segunda-feira, 2 de junho de 2025

Quem é José Raul Teixeira ou somente Raul Teixeira.

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Infância e Início na Mediunidade: Nascido em Niterói, Rio de Janeiro, em 7 de outubro de 1949, Raul Teixeira demonstrou interesse pela espiritualidade desde cedo. Embora sua família não fosse espírita, ele foi apoiado em sua busca por conhecimento. Aos três anos de idade, já dava sinais de sua missão. Durante a adolescência, chegou a ler a Bíblia cinco vezes, buscando respostas para suas visões espirituais, que eram por vezes confundidas com "obras de Satanás" por sacerdotes católicos. Ele ingressou oficialmente no espiritismo em 8 de abril de 1967, no Grupo Espírita Leôncio de Albuquerque, em Niterói.

Formação Acadêmica: Academicamente, Raul Teixeira é licenciado em Física pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e possui mestrado e doutorado em Educação pela mesma instituição. Ele é professor aposentado da UFF. Sua formação acadêmica contribui para a clareza e profundidade de suas palestras e obras, onde frequentemente integra conceitos científicos com os princípios espíritas.

Atuação Mediúnica e Obras: Como médium, Raul Teixeira é conhecido por suas psicografias, tendo recebido quase quatro dezenas de livros publicados pela Editora Fráter. Entre os espíritos que o auxiliam, destaca-se Camilo, seu guia espiritual, que se manifestou pela primeira vez em 1974. Algumas de suas obras abordam temas como o amor, a paz, a educação, a vida no plano espiritual e a doutrina espírita.

Oratória e Viagens: Raul Teixeira é um dos conferencistas espíritas mais requisitados da atualidade no Brasil e no exterior. Ele já levou a mensagem espírita a quarenta e cinco países, sendo um importante divulgador da doutrina. Sua capacidade de explicar conceitos complexos de forma acessível e cativante o tornou muito popular. Em 2012, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o que o impossibilitou de proferir palestras por um tempo, mas ele continuou a participar de eventos e atividades do movimento espírita.

Obra Social: Em 1980, com um grupo de idealistas espíritas, Raul Teixeira fundou a Sociedade Espírita Fraternidade (SEF), em Niterói. Dentro da SEF, foi criado o Remanso Fraterno, uma obra social que atende a crianças e famílias socialmente carentes, apoiando-as em seu soerguimento material e espiritual. O Remanso Fraterno foi reconhecido como uma das cem melhores ONGs do Brasil pela Revista Época em 2017, demonstrando o impacto de sua atuação filantrópica.

A vida e obra de Raul Teixeira são marcadas pela dedicação ao espiritismo, à educação e à assistência social, consolidando-o como uma das grandes referências do movimento espírita contemporâneo.

sábado, 31 de maio de 2025

Quem foi Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti ou "Bezerra de Menezes".

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Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900) é uma das figuras mais emblemáticas e reverenciadas do Espiritismo no Brasil. Conhecido como o "Médico dos Pobres" e, por muitos, como o "Kardec Brasileiro", sua vida e obra foram dedicadas à caridade, à medicina e à incansável divulgação da Doutrina Espírita.

Trajetória de Vida e Contribuições:

  • Médico e Político: Formado em medicina, Bezerra de Menezes se destacou por sua abnegação e altruísmo. Ele atendia a todos, especialmente os mais necessitados, sem cobrar por seus serviços quando percebia a carência. Sua carreira política também foi marcante, atuando como deputado geral e vereador, sempre com foco em questões sociais e humanitárias.
  • Conversão ao Espiritismo: Embora já tivesse uma predisposição natural para a espiritualidade, seu contato definitivo com o Espiritismo se deu por volta de 1875, ao ler "O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec. Sua adesão à doutrina foi pública e corajosa, num período em que o Espiritismo enfrentava forte preconceito e perseguição.
  • Liderança e Unificação do Movimento Espírita: Bezerra de Menezes desempenhou um papel crucial na organização e unificação do movimento espírita brasileiro. Assumiu a presidência da Federação Espírita Brasileira (FEB) em um momento de grandes desafios, conseguindo conciliar diferentes correntes e impulsionar a difusão do Espiritismo por todo o país. Sua liderança foi fundamental para a consolidação da doutrina.
  • Escritos e Divulgação: Ele foi um prolífico escritor, produzindo diversos artigos e livros que esclareciam e propagavam os princípios espíritas. Suas obras, como "A Loucura Sob Novo Prisma" e "A Casa Assombrada", abordavam temas médicos e espirituais, sempre com uma linguagem clara e acessível. Ele também colaborou ativamente com o jornal espírita "O Reformador", um importante veículo de comunicação da época.
  • Exemplo de Caridade: A vida de Bezerra de Menezes foi um testemunho vivo dos princípios de caridade e amor ao próximo, centrais ao Espiritismo. Sua dedicação aos doentes e aos marginalizados o tornou uma figura muito querida e respeitada.

