais antiga, ao século IV
a.C., já nos fala dos Vedas.
Estas obras constituem a Bíblia da Índia
e nelas encontramos preciosos ensinos
espiritualistas, como a comunicabilidade dos
espíritos, a reencarnação, a pluralidade
dos mundos, além de sábios conselhos, muitos
deles semelhantes aos que nos foram
legados pelo Cristo.
Quanto à comunicabilidade dos espíritos,
lemos nos Vedas que, no sacrifício do
fogo, muito usado na antigüidade, compareciam
os Espíritos denominados Assouras,
que no panteão indiano constituem divindades
do mal, e os Pitris, que eram almas dos
antepassados, e dele tomavam parte.
Como se vê, desde as mais remotas eras
já se estabelecia a comunicação entre os
dois mundos, dando prova, assim, da sobrevivência
do Espírito após a morte do corpo
físico.
Devemos citar, ainda, para maiores esclarecimentos,
que os Vedas encerram preciosos
ensinos no campo do amor e do perdão.
O que se segue é um exemplo de sua sublimidade:
“Sê, para o teu inimigo, o que é a
terra que devolve farta colheita ao
lavrador que lhe rasga o seio. Sê,
para aquele que te aflige, o que é o
sândalo da floresta que perfuma o
machado do lenhador que o corta.”
Os ensinos da pluralidade das existências,
ou seja, da reencarnação da alma,
eram conservados na tradição oral dos cânticos
védicos; foram divulgados somente após a
compilação dos Vedas pelo sábio brâmane,
Vyasa, cerca de 14 séculos a.C., e fixados
definitivamente entre os séculos XII e XI,
quando a escrita foi introduzida na Índia
pela influência dos fenícios.

2 - KRISHNA

Continuando nosso estudo em torno de
algumas doutrinas espiritualistas da antigüidade,
devemos lembrar o grande pensador
brâmane, Krishna, que foi o inspirador das
crenças dos indus. Através de sua doutrina,
verificamos que a imortalidade da alma, as
vidas sucessivas, a lei de causa e efeito,
faziam parte dos seus ensinos.
A doutrina de Krishna se contém inteirinha
no Bhagavad-Gita, que é um dos hinos do
Mahabhárata e, por sinal, a mais bela e
profunda mensagem de filosofia que nos legou
a antigüidade.
“O corpo – dizia ele – envoltório da
alma que aí faz sua morada, é uma
coisa finita; porém a alma que o habita
é imortal, imponderável e eterna”.
Esses ensinos nos mostram a imortalidade
da alma como princípio básico, e que a
vida do corpo é transitória.
“Todo renascimento, feliz ou desgraçado,
é uma conseqüência das obras
praticadas em vidas anteriores.”
Aí está patente a lei de causa e efeito.
Colhemos o fruto oriundo da semente que
lançamos.
Com referência à reencarnação, dizia ele:
“Tanto eu como vós temos tido vários
nascimentos. Os meus, só de mim são
conhecidos, porém vós nem mesmo os
vossos conheceis.”
Ao que parece, Krishna, em decorrência
de sua evolução, lembrava-se das encarnações
pretéritas.
Ainda, sobre reencarnação, devemos citar
mais este ensinamento:
“Como a gente tira do corpo as roupas
usadas e as substitui por outras novas
e melhores, assim, também, o habitante
do corpo (Espírito), tendo
abandonado a velha morada mortal,
entra em outra nova e recém-preparada
para ele.”
Sobre a moral, pregava Krishna:
“Os males com que afligimos o próximo
nos perseguem, assim como a sombra
segue o corpo.”
“As obras inspiradas pelo amor dos
nossos semelhantes são as que mais
pesarão na balança celeste.”
“O homem virtuoso é semelhante a uma
árvore gigantesca, cuja sombra benéfica
permite frescura e vida às plantas
que a cercam”.
“Se convives com os bons, teus exemplos
serão inúteis; não temas habitar
entre os maus para os reconduzir
ao bem.”
São ensinamentos que muito se assemelham
aos de Jesus, porquanto fora Krishna
um de seus enviados.

3 - BUDA

Outro missionário que veio ao mundo para
trazer ensinos de amor e de perdão foi Buda,
cujo nome verdadeiro era Gautama Sáquia Muni
(Gautama é o nome étnico e designa o clã a
que pertencia Buda. Quanto a Sáquia Muni
designa “o santo oriundo dos Sáquias” –
família de guerreiros).
Buda viveu cerca de 600 anos a.C. Renunciou
às grandezas, à vida faustosa para
isolar-se nas florestas, às margens dos
grandes rios asiáticos, em profunda meditação
e estudo, durante sete anos, reaparecendo,
depois, para pregar a necessidade de
se praticar o bem, porque “o bem – dizia
ele – é o fim supremo da natureza.”
Sobre reencarnação disse:
“O que é que julgais, ó discípulos,
seja maior: a água do vasto oceano,
ou as lágrimas que vertestes, quando,
na longa jornada, errastes ao
acaso, de renascimento em
renascimento, unidos àquilo que
odiastes, separados daquilo que
amastes? Uma vida curta, uma vida
longa, um estado mórbido, uma boa
saúde, o poder, a fraqueza, a fortuna,
a pobreza, a ciência, a ignorância...
tudo isso depende de atos cometidos
em anteriores existências.”
“As almas não penetram no ‘mundo das
formas’ senão para trabalhar no complemento
da sua obra de aperfeiçoamento
e elevação. Podem realizar isso
pelos Upanichades e completá-lo pelo
Purana ou amor.”
(Os Upanishades são tratados de mística
hindu, que se reportam aos Vedas, especialmente
ao Yadjur-Veda).
“A ciência e o amor são dois fatores
essenciais do Universo. Enquanto não
os adquirir, o ser está condenado a
prosseguir na série de reencarnações
terrestres.”
Sobre os males decorrentes da ignorância,
devemos citar este outro ensino, que
está sempre atualizado:
“A ignorância é o mal soberano de que
decorrem o sofrimento e a miséria
humana. O conhecimento é o principal
meio para se adquirir a elevação da
vida material e espiritual.”
É interessante notar haver Buda colocado
o conhecimento como base da elevação
espiritual, o que atesta a importância dada,
já naquela época, ao estudo das ciências da
alma e, conseqüentemente, do princípio das
coisas, para a realização desse desiderato.
Podíamos falar ainda mais sobre este
grande missionário, mas, dada a exigüidade
de espaço, limitamo-nos, apenas, a estas
citações, concluindo com a afirmativa de
que a doutrina de Buda é toda de amor e
caridade, oferecendo, assim, profunda analogia
com os ensinos legados por Jesus.
 

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