segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

2ªParte "A Umbanda não é uma Doutrina Espirita".


É preciso que se saiba que “todo espírita
é necessariamente espiritualista, mas
nem todos os espiritualistas são espíritas”.
Embora seja a Doutrina Espírita uma doutrina
espiritualista, por excelência, é
necessário fazer-se distinção das demais
correntes espiritualistas.
Para exemplo, tomemos a Umbanda, seita
muito divulgada no Brasil.
Será a Umbanda doutrina espiritualista?
Sim, é doutrina espiritualista, porquanto
estabelece a comunicação entre os vivos e
os chamados mortos, admitindo, conseqüentemente,
a sobrevivência do Espírito após
a morte do corpo físico; admite sua evolução
através das vidas sucessivas e crê no
resgate, pela dor, das faltas cometidas em
existências anteriores.
Por essas características, não há dúvida
alguma tratar-se a Umbanda de uma doutrina
essencialmente espiritualista. Mas,
por outro lado, será ela Doutrina Espírita
ou Espiritismo?
Não. A Umbanda não pode ser considerada
Doutrina Espírita porque admite cerimônias
litúrgicas, entre elas a do casamento e a
do batizado; é litólatra, porque adota nos
seus trabalhos imagens dos chamados “santos”
(a palavra litólatra vem de litolatria,
que é a adoração das pedras), e é também
fitólatra, porque faz uso de ervas para
defumações, além de outros ritos (a palavra
fitólatra vem do grego phyton “planta”; o
segundo elemento, latra, provém do verbo
grego latrein “adorar”). Mas o Espiritismo
não tem ritos de espécie alguma.
Como se vê, por estas observações ficou
demonstrada a diferença existente entre a
Doutrina Espírita e uma das doutrinas
espiritualistas, que é a Umbanda, doutrina
esta que tem, face aos seus dogmas e ritos,
bastante afinidade com o Catolicismo, também
considerado espiritualista, porque admite
a existência de Deus e de entidades
espirituais que sobrevivem após a
desencarnação.
 

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