sábado, 31 de maio de 2025

Quem foi Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti ou "Bezerra de Menezes".

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Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900) é uma das figuras mais emblemáticas e reverenciadas do Espiritismo no Brasil. Conhecido como o "Médico dos Pobres" e, por muitos, como o "Kardec Brasileiro", sua vida e obra foram dedicadas à caridade, à medicina e à incansável divulgação da Doutrina Espírita.

Trajetória de Vida e Contribuições:

  • Médico e Político: Formado em medicina, Bezerra de Menezes se destacou por sua abnegação e altruísmo. Ele atendia a todos, especialmente os mais necessitados, sem cobrar por seus serviços quando percebia a carência. Sua carreira política também foi marcante, atuando como deputado geral e vereador, sempre com foco em questões sociais e humanitárias.
  • Conversão ao Espiritismo: Embora já tivesse uma predisposição natural para a espiritualidade, seu contato definitivo com o Espiritismo se deu por volta de 1875, ao ler "O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec. Sua adesão à doutrina foi pública e corajosa, num período em que o Espiritismo enfrentava forte preconceito e perseguição.
  • Liderança e Unificação do Movimento Espírita: Bezerra de Menezes desempenhou um papel crucial na organização e unificação do movimento espírita brasileiro. Assumiu a presidência da Federação Espírita Brasileira (FEB) em um momento de grandes desafios, conseguindo conciliar diferentes correntes e impulsionar a difusão do Espiritismo por todo o país. Sua liderança foi fundamental para a consolidação da doutrina.
  • Escritos e Divulgação: Ele foi um prolífico escritor, produzindo diversos artigos e livros que esclareciam e propagavam os princípios espíritas. Suas obras, como "A Loucura Sob Novo Prisma" e "A Casa Assombrada", abordavam temas médicos e espirituais, sempre com uma linguagem clara e acessível. Ele também colaborou ativamente com o jornal espírita "O Reformador", um importante veículo de comunicação da época.
  • Exemplo de Caridade: A vida de Bezerra de Menezes foi um testemunho vivo dos princípios de caridade e amor ao próximo, centrais ao Espiritismo. Sua dedicação aos doentes e aos marginalizados o tornou uma figura muito querida e respeitada.

Legado no Espiritismo Brasileiro:

Mesmo após seu desencarne em 1900, o legado de Bezerra de Menezes permanece fortíssimo no Espiritismo.

  • Inspiração: Sua trajetória de vida serve de inspiração para incontáveis espíritas e trabalhadores do bem, que veem nele um modelo de conduta moral e dedicação.
  • Patrono Espiritual: Ele é considerado um mentor espiritual de diversas casas espíritas e trabalhos de assistência social no Brasil. Muitos centros espíritas levam seu nome e buscam seguir seus exemplos de caridade e estudo.
  • Continuidade de Trabalho: Acredita-se que, no plano espiritual, Bezerra de Menezes continua atuando em prol da humanidade, inspirando e auxiliando médiuns e instituições espíritas através de mensagens e orientações. Médiuns como Divaldo Pereira Franco e Chico Xavier psicografaram mensagens atribuídas a Bezerra de Menezes, que continuam a oferecer valiosos ensinamentos.

Em resumo, Bezerra de Menezes foi muito mais do que um médico e político; ele foi um apóstolo do Espiritismo, um disseminador incansável da caridade e um dos grandes pilares na construção do movimento espírita no Brasil, cujo impacto é sentido até os dias de hoje.

Qual era a opinião de Divaldo Franco com relação a Guerra na Ucrânia?

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 Divaldo Franco, renomado médium e orador espírita, ao se pronunciar sobre a guerra na Ucrânia, o fez sob a ótica da Doutrina Espírita, enfatizando os aspectos morais e evolutivos dos conflitos humanos. Sua visão geralmente se alinha com os princípios espíritas sobre a imperfeição humana, o livre-arbítrio e o processo de evolução.

Embora não haja um "discurso oficial" único e exaustivo de Divaldo sobre o conflito, podemos inferir sua opinião a partir de suas falas e escritos gerais sobre a guerra e o sofrimento, bem como de vídeos e entrevistas em que abordou o tema.