Legado no Espiritismo Brasileiro:

Mesmo após seu desencarne em 1900, o legado de Bezerra de Menezes permanece fortíssimo no Espiritismo.

  • Inspiração: Sua trajetória de vida serve de inspiração para incontáveis espíritas e trabalhadores do bem, que veem nele um modelo de conduta moral e dedicação.
  • Patrono Espiritual: Ele é considerado um mentor espiritual de diversas casas espíritas e trabalhos de assistência social no Brasil. Muitos centros espíritas levam seu nome e buscam seguir seus exemplos de caridade e estudo.
  • Continuidade de Trabalho: Acredita-se que, no plano espiritual, Bezerra de Menezes continua atuando em prol da humanidade, inspirando e auxiliando médiuns e instituições espíritas através de mensagens e orientações. Médiuns como Divaldo Pereira Franco e Chico Xavier psicografaram mensagens atribuídas a Bezerra de Menezes, que continuam a oferecer valiosos ensinamentos.

Em resumo, Bezerra de Menezes foi muito mais do que um médico e político; ele foi um apóstolo do Espiritismo, um disseminador incansável da caridade e um dos grandes pilares na construção do movimento espírita no Brasil, cujo impacto é sentido até os dias de hoje.

Qual era a opinião de Divaldo Franco com relação a Guerra na Ucrânia?

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 Divaldo Franco, renomado médium e orador espírita, ao se pronunciar sobre a guerra na Ucrânia, o fez sob a ótica da Doutrina Espírita, enfatizando os aspectos morais e evolutivos dos conflitos humanos. Sua visão geralmente se alinha com os princípios espíritas sobre a imperfeição humana, o livre-arbítrio e o processo de evolução.

Embora não haja um "discurso oficial" único e exaustivo de Divaldo sobre o conflito, podemos inferir sua opinião a partir de suas falas e escritos gerais sobre a guerra e o sofrimento, bem como de vídeos e entrevistas em que abordou o tema.

Pontos-chave da sua provável opinião (e da visão espírita em geral):

  • Manifestação da imperfeição humana: A guerra é vista como um reflexo da imaturidade espiritual da humanidade. Ela surge da predominância do egoísmo, do orgulho, do apego material e das paixões inferiores sobre a razão e o amor. É o "direito do mais forte" em ação, típico de mundos de provas e expiações.
  • Consequência do livre-arbítrio e do carma: Os conflitos são resultantes das escolhas e ações passadas dos indivíduos e das coletividades. Não se trata de uma punição divina, mas sim da lei de causa e efeito em ação. Aqueles que causam sofrimento e morte terão a oportunidade de ressarcir seus erros em futuras existências.
  • O sofrimento como instrumento de progresso: Embora dolorosa, a guerra, do ponto de vista espírita, pode impulsionar a humanidade ao progresso moral e intelectual. O sofrimento gerado pelos conflitos leva à reflexão, à busca pela paz e à valorização da vida, da fraternidade e da solidariedade. É um meio, ainda que brutal, para que os seres humanos compreendam a futilidade da violência e busquem a harmonia.
  • Necessidade da paz interior para a paz exterior: Divaldo sempre enfatiza que a paz no mundo começa na paz individual. Os conflitos externos são um reflexo dos conflitos internos da alma humana. Somente quando os indivíduos se pacificarem e cultivarem os valores do amor e da fraternidade é que a guerra desaparecerá da face da Terra.
  • Não justificação da violência: Apesar de entender as causas e as consequências no plano evolutivo, a visão espírita não justifica a violência. A guerra é uma tragédia que gera um imenso débito cármico para os seus promotores e um sofrimento desnecessário para as vítimas.
  • O papel do auxílio espiritual: Espíritos superiores atuam constantemente para mitigar o sofrimento e inspirar a paz, amparando os sofredores e trabalhando nos planos espirituais para a regeneração da humanidade. Há um movimento de amparo e encaminhamento dos desencarnados em massa nos conflitos.
  • Perspectiva de um mundo de regeneração: A guerra na Ucrânia, como outras guerras, é vista como um "aviso" de que o planeta está em transição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração. Nesse novo estágio, a dor cederá lugar à alegria de viver, quando a humanidade tiver compreendido a justiça e praticado a lei de Deus.

Em síntese, Divaldo Franco, a partir da perspectiva espírita, não justificaria a guerra, mas a interpretaria como um doloroso, porém instrutivo, estágio no processo de evolução da humanidade, que eventualmente culminará na paz universal quando o homem desenvolver a fraternidade e o amor.

O Espiritismo versus Catolicismo é preconceito ou questão religiosa?

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 A aversão da grande maioria da população ao espiritismo, especialmente no Brasil, é uma questão complexa que envolve tanto preconceito quanto diferenças religiosas, particularmente em relação ao Catolicismo.