Pontos-chave da sua provável opinião (e da visão espírita em geral):

  • Manifestação da imperfeição humana: A guerra é vista como um reflexo da imaturidade espiritual da humanidade. Ela surge da predominância do egoísmo, do orgulho, do apego material e das paixões inferiores sobre a razão e o amor. É o "direito do mais forte" em ação, típico de mundos de provas e expiações.
  • Consequência do livre-arbítrio e do carma: Os conflitos são resultantes das escolhas e ações passadas dos indivíduos e das coletividades. Não se trata de uma punição divina, mas sim da lei de causa e efeito em ação. Aqueles que causam sofrimento e morte terão a oportunidade de ressarcir seus erros em futuras existências.
  • O sofrimento como instrumento de progresso: Embora dolorosa, a guerra, do ponto de vista espírita, pode impulsionar a humanidade ao progresso moral e intelectual. O sofrimento gerado pelos conflitos leva à reflexão, à busca pela paz e à valorização da vida, da fraternidade e da solidariedade. É um meio, ainda que brutal, para que os seres humanos compreendam a futilidade da violência e busquem a harmonia.
  • Necessidade da paz interior para a paz exterior: Divaldo sempre enfatiza que a paz no mundo começa na paz individual. Os conflitos externos são um reflexo dos conflitos internos da alma humana. Somente quando os indivíduos se pacificarem e cultivarem os valores do amor e da fraternidade é que a guerra desaparecerá da face da Terra.
  • Não justificação da violência: Apesar de entender as causas e as consequências no plano evolutivo, a visão espírita não justifica a violência. A guerra é uma tragédia que gera um imenso débito cármico para os seus promotores e um sofrimento desnecessário para as vítimas.
  • O papel do auxílio espiritual: Espíritos superiores atuam constantemente para mitigar o sofrimento e inspirar a paz, amparando os sofredores e trabalhando nos planos espirituais para a regeneração da humanidade. Há um movimento de amparo e encaminhamento dos desencarnados em massa nos conflitos.
  • Perspectiva de um mundo de regeneração: A guerra na Ucrânia, como outras guerras, é vista como um "aviso" de que o planeta está em transição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração. Nesse novo estágio, a dor cederá lugar à alegria de viver, quando a humanidade tiver compreendido a justiça e praticado a lei de Deus.

Em síntese, Divaldo Franco, a partir da perspectiva espírita, não justificaria a guerra, mas a interpretaria como um doloroso, porém instrutivo, estágio no processo de evolução da humanidade, que eventualmente culminará na paz universal quando o homem desenvolver a fraternidade e o amor.

O Espiritismo versus Catolicismo é preconceito ou questão religiosa?

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 A aversão da grande maioria da população ao espiritismo, especialmente no Brasil, é uma questão complexa que envolve tanto preconceito quanto diferenças religiosas, particularmente em relação ao Catolicismo.


Preconceito e Desconhecimento

O desconhecimento sobre o que o espiritismo realmente é um fator importante. Muitas vezes, a imagem do espiritismo é associada a:

  • Práticas distorcidas: Alguns o veem como charlatanismo, magia negra ou "coisa do demônio", devido a representações equivocadas na mídia ou à confusão com outras práticas esotéricas ou religiões afro-brasileiras.
  • Medo do desconhecido: A ideia de comunicação com os mortos pode gerar receio em pessoas que não compreendem a doutrina espírita, que a vê como um processo natural de evolução espiritual.
  • Estigma histórico: O espiritismo já foi alvo de perseguição e marginalização em diferentes momentos da história, sendo inclusive associado a doenças mentais no passado. Esse estigma ainda persiste em certas camadas da sociedade.
  • Conceitos errôneos: Há quem acredite que o espiritismo prega a possessão ou o mal, o que não corresponde à sua doutrina que preza pela caridade, moralidade e progresso espiritual.

Questão Religiosa (Catolicismo)

A diferença doutrinária entre o espiritismo e o Catolicismo é um ponto crucial para a rejeição por parte de muitos católicos. A Igreja Católica tem uma postura clara e histórica de condenação a práticas como a evocação dos mortos e a crença na reencarnação, que são pilares do espiritismo.

Alguns dos principais pontos de divergência que levam à condenação e, consequentemente, à rejeição por parte dos católicos incluem:

  • Comunicação com os mortos: A Igreja Católica proíbe a necromancia e a evocação de espíritos, considerando-as contrárias à fé e à honra devida a Deus. O Catecismo da Igreja Católica condena todas as formas de adivinhação, incluindo o recurso a médiuns.
  • Reencarnação vs. Ressurreição: O espiritismo prega a reencarnação como um processo de aperfeiçoamento contínuo da alma. O Catolicismo, por sua vez, acredita na ressurreição do corpo e na vida eterna após uma única existência terrena, onde o destino da alma é determinado pelo julgamento divino.
  • Dogmas de Fé: O espiritismo não aceita dogmas centrais do Catolicismo, como a Santíssima Trindade, a divindade plena de Jesus Cristo, e o papel salvífico da crucificação e ressurreição de Cristo. A doutrina espírita propõe um caminho de salvação diferente, baseado no progresso moral e intelectual.
  • Autoridade Religiosa: Enquanto o Catolicismo possui uma hierarquia e dogmas bem definidos, o espiritismo se baseia nos ensinamentos codificados por Allan Kardec, que são vistos como uma revelação progressiva.

Para a Igreja Católica, aderir ao espiritismo implica em negar fundamentos essenciais da fé católica, podendo até mesmo levar à excomunhão automática em alguns casos, dependendo do grau de adesão às práticas espíritas.


Conclusão

Em resumo, a forma como a população em geral vê o espiritismo é uma mistura de:

  • Preconceito, alimentado pela falta de conhecimento sobre a doutrina, pela associação com práticas equivocadas e pelo estigma histórico.
  • Diferenças doutrinárias irreconciliáveis com o Catolicismo, que é a religião predominante no Brasil. A Igreja Católica, por sua vez, proíbe explicitamente a adesão ao espiritismo devido às suas crenças fundamentais serem antagônicas.

É importante notar que o espiritismo prega o respeito a todas as religiões e busca a fraternidade. No entanto, a visão externa, especialmente a partir de uma perspectiva católica, muitas vezes se baseia nas diferenças teológicas e na condenação histórica, gerando a percepção negativa

Prof. Divaldo Franco seu legado ficara para sempre.

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Divaldo Pereira Franco foi um renomado professor, médium, escritor, orador e filantropo brasileiro, considerado um dos maiores divulgadores da doutrina espírita. Ele nasceu em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana, na Bahia.

Desde a infância, Divaldo relatava ter comunicação com os espíritos. Cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, formando-se como professor primário em 1943.

Divaldo Franco dedicou sua vida às causas humanitárias e à divulgação do espiritismo. Como médium, psicografou cerca de 300 livros, que juntos venderam milhões de exemplares e foram traduzidos para diversos idiomas. Os direitos autorais desses livros foram integralmente doados para sua maior obra social: a Mansão do Caminho, em Salvador (BA), que ele fundou há mais de 60 anos. A Mansão do Caminho é um complexo filantrópico que atende milhares de pessoas, incluindo crianças, jovens e adultos, oferecendo acolhimento, educação e formação profissional.

Ele viajou o mundo em conferências e seminários, representando o espiritismo em eventos na ONU e em instituições ligadas aos direitos humanos e à paz mundial. Em 1998, criou o movimento ecumênico "Você e a Paz", que busca promover a fraternidade, o diálogo e a não violência.

Divaldo Franco era visto por muitos como o principal nome do espiritismo no Brasil após a morte de Chico Xavier. Ele faleceu em 13 de maio de 2025, aos 98 anos, em Salvador. Sua vida e obra foram tema de livros biográficos, como "O Semeador de Estrelas" e "Divaldo Franco: Uma Vida com os Espíritos", além de um filme, "Divaldo - O Mensageiro da Paz".

 

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