Preconceito e Desconhecimento

O desconhecimento sobre o que o espiritismo realmente é um fator importante. Muitas vezes, a imagem do espiritismo é associada a:

  • Práticas distorcidas: Alguns o veem como charlatanismo, magia negra ou "coisa do demônio", devido a representações equivocadas na mídia ou à confusão com outras práticas esotéricas ou religiões afro-brasileiras.
  • Medo do desconhecido: A ideia de comunicação com os mortos pode gerar receio em pessoas que não compreendem a doutrina espírita, que a vê como um processo natural de evolução espiritual.
  • Estigma histórico: O espiritismo já foi alvo de perseguição e marginalização em diferentes momentos da história, sendo inclusive associado a doenças mentais no passado. Esse estigma ainda persiste em certas camadas da sociedade.
  • Conceitos errôneos: Há quem acredite que o espiritismo prega a possessão ou o mal, o que não corresponde à sua doutrina que preza pela caridade, moralidade e progresso espiritual.

Questão Religiosa (Catolicismo)

A diferença doutrinária entre o espiritismo e o Catolicismo é um ponto crucial para a rejeição por parte de muitos católicos. A Igreja Católica tem uma postura clara e histórica de condenação a práticas como a evocação dos mortos e a crença na reencarnação, que são pilares do espiritismo.

Alguns dos principais pontos de divergência que levam à condenação e, consequentemente, à rejeição por parte dos católicos incluem:

  • Comunicação com os mortos: A Igreja Católica proíbe a necromancia e a evocação de espíritos, considerando-as contrárias à fé e à honra devida a Deus. O Catecismo da Igreja Católica condena todas as formas de adivinhação, incluindo o recurso a médiuns.
  • Reencarnação vs. Ressurreição: O espiritismo prega a reencarnação como um processo de aperfeiçoamento contínuo da alma. O Catolicismo, por sua vez, acredita na ressurreição do corpo e na vida eterna após uma única existência terrena, onde o destino da alma é determinado pelo julgamento divino.
  • Dogmas de Fé: O espiritismo não aceita dogmas centrais do Catolicismo, como a Santíssima Trindade, a divindade plena de Jesus Cristo, e o papel salvífico da crucificação e ressurreição de Cristo. A doutrina espírita propõe um caminho de salvação diferente, baseado no progresso moral e intelectual.
  • Autoridade Religiosa: Enquanto o Catolicismo possui uma hierarquia e dogmas bem definidos, o espiritismo se baseia nos ensinamentos codificados por Allan Kardec, que são vistos como uma revelação progressiva.

Para a Igreja Católica, aderir ao espiritismo implica em negar fundamentos essenciais da fé católica, podendo até mesmo levar à excomunhão automática em alguns casos, dependendo do grau de adesão às práticas espíritas.


Conclusão

Em resumo, a forma como a população em geral vê o espiritismo é uma mistura de:

  • Preconceito, alimentado pela falta de conhecimento sobre a doutrina, pela associação com práticas equivocadas e pelo estigma histórico.
  • Diferenças doutrinárias irreconciliáveis com o Catolicismo, que é a religião predominante no Brasil. A Igreja Católica, por sua vez, proíbe explicitamente a adesão ao espiritismo devido às suas crenças fundamentais serem antagônicas.

É importante notar que o espiritismo prega o respeito a todas as religiões e busca a fraternidade. No entanto, a visão externa, especialmente a partir de uma perspectiva católica, muitas vezes se baseia nas diferenças teológicas e na condenação histórica, gerando a percepção negativa

Prof. Divaldo Franco seu legado ficara para sempre.

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Divaldo Pereira Franco foi um renomado professor, médium, escritor, orador e filantropo brasileiro, considerado um dos maiores divulgadores da doutrina espírita. Ele nasceu em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana, na Bahia.

Desde a infância, Divaldo relatava ter comunicação com os espíritos. Cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, formando-se como professor primário em 1943.

Divaldo Franco dedicou sua vida às causas humanitárias e à divulgação do espiritismo. Como médium, psicografou cerca de 300 livros, que juntos venderam milhões de exemplares e foram traduzidos para diversos idiomas. Os direitos autorais desses livros foram integralmente doados para sua maior obra social: a Mansão do Caminho, em Salvador (BA), que ele fundou há mais de 60 anos. A Mansão do Caminho é um complexo filantrópico que atende milhares de pessoas, incluindo crianças, jovens e adultos, oferecendo acolhimento, educação e formação profissional.

Ele viajou o mundo em conferências e seminários, representando o espiritismo em eventos na ONU e em instituições ligadas aos direitos humanos e à paz mundial. Em 1998, criou o movimento ecumênico "Você e a Paz", que busca promover a fraternidade, o diálogo e a não violência.

Divaldo Franco era visto por muitos como o principal nome do espiritismo no Brasil após a morte de Chico Xavier. Ele faleceu em 13 de maio de 2025, aos 98 anos, em Salvador. Sua vida e obra foram tema de livros biográficos, como "O Semeador de Estrelas" e "Divaldo Franco: Uma Vida com os Espíritos", além de um filme, "Divaldo - O Mensageiro da Paz".

 

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